"O homem tem a idade de seus sonhos".
Árvores, adeus!
D´árvore que se fora na poeira
Nasceu cimento frio
Que peneirado em um rio
Misturou-se à terra, à areia...
De mãos fiéis dos guerreiros,
De pedra teimosa da vida
Não foi o barro precioso:
E sim o tijolo, como oleiro.
E do óleo na árvore-mãe,
Doente pelo tempo que ficou,
Sobraram apenas cicatrizes,
Às suas raízes retornou...
Não mais tempo dera,
Veio a nova era,
e uma nova Árvore se instalou...
Veio deveras como arbusto da cria,
Tomada de outrora folia,
E uma nova vida se prontificou.
A Base
Da vida nasceu a base, na terra querida.
Levitada por seres honestos,
Adeus, perversos!
Não conheceis mãos aguerridas!
Mágicos da manhã que ao pássaro acordava,
Donos de destinos, cantores de hinos,
Cuja paz o sol levava.
Donos da disciplina nua,
Filhos da divindade,
Não tinham maldade,
e sim, amor à verdade crua.
E a base se fez ao traçado sem arquiteto,
Apenas o sol, dono de um céu amado,
Sorria baixinho ao ver o ninho,
ou da chuva que molhava o traçado.
Tão profunda e sincera
Brilhava tão crua em cimento perfeito,
ao vê-la transbordava em meu peito
A mais forte paz que me dera.
Tijolos e paredes
E da necessidade, nasceu tijolo da vida,
Amado por seus irmãos,
Que, obrigados pelo coração,
Criaram paredes bem erguidas.
E se foram nas tardes em guerra,
contra a luz tão sombria,
assim mesmo se ergueram
e deram luz a uma filha*!
Em bases e paredes que se uniam
veio a maior das crueldades,
levantar lajes, com homens audazes,
E implorar a Deus o que me pediam...
Lajes e Homens
Desceram de suas celas, meus pedreiros,
E da montaria, vieram amigos,
Tão fortes quanto humanos,
Não espartanos, e guerreiros!
O dia foi pouco na obra que se ia,
Pois estacionara no tempo,
Para ver a brilhante batalha
Dos homens que ali sorriam.
E cansados do dia que virou tarde,
Descansaram ao som de uma feijoada,
que caia em suas almas,
como britas em teto armado.
E se foram os heróis sem canção,
Acordados pelo fogo, em gestos,
Talhados sem protestos,
Trazidos pelo coração.
Andar Segundo...
Subiu como folha ao vento,
Desfez o que não havia em contento,
Transladando para o alto
A mais bela canção...
Acreditar não poderia,
Ainda que luzes em mim batiam,
Pois lá estavam guerreiros imundos,
Iniciando dos andares, o segundo.
Duplicou-se a fortaleza que se abatia,
Santificou-se a laje se ergueu,
Deu-se como fruto amargo, no dia,
Após, a dor se perdeu.
Amargos se foram, doces ficaram.
Cresceram como mangas,
Que caiam na lama,
E o segundo mundo fortificaram!
O Inicio do Novo.
Entre canos fortes e mentes sanas,
Cobres cobertos entre paredes,
Reboques de tão perfeitos planos,
Corria meus olhos de sede.
E entre pássaros, chuvas e sóis,
De uma natura inviolável,
Corria a pressa dos homens firmes,
Em ir para as suas, rever o filho amado.
Entre cerâmicas, cimento cozido,
No chão como espelhos
sem
imagem,]
Luzindo o suor a frio,
Nasciam janelas e portas como vagens.
Meu rio se fez na face escondida
A recordar a mãe que se fora,
Sem palavras a flora,
Dizia ao Oculto “protegei-a, agora”.
Doeu a dor da alma,
Na dispersão que se ia,
Pois morria em mim outrora
E se iniciava um novo dia.
Esposa e Eu
Choramos como parceiros,
Ao ver nossa filha amada,
Não menos quanto nosso filho,
Que já nascera guerreiro.
E guerreamos em batalhas,
Tão frias quanto o tempo,
Caímos de barcos sem remos,
Em oceanos de ventos.
Ac-hora, nasce uma nova brisa,
Escondida em nosso mistério,
Depois das águas túrgidas,
A paz se fez como Homero.
Fizemos magias sem feridas,
E o tempo vai reconhecer,
Fomos filhos sagrados,
Quase abandonados,]
Determinados em vencer.
Pois nascemos em meio a nada,
Como peregrinos sem abrigo,
Corríamos contra todos,
E volvíamos sem amigos.
E a casa amada se fez da árvore
Da
vida,
Abençoada por Deus,
Ao lado da Grande Filha Querida...
Em nome do Filho Teu.
Em nome do Filho Teu.
À minha mãe, à minha esposa e ao meu filho.
Lindo demais >,<
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