sexta-feira, 1 de março de 2013

Logus Neutro



Não há o quarto logos ou logos neutro.



Sei o quanto é difícil tocar em assuntos nos quais se eleva, antes de serem escritos, o mal no homem. E quando digo homem, falo da maneira mais genérica possível, pois estamos contaminados com inconscientes frios e mórbidos dos quais tiramos apenas guerras mais frias ainda, as quais podem partir para um campo até mais violento, a da guerra real entre as pessoas. É o que nos acontece quando possuímos a visão curta acerca de coisas, como cultura, linguagem, comportamentos, padrões, estruturas físicas, emocionais, as quais fazem parte de uma sociedade, criadas pelo homem-relativo, incitadas como objetos de conflito, e não de união entre os povos...

Meu Deus, como é difícil lidar com esse assunto! Primeiro, como lhes já disse, evocá-lo é trazer à tona valores que a própria sociedade possui, ainda que eu não os tenha! Estou falando do preconceito, da discriminação a indivíduos que, ainda que existam provas de que a natureza não tenha replicas deles – mais uma vez, desculpem-me –, se alimentam de exemplos cármicos, ou seja, de leis que o próprio universo se encarrega de impor à própria natureza (homens, cachorros, plantas, pedras, sóis, sociedades, etc), quando vão de encontro ou ao encontro dele, do próprio uno.

Aqui cabe dizer que não acredito em deuses pessoais, ou Deus pessoal, como a maioria o acredita, e sim em elementos que  permeiam fora e dentro de nós como forças, energias, mistérios, dos quais não sabemos a metade deles, por isso... rotulamos. E eu rotulo de universo – ou Natureza – o qual significa não somente o que está para além das nuvens e sóis, estrelas, de nossa visão relativa, mas acima de tudo que citei, englobando, inclusive, os que citei. Não somente, como também uma junção de leis que estariam a governar tudo e a todos, desde sempre, sem especulações, e sem o mínimo elemento não haveria Universo.

Enfim... Não estou aqui para dizer que sou filósofo, ou que sigo minhas doutrinas, minhas leis internas baseadas em premissas tradicionais. Não estou aqui, mais uma vez, para dizer que acredito na linhagem entre mestres e discípulos, mas para dizer que somos portadores de opiniões, e nelas, sempre há a possibilidades de errarmos, mesmo porque como diria uma mestra teósofa “nada é maior que a verdade”. E eu, esse filho de caminhos estreitos, andarilho de caminhos trôpegos, reflito demais...

E nessa semana, como em outras, pude refletir o quanto estamos perdidos e distantes da realidade em que fomos criados. E quando refiro-me à realidade, estou a falar da mais nobre e valorosa a que tínhamos direito e que hoje nos tomaram como se fosse em um assalto. Um assalto longo, do qual ética, moral, amor, verdade, paz, heroísmos nos foram tirados com o passar dos tempos. Prova maior disso são os pequenos atos ridículos que viraram provas de amor ou heroísmo; sem falar em comportamentos! Quando se comenta sobre religiões, comportamentos de fiéis, parece-nos que há padres, papas nos conduzindo a pensamentos arcaicos, ao ponto de nos assemelharmos a participantes de uma  nova idade média!... Fruto do pensamento cristão.

Tal pensamento, claro, não pode ser generalizado. Há pessoas ricas em palavras e comportamentos, pessoas guerreiras que fazem de sua vida uma luta árdua e que se ajoelham em nome de Deus, agradecendo pelo dia pomposo que se foi. Esses estão longe de serem criticados, pois se dão por completo ao próximo e amam a vida como qualquer pessoa, e não ficam implorando a Deus que os levem desse mundo imundo... E realmente é.

O pensamento cristão, no entanto, o mais tradicional e arcaico, trouxe, em si, o preconceito, a discriminação. Trouxe mais: a razão distorcida. E não podemos ir atrás desse pensamento, pois tudo no mundo revela-se com uma causa, até o mais hediondo dos seres traz, em si, uma carga necessária para com o universo, senão, para com a própria família e sociedade. Há de ser necessário tudo isso. Mas... Contudo, porém... O inconsciente coletivo, enraizado de cruzes, pesos, leis tortas, e desvinculação histórica, nos faz pensar como reis, rainhas, faraós, ou filhos destes, e iniciar um processo de separatividade a partir de nossas palavras, atos, os quais – ainda que sejam para uma boa critica (se é que existe!...), nos faz parecer vilões em porões, com chicotes e tudo.

É o que quero dizer... eu não sou tal! Sou apenas um filho de deus, assim como diriam os Faraós, filho do deus que sorriu quando criou os deuses, mas cujas lágrimas criaram os homens. Nada me foi dado de presente, e o que tenho não considero muito, mas o que veio de mim amo como se fosse a única no mundo. Sou homem e tenho dificuldades de todos os níveis, inclusive física, tenho irmãos e irmãos, filhos de um pai que nunca passou perto de uma escola, e de uma mãe que passou, porém não pode fazer parte dela em razão da cultura de subsistência em que nasceu. E tudo ficou na saudade.

Ao Assunto, por favor!...

E dentro dessa cultura arcaica nasci, cresci e pude desenvolver, dentro de minhas pesquisas, uma mentalidade de integração, mas que ainda claudica em razão de muitos exemplos que ainda sobrevoam nossos cimos mentais. Como o comportamento dos homossexuais. Pronto, falei!... Enfim falei. Aqui, posso, com todo respeito, falar desses corajosos seres de modo a não trazer à tona pensamentos estreitos, filhos do preconceito cristão, ou qualquer ão que entenderem errados. Posso explicar o porquê da minha iniciativa e necessidade em lidar com esse assunto sem que me venham sacrificar mais tarde.

Outra coisa, quando digo “mentalidade de integração”, é a uma forma de pensar baseada em princípios humanos, aos quais obedecíamos no passado, seja em relação à natureza simples, seja em relação à complexa do homem, da vida e, principalmente, ao mundo em que vivemos. Isso não só agora, mas também à cultura antiga, advinda das grandes civilizações – e quando o digo – falo da estrutura que compunham no passado, em relação aos homens, mulheres, homossexuais, e a tudo. E tal estrutura de pensamento, não possuem padres, pastores, bispos, crentes, católicos em geral, pois seguem linhas básicas dentro das quais há seguimentos que foram retirados e outros colocados com intensões mórbidas, como liderar massas, fazendo história desconectada de valores fincados na terra, e no céu, com objetivos de florescer novos e bons homens. Isso não interessa à minoria dominante.

Mas percebo que alguns pensamentos, por se basearem em leis naturais – como os meus – devem ser ditos, ou melhor, erradicados da alma, no sentido de serem expostos, pois atualmente sentimos a necessidade de outros pensamentos que não sejam os racionais-cristãos, filhos de premissas já citadas.

O Assunto

Queria dizer que não sou homofóbico – talvez um pouco machista, mas – não homofóbico! O que significa que o que relatarei aqui nada mais é do que uma opinião que pode ser levada a sério e o pior de tudo: ser levada pela mentalidade vã dos preconceitos. Então, antes de mais nada, perdão a todos os que são (homo), mesmo porque não devem nada a vida, ao mundo, aos hipócritas. E dizer que não sou este último, quase já sendo... infelizmente. Mas mostrar um ponto de vista, seja em relação a qualquer coisa, é perigoso.

Contudo, da maneira a ser demonstrada, pode ser averiguada pelos mais céticos e confirmada com o passar dos anos, ou melhor, podem, inclusive, pesquisar em livros tradicionais, em autores como Platão, Aristóteles, em livros da ocultista Helena Blavatsky, em trabalhos de Fernando Schwatz, em livros sobre a civilização egípcia, de Christian Jacq, entre muitos...

Todos, sem exceção, falam indiretamente sobre o Logus, a energia primeira que deu origem a todas as essências – a masculina e feminina. E quando digo masculina e feminina, não estou a me referir a homem e mulher ainda, mas a essência distribuída no universo, da qual tiramos a nossa. Ou seja, todos os seres, sejam pedras, plantas, animais e humanos, possuem tal essência – cada um na qual lhe convém a natureza em que nasceu.

O homem, ainda que machista, bruto, mas muito mais cavalheiro, possui a essência masculina desse Logus, ou seja, a partir de uma grande essência, a maior delas, possuímos a masculina (um rótulo), a mulher, feminina (rótulo). Não houve, na Natureza, uma quarta essência ou, como diriam os espanhóis, um Logus neutro, do qual saísse uma fusão das duas essências, pois temos, como a tradição nos indica, a tríade em todos os aspectos.

Explicação... Logus x Logus

Há deuses como Nun, o qual representava a essência criadora do universo no antigo Egito, dele foram criados outros deuses, os quais já conhecemos, como Osíris, Isis e Hórus. Desses três, apenas Isis e Hórus representam a essência feminina e masculina, respectivamente; Osíris, em sua luta eterna contra Seth, transformou-se em um cosmos de natureza infinita, depois de ter vencido a morte. Transformou-se em deus do céus e do inferno, conhecedor dos mistérios internos e externos. Além de outros deuses que, por sua vez, gerados de outros, formam, assim, como em outras culturas, potencialidades que resguardam a Lei.

Por que estou a dizer isso?
Porque temos que entender que, ainda que houvesse, no homem e na mulher tendências de uma personalidade voltada ao mesmo sexo, não seria, vamos dizer, responsabilidade divina, e sim do próprio ser, pois o que somos nada mais é que uma partícula, ínfima, em meio a um universo que possui suas leis, e seus três logos, o que não pode ser mudado! Então, ao quebrar leis, graças a nossa arbitrariedade, consciência leviana em relação ao sagrado, temos nosso ônus ou bônus (forças cármicas, como diriam os hindus), e por isso nossas tormentas internas e externas.

Mas, ao sair do ritmo dessas leis (o que fazemos a toda hora, ou segundos), tudo é possível, pois há, querendo ou não, a ação e reação, aqui e agora, seja em termos práticos, emocionais, personalisticos, sociais, históricos, de modo que só podemos entender quando batemos em uma parede ou quando gritamos em um Canyon. Do primeiro você sente a dor; do segundo, espera-se a sua voz ressoar em grande escala, como se tivesse jogando algo pequeno no abismo, e este estivesse voltando sua voz, para você, bem maior. Ou, mais uma vez exemplificando, uma pequena pedra sendo jogada no alto de uma geleira e voltando em forma de bola de neve...

Assim é a Lei.

Temos o Darma, a retação, a disciplina maior, ou como diriam os egípcios, Maat, a ordem maior do universo, responsável pelos nossos destinos justos – sejam eles cruéis ou não. O desrespeito a essa lei maior, segundo os faraós, seria ir de encontro ao próprio abismo, fosse ele pessoal ou não. Maat era tão adorada que, segundo nos conta o mito, no tribunal de Osiris, havia uma grande balança que pesava o coração do homem junto com a pena de Maat. Se nosso coração pesasse tanto quanto a pena, voltaríamos com os “castigos” divinos dados pelos deuses. Daqui surgiram as leis cristãs...

Tais castigos são reais, como podemos perceber; contudo, cada um com sua opinião se resguarda e reflete sobre os tempos passados e os atuais. No passado, tinham consciência, e, sabendo que era portador de defeitos, maiores ou não, faziam o que os deuses pediam, dentro de suas possibilidades, mesmo porque se foram os deuses que lhe deram tais castigos, tinham a possibilidade de eliminá-lo da vida, e dar-lhes o pior.

O que quero dizer é que:
Se fôssemos um grego ou romano, ou mesmo um egípcio, em tempos passados, não estaríamos livres de nossos carmas, ainda que fosse um rei ou rainha... Pelo contrário, talvez o maior de nossos erros é pensar que estamos em um mundo pior do que em tempos idos! Não, não estamos. A questão é que a razão pela qual estou aqui é para dizer  que, graças às confusas crenças em Deus, ou sei lá..., estaríamos aumentando a possibilidade se sermos um tanto quanto piores em relação ao passado. O que nos faz piores não são os acontecimentos, mas a consciência em relação a eles!

Tudo isso pode gerar frutos estragados de uma árvore que está morrendo! Ou estamos jogando pedrinhas demais para o alto de geleiras e nos esquecendo do tamanho da bola de neve!
Vamos esquecer um pouco tudo isso... Voltemos ao Logus.

Nas culturas antigas, enfatizo, tudo era em torno dos três logos. E o homem, com suas palavras e atos, fazia o possível para limitar-se a ser o que o logo lhe proporcionou, isso, sem que houvesse qualquer interesse por parte dele, pois havia uma educação em pequeno para tanto. O respeito às divindades no mitos, em forma de poemas, histórias, os quais se tornaram cultura de povos hindus, astecas, egípcios, gregos, romanos, a fim de conectar-se com o todo. Assim foram os heróis.

Hero (is)

Desde pequeno, em rituais, os heróis foram personagens naturais que carregaram, em si, o cavalheirismo, a coragem, a virtude, a honra, religados em instâncias divinas, sacralizadas pelo próprio povo, o qual, em suas histórias, elevaram figuras após seus atos de heroísmo, e transformaram-nos em semideuses, nunca em semi-homens, semi-mulheres, mas em semideuses, os quais representavam, em si, um pouco da divindade e um pouco da humanidade. Eram pontes entre a humanidade e Deus. Quer dizer que, de acordo com seus atributos, não poderiam ser de um logos criado pelo homem, como heróis distorcidos atualmente.

Ao me referir a heróis distorcidos, estou falando de seres criados por pessoas que defendem idealismos distorcidos, também desconectados com os deuses (Deus), e religados a uma razão voltada para o vulgar, para o sexual... Prova disso, são quadrinhos atuais nos quais se vê heróis de um passado não muito distante, que significavam muito aos de gerações passadas, hoje, revelando-se defensores do mundo e ao mesmo tempo partidários de causas vulgares. Esse não é o herói. A palavra herói vem do  Héros, deus do Amor absoluto, não sexual vulgar, não de interesses personalísticos, mas de um interesse maior que o próprio universo... Pois, como diria o filósofo, o Amor foi o primeiro dos deuses.

E ser herói, tal qual os mitos revelam, é ser mítico, e ao mesmo tempo real. Ser herói é ter a essência do logos masculino, não como um ser superior, mas que atinge, com seus atos, tal essência, pois ela é regada de divindade, de amor, de honra, de sacralidade... E hoje em dia, até mesmo os homens que são dados como heróis, estão longe de sê-lo, pois possuem a carapaça de heróis, mas que, no fundo, realizam feitos em prol de interesses modernos, ou seja, de mídia, do sucesso, mas que nunca repensaram seus valores como reais homens...

E quando não se compreende o Herói?

Os reais atributos, que antes eram dele, são trazidos a terra. Ou seja, por não entenderem o que são os heróis, inicia-se um movimento de sexualidade, como fizeram ou fazem com os contos clássicos (os quais assassinaram o significado), e descaracterizam o herói. Tanto que herói, atualmente, é aquele que se confina com várias vadias, com várias câmaras ao redor dele, com intuito de saber até quanto ele vai resistir... Herói é, hoje, aquele denuncia corruptos – sendo ele o antes partícipe – e que não merece ser julgado por falcatruas em nome de uma sociedade que o quer fora das grades. Herói... hoje... é morrer falando mal da Igreja, ou mesmo sair dela, antes que seja pego em denuncias de pedofilia.

Enfim, além desse atributos, temos os homossexuais e seu movimento em nome de uma sociedade que não os aceita. Sociedade que visa somente fechar-lhes as portas, discriminá-los, e ao passo sacrificar-lhes pelo que são. E, dentro desse movimento, chamam a atenção de todos e começam a trabalhar o inconsciente coletivo, de modo a mudá-lo para sua causa. Querem, mais, mudar os heróis, mudar o conceito de família, educação infantil, conceito de homem e mulher, querem abrir portas com intensão de mostrar a todos que podem fazer parte do mundo cristão, ainda que este seja contra...

Quanto ao mundo cristão, não sei, mas mudar o conceito de homem e mulher, família, herói... é querer mudar o destino sagrado das pessoas, que, em nome do bem sagrado, tentam ser homens e mulheres, no sentido de serem, a cada dia, um pouco do logos das quais suas essências foram criadas. E fugir da sua essência é negar a si mesmo. Não podemos fugir disso...

E nossas debilidades não podem entrar em meios nos quais ela não é chamada, mesmo assim entramos. Hoje, como lhes disse, deturpamos não somente heróis, mas a própria palavra Deus, em sua totalidade, não é compreendida, e assim, fica à mercê de nossa ignorância história.

Quando não se compreende o herói, meus amigos, é porque falhamos com a humanidade, e deixamos de lado o que somos, e caímos em devaneio ao que o egoísmo, a interesse vil, a imbecilidade, a imoralidade realmente querem... o próprio mal gerando filhos em forma  de homem.

  




          

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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....