terça-feira, 9 de julho de 2013

A Odisseia da Minha Ilíada




















Manhãs em Mim


“Nosce te ipsum” * Sócrates.

Manhã adentro do sol,
Estrela única do dia,
Suspiro teu calor somente,
E uma semente em mim se cria.

Nasce a esperança da vida,
Em simples formas que vão,
Da célula mínima que se foi,
A maior temperança, meu coração.

Meus passos, na terra molhada,
Criam fôrmas como pão,
Brilham num sol fugidio,
Os deuses, enfim, criam uma canção.

Manhã adentro do sol,
Minha alma se foi vadia,
Voltou santa como Ontem,
Renasceu quieta por um dia.




Re-Nascer em Mim



Meu ser se revolta e volta ao tempo,
Nas lhanuras e fúrias de um vulcão,
Corta frívolo o dia pelo meio,
Amanhece em meio à multidão.

Solta o Verbo divino
Em nome do uno em formação,
Cria demônios no espaço e sem passo
Forma raízes na divina imensidão.

O Dia, filho de um deus em aluvião,
Cospe cometas e terras,
Miríades em estrelas velhas,
De repente, a escuridão.

E Chorou o pingo da chuva,
Sorriu o sol sem cor,
Abriu feridas cruas,
Fechou-as em nome do Amor.

Eis a beleza que nasceu,
Em Berço sério sem Prometeu,
Sem as brumas do frio belo,
No corpo da deusa que se deu.

E um vento quente das narinas de Deus
Se fizera e formara o vento,
E de tua lágrima,
Oceanos em contento.

E da solidão eu nasci, em verdade,
E em verdade, vos digo,
Que da saudade, além do mundo,
Nascera meu corpo, meu abrigo.


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*Conheça-te a Te Mesmo.


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