segunda-feira, 1 de julho de 2013

A Sombra de Um Legado.

... “caminhamos a vida inteira para o lugar de onde partimos, e quando chegamos, é como se nunca tivéssemos dele saído”. Rubem Alves, escritor e educador.




Antes de tudo, a Humanidade.





Se partimos do principio que temos que iniciar uma revolução, que ela seja agora, em nome dos valores que temos em mente, e que os queremos praticados, antes de tudo, por nós, sem incoerência, hipocrisia, e com muita satisfação, como se fôssemos vencedores gloriosos de uma grande competição, a qual nos exigiu esforço, mas que, dentro deste, um sorriso característico de alguém que ama a si mesmo e à própria humanidade.

Se partimos desse grande principio, sejamos fortes, sejamos leves, sejamos homens, e mais, guerreiros em tempo real, na batalha diária pela simplicidade interna, dentro da qual – ainda que seja aparente, ao passo concreta,-- encontremos um pouco daqueles mestres que nos trouxeram a vida, a revolução – a real, em que não somos apenas peças de uma nação nas mãos dos chamados políticos ou educadores modernos, e que sem os quais não somos nada... Somos tudo.

Somos o pico da montanha, somos a guerra, o conflito, a batalha, a paz, os mitos, as lendas, a mansidão, a dor, a borboleta, o tigre, o dragão e seu poder; somos o limbo, o céu e o inferno, e muito do que ainda podemos ter e ser.

Contudo, esse trabalho de r-evolução será como a passos de formiga. Para alguns, rápido demais; para outros, não nos mexeremos – até mesmo de acordo com o nosso ponto de vista, perceberemos que há passos e passos, pois consideramos, como sempre, o imediatismo e seu ônus, de modo a desconhecer a natureza da qualidade de nossas modificações internas, involuntárias até, contudo cheias de ideais, não porque sim, ou porque não.

Serão regadas de sacralismo – de céus e infernos (de Dante ou não), de individualismos, racionais ou não; mas dentro de uma universalidade jamais vista: a dos mestres da Tradição.

O chamado

Não se aprende a entender a natureza de um dia para o outro, ainda que nos apaixonamos por ela. Mas é inerente ao ser humano amar o que se acha belo, agradável, confortável, vívido. É a têmpera latente que nos ensina a ser sagrados e profanos, ao ponto de não sairmos da dualidade eterna a que os hindus chamam de “Bagava Gîta”...  ao que os cristão chamam de “Céu e Infernos”.

Não se aprende a amar de uma hora para outra, e, depois, deixando de amar, simplesmente pelo fato de não mais acreditar que aquilo não fazia parte de um interesse personalistico. Amar, como diria o grande escritor Kalil Gibran, é estar dentro do amor, não esperando que o amor esteja dentro de nós. Ou como diriam literalmente os especialistas em Biblia, é ter Jesus no coração.
  
Tê-lo em nosso coração, já traduzindo filosoficamente, é ser Cristo um tanto quando em nossas possibilidades, e entender que seu amor não era pessoal e sim universal, sagrado, indiscriminado, sem preconceitos, ajustando-se a todos, não apenas aos humanos, mas a uma ordem natural da qual não temos visão, apenas opinião. Por isso, muitas incoerências em segui-lo...

Não se segue o Amor. Estamos nele. Nosso egoísmo fere todas as possibilidades de compreendê-lo e assim “amar o próximo como a si mesmo”.

Então...
Como disse, não se pode trazer à tona valores que ainda não temos a simplicidade em reconhecer, pois, a cada geração, uma tsunami de ideias controvertidas às tradicionais é lançada no meio de círculos de intelectuais, para que a própria cultura seja corrompida.

Mas, como em filmes de finais felizes, acreditamos, aqui e agora, que temos um legado para com nosso futuro, e para com o futuro de uma humanidade que corre perigo de vegetar com ternos de linhos, porém sem espiritualidade alguma, e por isso, e por outras, acreditamos no pouco que temos, ou seja, nos reais conceitos, nos reais modificadores de estruturas, dos filhos da verdade, dos conhecedores natos e amigos da sabedoria, pois eles são os mais confiáveis, ainda que sob protestos de anarquistas, modernistas, capitalistas, materialistas, e outros istas, para os quais não se pode falar nem mesmo em Deus.


Vamos falar sim!





A Revolução está apenas começando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....