... “caminhamos a vida inteira para o lugar de onde
partimos, e quando chegamos, é como se nunca tivéssemos dele saído”. Rubem
Alves, escritor e educador.
Antes de tudo, a Humanidade. |
Se partimos do principio que temos que iniciar uma
revolução, que ela seja agora, em nome dos valores que temos em mente, e que os
queremos praticados, antes de tudo, por nós, sem incoerência, hipocrisia, e com
muita satisfação, como se fôssemos vencedores gloriosos de uma grande
competição, a qual nos exigiu esforço, mas que, dentro deste, um sorriso
característico de alguém que ama a si mesmo e à própria humanidade.
Se partimos desse grande principio, sejamos fortes, sejamos
leves, sejamos homens, e mais, guerreiros em tempo real, na batalha diária pela
simplicidade interna, dentro da qual – ainda que seja aparente, ao passo
concreta,-- encontremos um pouco daqueles mestres que nos trouxeram a vida, a
revolução – a real, em que não somos apenas peças de uma nação nas mãos dos
chamados políticos ou educadores modernos, e que sem os quais não somos nada...
Somos tudo.
Somos o pico da montanha, somos a guerra, o conflito, a
batalha, a paz, os mitos, as lendas, a mansidão, a dor, a borboleta, o tigre, o
dragão e seu poder; somos o limbo, o céu e o inferno, e muito do que ainda
podemos ter e ser.
Contudo, esse trabalho de r-evolução será como a passos de
formiga. Para alguns, rápido demais; para outros, não nos mexeremos – até mesmo
de acordo com o nosso ponto de vista, perceberemos que há passos e passos, pois
consideramos, como sempre, o imediatismo e seu ônus, de modo a desconhecer a
natureza da qualidade de nossas modificações internas, involuntárias até, contudo
cheias de ideais, não porque sim, ou porque não.
Serão regadas de sacralismo – de céus e infernos (de Dante
ou não), de individualismos, racionais ou não; mas dentro de uma universalidade
jamais vista: a dos mestres da Tradição.
O chamado
Não se aprende a entender a natureza de um dia para o outro,
ainda que nos apaixonamos por ela. Mas é inerente ao ser humano amar o que se
acha belo, agradável, confortável, vívido. É a têmpera latente que nos ensina a
ser sagrados e profanos, ao ponto de não sairmos da dualidade eterna a que os
hindus chamam de “Bagava Gîta”... ao que
os cristão chamam de “Céu e Infernos”.
Não se aprende a amar de uma hora para outra, e, depois,
deixando de amar, simplesmente pelo fato de não mais acreditar que aquilo não
fazia parte de um interesse personalistico. Amar, como diria o grande escritor
Kalil Gibran, é estar dentro do amor, não esperando que o amor esteja dentro de
nós. Ou como diriam literalmente os especialistas em Biblia, é ter Jesus no
coração.
Tê-lo em nosso coração, já traduzindo filosoficamente, é ser
Cristo um tanto quando em nossas possibilidades, e entender que seu amor não
era pessoal e sim universal, sagrado, indiscriminado, sem preconceitos,
ajustando-se a todos, não apenas aos humanos, mas a uma ordem natural da qual
não temos visão, apenas opinião. Por isso, muitas incoerências em segui-lo...
Não se segue o Amor. Estamos nele. Nosso egoísmo fere todas
as possibilidades de compreendê-lo e assim “amar o próximo como a si mesmo”.
Então...
Como disse, não se pode trazer à tona valores que ainda não
temos a simplicidade em reconhecer, pois, a cada geração, uma tsunami de ideias
controvertidas às tradicionais é lançada no meio de círculos de intelectuais,
para que a própria cultura seja corrompida.
Mas, como em filmes de finais felizes, acreditamos, aqui e
agora, que temos um legado para com nosso futuro, e para com o futuro de uma
humanidade que corre perigo de vegetar com ternos de linhos, porém sem
espiritualidade alguma, e por isso, e por outras, acreditamos no pouco que
temos, ou seja, nos reais conceitos, nos reais modificadores de estruturas, dos
filhos da verdade, dos conhecedores natos e amigos da sabedoria, pois eles são
os mais confiáveis, ainda que sob protestos de anarquistas, modernistas,
capitalistas, materialistas, e outros istas, para os quais não se pode falar
nem mesmo em Deus.
Vamos falar sim!
A Revolução está apenas começando.
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