quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Ecos do Fim do Mundo

As Guerras Atuais são ecos de uma grande incompetência.


Gostaria de terminar de falar sobre esse assunto tão vasto que, se eu fosse me restringir a ele de modo ‘enciclopédico’ , não terminaria hoje, muito menos daqui a dez anos. É algo que nos impressiona pela sua vastidão de significados quando nele tocamos, quando a ele nos referimos – é o Eco.

Antes, eu lhes disse que era como se fosse um grito dado, fosse ele literal ou simbolicamente, frente às montanhas ou mesmo ante nossas obrigações, deveres, vida. Toquei um pouco nas asas dos mestres, que um dia gritaram no passado, e que, até então, nos fazem ouvir, de todas as formas, o ressoar de suas vozes – em algumas culturas, esse grito pode-se ouvir tão alto quanto um grito real. Como um eco.

Trazendo à tona aos nossos dias, o eco de nossas lhanuras passadas pode ser visto no grito de uma criança que pede socorro, em uma senhora sem os seus direitos, ou mesmo um homem perdido em meio ao caos urbano, a fazer das pontes sua morada, o eco, mais que uma voz que se arrebenta nas montanhas, e volta imediatamente em tom grave, hoje, sintetiza imagens de um tempo que se esvai em guerras de nações que se digladiam politica e religiosamente; é mais que isso, o eco, friamente, nos vem em forma de desumanidade...

Uma característica de homens que se esqueceram de levar em conta leis humanas, antes mesmo das leis materiais-morais a que, de forma inata, temos direito. Esqueceu-se de alimentar a lealdade, a honra, a moral, a ética – isso de forma atemporal, universal – assim como um dia os clássicos nos ensinaram... E hoje, essa falta de zelo por si mesmo, pelo que mais se sobreporia, clama a Deus soluções rápidas, pelo que um dia fez. 

Acredito que não é possível. O que temos é uma avalanche de situações  das quais o homem não conseguirá sair por um bom tempo. A exemplo disso, temos o conflito entre palestinos e israelenses, o qual representa gritos de um passado cuja ferida não se fecha há séculos, graças a interesses além-religiosos (políticos), talvez mais, contudo tal conflito não tem, em si, a razão de existir, mesmo porque, historicamente, fazem parte de uma mesma tribo.

Outro conflito, o da Ucrânia e Rússia, se estende por motivos mais claros, e ao mesmo tempo difíceis de trazer resoluções imediatistas, principalmente porque um ditador, ex-membro da KGB russa, eleito “democraticamente”, o qual, às escusas – ou quase – pratica homicídios naquela região, que, no passado, fizera parte da antiga União Soviética, busca de forma fria e calculista tomar-lhes o poder. O grito foi dado.

Na Coréia do Norte, após anos de miséria na parte esquecida do país, um grande ditador faz de conta que é um dos melhores do mundo em termos bélicos, sustentando riquezas em determinadas regiões daquele país, nas quais o povo sofre desde a última ditadura imposta pelo pai do primeiro genocida. Nesses dias, as Nações Unidas incitaram a ira do ditador revelando-se contra os tratamentos dado – há séculos – pela ditadura coreana...


Enfim...
Quando alguém ou alguma coisa, ou mesmo um conjunto se rebela contra ou a favor de algo, é porque o som do desespero está a ressoar tão forte quanto qualquer grito, seja ele do passado ou do presente. É preciso tapar frestas, buracos, crateras! Enfim... Recomeçar.

E hoje, com tantos conflitos, com tanto ódio em meio a uma humanidade feito ponte na qual passam por cima com saltos altos, machucando nossas costas, fica quase que impossível repensar um futuro.

Assim como os persas no passado, que um dia quase tomaram o mundo ocidental, temos que cortas as asas do mal que assola diversas nações, como se estivéssemos a entrar para uma terceira guerra. No entanto, nosso passado (não das grandes civilizações) não é feito de grandes heróis, com grandes ideais, que ressoam em nossas almas até hoje.


Nossas almas, atualmente, sentem a necessidade de iniciar um processo de renovação, de elevação a partir de um passado harmônico, no entanto esquecido. Temos, por assim dizer, refazer nossas heranças, aquelas em que "filhos enterram pais, não nas quais pais enterram filhos", e refazer nossos ideais dos quais retiramos a beleza que nos fez feliz, um dia.





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