sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A Falta de Luz


Encontrar meios para lidar com as situações é a nossa vida.




Marco Aurélio, imperador filósofo, disse em seu único livro, Meditações, “ao se deparar com problemas maiores que ti, tente imaginar-se saído da esfera, vá ao mais alto que puder, e se puder alcançar a lua, melhor”.

Hoje em meio a problemas razoáveis já nos sentimos perseguidos por entidades secretas, que, segundo nossas intuições, foram feitas para nos vigiar... Bem, na realidade, cada um pensa da sua maneira, quando o problema explode, ou mesmo quando ele nem sequer se inicia...

As mulheres, não sei se isso é geral, mas possuem os sintomas do problemas só de falar dele. Outras, quando uma atividade que pode envolver força, emoção, até mesmo o psicológico, já sofrem antecipadamente uma ou duas semanas, antes!

É natural? É. Porém, ao vir a máxima de nosso amigo Marco, percebo que em outra época éramos mais sábios quando da resolução dos problemas. Não era preciso, segundo analiso, esperar sentado aquilo que nos atingiria naturalmente, segundo as leis cármicas; era mais que isso. Tínhamos ao nosso favor (ou ainda temos) instrumentos naturais para lidar com cada conflito, seja pequeno, seja grande.

Mas as batalhas são imprescindíveis, as guerras, os conflitos humanos, até mesmo os cósmicos, são mais que naturais em uma visão mais universal... Por isso, não podemos achar que somos exclusivos nesse aspecto, e sim, mais um entre vários outros que se sucedem em esferas absolutamente desconhecidas pelo humano.

Contudo, o que nos faz enjaulados não é a falta de percepção dessa ideia universal de conflitos, mas a prática diária em relação a eles... “É complicado”, sempre dizem... E realmente o é. Não há, em lugar algum, como educar, desde o inicio de nossa vinda à terra, em relação aos nossos problemas diários, os quais sempre desaguam no oceano sujo, cheio de interrogações acerca do que podemos fazer para exterminar o problema...

Não podemos fazer. É como pelo em um cão. Vai aonde nós fomos. Está preso em nossos corpos, em nossas mentes, em tudo que, biologicamente, psicologicamente, somos aparentemente somos donos.

Aparentemente, porque, querendo ou não, acreditamos que conduzimos o envelhecimento, o rejuvenescimento, e na verdade não podemos. Somos medrosos expectadores de um mundo que corre em nossas veias, em nossos emocionais, que entram em pânico quando os dedos começam a falhar, quando nossos pensamentos nos entristecem por nada, quando tropeçamos por muito menos, e ao saber que, mesmo com toda tecnologia do mundo, não só nos adoentamos, mas envelhecemos e morremos...

Sim, morremos, perdemos a força das pernas, dos braços, da mente, cabelos começam a ficar grisalhos, mãos e pernas flácidas... E nos vamos para o desconhecido para sempre. Será tudo isso causa de nossos problemas ou a falta de uma filosofia para lidar com isso?

Nesse aspecto podemos dizer... Nos falta mais que uma filosofia. Falta-nos observar em que lugar estamos, o que podemos fazer nele, retirar de nossas camas, ou debaixo dela, aquele animal imaginário, o qual só aprendemos respeitá-lo, e amá-lo.

É preciso mais que uma filosofia, é preciso levantar da cama, olhar dentro de si mesmo e entender que somos todos humanos, portanto o que nos vai ocorrer nada mais é que algo humano! Não adianta achar que o que nos acontece é algo maior que nossas possibilidades, é divino, é sagrado, é tudo isso e mais alguma coisa...

Marco Aurélio já dizia... “O Que ocorre ao cavalo será sempre inerente ao cavalo”, nada mais... Que interessante, né? E por mais que repitamos essa máxima, teremos sempre a certeza de que somos os escolhidos pelo bendito Deus para “abrir mares”, “repartir pães” do nada, ajudar ao próximo, levar grupos ao céu, morrer pelo mundo...

Pensem o que for, mas não esperamos que um animal faça o mesmo, muito menos uma planta... Então, entendam, por mais que não acreditamos, estamos fazendo algo inerente a nós mesmo, humanos! E nossa tônica jamais será aceita por entidades atuais que, em meio a conflitos internacionais, com tanta necessidade de auxílios aos civis, falam em céu, paraíso, de um Deus salvador, que irá tirá-los de um mundo decadente...

É fácil fugir dos problemas ainda que sejam pastores, bispos, papas, com suas colocações quentes, aos seus fiéis. É fácil falar de fuga quando há um mundo inteiro em guerras e um sistema em que possamos pensar se podemos ou não colocar nossos pés na linha de batalha com vistas a complementar a ajuda aos mais necessitados.

Acho que voei um pouco...

Finalizando...


Claro que Marco Aurélio sabia que, ao nos imaginarmos saindo para outra esfera, teríamos mais facilidade de lidar com o que temos. O problema em si não vai deixar de existir, nem voê vai se tornar maior ou maior quando pousar sua consciência nele. Vai ter a sensação natural de confronto, ou seja, vai resolver da melhor maneira possível, ao ponte de criar meios claros dos quais vai querer sempre usá-lo quando aquele pequeno ou grande problema vier.

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