quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vontade como Criança

Claro que não é fácil. Se houvesse um caminho de pena  e um grande mestre ao nosso lado – idem, literalmente em ambos os casos; se houvesse somente maravilhas em nossa vida, sem guerrilhas pessoais, batalhas imensas nas quais não pensamos em outra coisa senão fugir, seria divino – literalmente divino.

Embora eu acredite que até mesmo os deuses tenham problemas conosco rs,  eles não têm. Nós, em relação a eles, com certeza, o temos, mesmo porque há uma vontade dentro de nós, sobre a qual já discorremos, que se tangencia de suas “obrigações”, que é elevar-se... Por isso, o sofrimento humano.


Dizem que os animais a têm, mas suas leis são paralelas a nossa e não podem ser combinadas com outras, nem mesmo com as dos minerais. Funcionam, vamos dizer assim, de maneira diferente, e no principal, ao que tocamos há pouco, muito menos.

Direcionar algo, em direção ao seu objetivo, fisicamente é quase impossível. A exemplo de uma criança que nasce, começa a lidar com aspectos naturais, como pássaros, árvores, enfim, a tudo que se refere a meio ambiente, pode sofrer, no limiar de sua vida, reverses que a retiram de seu inicio.

Imaginem algo subjetivo para se dar credibilidade total, assim como a vontade. Ela, até então, vista como ‘algo que o ser humano possui’ e que é tão natural jogá-la às traças quanto jogar qualquer criança no lixão... Ou seja, algo que se foi criando com o tempo e se tornou assim, natural, se torna o animal no homem.

A criança, envolvida em um manto puro, mais tarde vai criando uma consciência informativa em relação à sociedade, ao mundo; e a vontade, essa, como criança, vai perdendo sua natureza maior, a de reivindicar o alto, o cimo, o espírito...

E por ter sua natureza desviada, a vontade, assim como a criança, é corrompida pelos valores inventados, pequenos, corrosivos, filhos dos falsos mestres que nascem todos os dias.


Mas nem sempre houve falsos mestres. Platão, Aristóteles, Plotino, Cristo, Pitágoras, entre outros, nos deram, em sua magnitude,  a filosofia do pensamento, ou seja, o que podemos fazer além de pensar, falar, imaginar, sonhar... Nos deram armas contra o medo, a dor, o desespero, guerras, conflitos, enfim, tornaram nossas vidas melhores dentro de ideias advindas de práticas tão antigas quanto andar pra frente...


Mas seria muito fácil, repito, se tais armas fossem como as físicas, que pegamos, olhamos  e sabemos lidar com elas de pronto. Não. Não é bem assim. É preciso uma Vontade, em meio à vontade, dentro, modificando, aos poucos, nossas vidas. É preciso... Acreditar. Esta uma ferramenta talvez mais forte, maior  e bela para se iniciar qualquer modificação interna.

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