Por um momento, achei que não teria coragem de digitar mais um texto relacionado às minhas férias looongas, como eu havia lhes dito. Mas a procura da verdade que baila como princesa em nossas almas me fez retroceder e mudar esse fato. Na verdade, não há mais o que dizer, apenas viver.
Não que o que dissera no texto anterior tenha sido objeto de menosprezo, muito pelo contrario, realmente sempre vimos as coisas com o olhar lúdico, o que dá uma ideia de que sentimentos – emoções, vivencias a parte – são naturezas que estão em desuso humano, mas por quê? É uma historia complexa, então continuemos o texto anterior...
Como eu dizia, o Toy Story, da Pixar, nos fez repensar nossos valores, ainda que arcaicos, e nosso apego em relação a eles. Fez-nos parar no tempo e no espaço, como uma célula perdida no cosmos a procura de seu grupo, porém sem saber por onde começar a jornada. Tudo isso porque nos apegamos a tudo – a tudo mesmo – sem que saibamos a consequência.
Ainda não sei qual meu grupo, minha jornada, meu caminho, todavia, coisas simples semelhantes a que passei com meu filho podem me dar uma linha imaginária do que fazer para achar.
Somos seres humanos, como todos sabem (será?), e que nos expressamos de forma inconsequente até a morte, de forma que não saibamos o que fazer depois que nos aparecem as dores. Mas a prática, ou seja, a outra parte da teoria pode nos salvar – e acho que me salvei um pouco nesses quase quarenta dias em casa, preso, trocando fraldas, alimentando, sustentando, vivendo em função de um outro ser humano... Imagino outras pessoas como se sentem ao se depararem em suas funções de babas, pedagogos, baby siter, sei lá... E que são obrigadas a cuidar de uma criança que não é delas... Realmente á uma imensa responsabilidade...
Pra mim, no entanto, vendo por esse lado, não foi tão difícil. A criança era minha. Claro que a responsabilidade não muda, mesmo porque era a primeira vez que eu estava cuidando de alguém que não fosse acima de cinquenta anos. Estou falando de minha família... Eu sempre cuidei dela, dos meus irmãos, de meus sobrinhos, talvez um pouco, mas, dentro do que se pode chamar de auxilio em algum sentido, acho que cuidei deles também...!
Não posso me gabar disso. Foi algo involuntário. A vida me deu esse mundo, e não posso me retirar dele assim, sem mais nem menos, e acredito que ganhei o gosto por isso também. Agora, volto com um zelo maior ainda ao meu filho. Este que já estava no ventre de minha esposa por dois meses quando o descobrimos.
Foi assim: ela, minha esposa, tinha comido um cachorro quente, e, achando que fosse uma linguiça mal cozida, sentindo dores por isso, me fez levá-la ao medico, e lá, depois de uma hora esperando sentado na sala de ‘espera’, uma loira (que loira!) me veio como uma fada e disse... “O senhor é que é o senhor Reginaldo?”, e eu, olhando aquele ser de outro mundo, rapidamente lha disse “Sim, sou eu!”. Fazendo gestos com a mão direita, a loira, quase sussurrando me disse... “Por favor, a sua esposa quer lhe falar”.
Foi maravilhoso o momento. Deitada em uma cama que parecia uma maca, Luciene, a senhora França, deitada de barriguinha de fora, com uma medica simpática ao lado, passando-lhe um gel abaixo do umbigo, sorria. “Ta aqui o cachorro quente!” disse a doutora.
De cabeça baixa, olhando a cena de minha esposa deitada, passei a levantar meu olhar para um ser que brincava dentro daquele ventre, tal qual uma criança de dois anos, rs ! Mas tinha apenas dois meses... Dois meses!
Daí por diante, nunca mais tivemos uma dormida, um almoço, uma janta, uma noitada sossegados. Pedro Achilles, o guerreiro mirim, nos faz batalhar, todos os dias, em busca da paz tão almejada.
Contudo, tem nos sido uma batalha deliciosa de confrontar. Com dois anos, Achilles joga, brinca, pula, fala, cria frases, chora a cada negativa, arrebenta corações, pois sua beleza, como a do seu pai, desequilibra a todas.
Hoje, com dois anos, pega a lixeira, sobe nela, pega água. Pula em cima da cama até se cansar, mas, quando se depara com o espelho, para, pensa r sorri bem alto, como se tivesse encontrado o amiguinho perdido. Com relação a amizades, ainda titubeia. Seu grau de sociabilidade aos dois anos me preocupa. Mas, como diria a pediatra, temos que respeitar a maneira pela qual sua vida transcorre ainda que haja coisas que não entendemos e tentamos frear. Bem, se for so isso... Tudo bem!
Pedro é ciumento. Com dois anos de idade, ainda não suporta ninguém chegando perto de seus pais; nem mesmo seus pais próximos um a outro. Motivo: ele ama a mãe, loucamente... E vive-versa. Coisas de criança! Eu sempre digo a minha esposa que é melhor aproveitar essa paixão, pois, quando tiver quinze anos, nem mesmo benção vai pedir a nós.
Volto no próximo texto...
Pois bem,sempre nos apegamos a muitas coisas ou a menos uma,porque nos sim seres humanos pelo meu ver as vezes precisamos de referencias mesmo q seja pequena para algumas pessoas,aqlas coisas q nos apegamos nos tras confianca que as vezes nos ajuda a preceguir...
ResponderExcluirPorem tudo aquilo que passamos ao longo de nossas vida as vezes voltam para nos ensinar e demonstrar que aquilo que estar em nossa frente hoje tambem e importante,pois os atos de amor carinho como voce diz pelo seu filho concerteza ira retornar de alguma forma !