terça-feira, 17 de maio de 2011

Cabeças e Precipícios

Ontem passei por uma experiência que, vamos dizer, pensei apenas em passar quando tivesse um filho com quinze a dezessete anos de idade, e eu, talvez, um coroa, tentando fazer algo por ele, ainda que não quisesse, graças ao espírito independente de uma juventude corrompida por valores inversos, o fizesse assim mesmo. Tenho a certeza de que não será diferente daqui a alguns anos...


Mas não foram meus filhos, e sim uma cara amiga com a qual lido quase todos os dias, no intuito de buscar uma solução para um problema que afeta muita gente, inclusive ela, para não dizer principalmente ela... Esta mesma criatura a qual me refiro é a mesma que me dera inspiração a textos incríveis, como “Submundo” – no qual disserto acerca de indivíduos que não sabem que estão no fosso e se enchem de orgulho acreditando que estão no céu... Entre outros textos do gênero, como “O Grão e o Mar”, em que faço metáforas às pessoas que querem ser o tudo, mas não conseguem ser nem elas mesmas...


Bem... Hoje, talvez, eu lha agradeça pela presteza de tais realizações em sua precária vida, pois tem me dado assuntos para eu me dirigir à comunidade bloguiana, expondo meu ponto de vista em relação à juventude, oferecendo formas de viver, baseando-me sempre em minhas experiências pessoais e naquelas que me estão expostas no dia a dia, com suas consequências etc, etc... Ela tem trinta anos.


E mais uma vez, graças a ela, a essa amiga, que, pra dizer a verdade, não sei se realmente é uma amiga, talvez seja um ser solitário e aleatório que não necessite de tanto, pois me dera mais uma de suas “sacadas” vitais, baseadas em princípios sem princípios, em conceitos sem conceitos, dando-me margem a acreditar que a juventude (desculpem-me àqueles que buscam, trabalham, pesquisam e se educam) não tem caminho, não tem referenciais, não tem amor próprio (ou amor em demasia), tanto que não ouvem ou não querem ouvir; acreditam que estão acima de tudo, ainda que com parcas experiências de mundo e se subjulgam deuses no que fazem... E o que fazem?


Destroem sentimentos, devastam castelos erguidos, criam tsunamis amorais, antiéticas, desumanizam a sociedade, corrompem irmãos, sobrinhos, filhos; ressuscitam o pior dos males, aquilo que chamamos valores, os quais nos passado foram respeitados, amados e seguidos, desvirtuando todos eles, trazendo à tona a beleza (moda), que nem passa perto da palavra; a verdade, aquilo no qual acreditam baseados em premissas sexuais, desrespeitosas, levando o mundo a se declinar em favor deles, ou seja, a aceitar suas falas sem nexo, suas vestes horríveis, seus andados de mortos-vivos, suas mentalidades débeis, etc.


Mais uma vez, peço perdão aos grandes jovens guerreiros do dia a dia, que lutam por ideais, por caminhos, por amor, mas há de convir que, ainda que fechamos os olhos, existem aqueles que estão trabalhando para o mal. Com o jeito meigo e doce, criam comunidades pornográficas, sensuais, vingativas, discriminatórias, preconceituosas, e não se dão conta que o mal, por si só, a depender de sua maneira de ser, mata todos os dias um pouco cada um de nós, ou deles mesmos.


Claro que estou sendo um tanto quanto individualista (ou alarmista!), isto é, estou me baseando nas minhas experiências, nas quais “a priori” têm me dado referenciais fortes para opinar acerca de tudo, e porque não sobre esse assunto vasto?


E falando em experiências, deixe-me contar o que aconteceu...

A natureza de cada um

Essa minha cara amiga, que pousa, se mostra, se revela, se acha..., e que dela, não sei por que, gosto muito, está desempregada. E como uma pessoa em seu estado vai atrás de um... Emprego, correto? – certo, respondo... Mas chega uma hora que, de tanto correr atrás, se cansa, e se escorneia no sofá à espera de um sinal divino.


Eu, como um grande amigo que sou (ou fui!), tentei fazer o possível para que ela voltasse a ser feliz, pois acho que, de um tempo para cá, sua voz, seus olhos, não lha obedecem mais. São filhos de um cansaço nítido. Como o fiz? Entreguei em diversos lugares currículos de suas parcas experiências como vendedora, que, no ultimo emprego, fora demitida por não saber se relacionar com... Pessoas (interessante, porque em seu Orkut ela se relaciona tão bem!...). Seu comportamento era ínfimo em relação aos outros, e não conseguia criar amizades, entusiasmo, ou seja, aspectos necessários a uma pessoa que quer trabalhar de verdade...


Hoje, ao entregar currículos para uma pessoa, penso que estou errado, porque estou retirando todas as possibilidades de crescimento dela. Ao entregar sua experiência ao gerente, à secretária, ao vendedor, talvez eu esteja errado, mas acredito que você transfere um pouco do que você é e quer. Como disse um grande amigo meu “se você entrega com entusiasmo seu currículo, ainda que seja apenas um currículo, mas se você demonstra que quer trabalhar... é possível que você já esteja cinquenta por cento empregado”.


E cinquenta por cento para essa querida amiga já era muito! Mas não era ela quem entregava as cartas, e sim eu. Não que ela não tenha feito, muito pelo contrário... Ela o tinha feito em outras áreas, a questão é que eu me ofereci para fazer o trabalho outras vezes... E esse foi o meu mal – jamais faço isso para ninguém (ou farei um dia?). Minha esposa sempre diz que sou bom de mais para os outros, e isso me prejudica em excesso...


De repente ela tem razão rs rs!

(Volto daqui a pouco: vou tomar água!)

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