terça-feira, 31 de maio de 2011

Pela Manhã...

Pela manhã, quando nosso coração está “vazio”, ainda por encher-se dos “pecados” do dia, escuto músicas clássicas – na realidade, sempre as bachianas! --, as quais me trazem um certo alento na alma, que rejuvenesce e cresce à medida que as escuto.

Semelhante ao sol que lá fora nasce e cresce, e morre, a música floresce e ela mesma se encarrega de morrer como astro esférico, após a chegada do primeiro transeunte do dia: um amigo, que sem querer é claro, me aparece com sorrisos, falas, andados sonoros, com a alegria contagiante, mas às vezes... Não.

Assim, o astro de nossas almas se vai. O silêncio foi rompido. Ao contrário do real, que representa Bem, com o sem barulhos ensurdecedores, o sol de nossas almas precisa da manhã e sua falta de som – ou apenas um som que o harmonize, que lhe dê chances de pensar e refletir acerca do dia que vai transcorrer bem ou não.

Cada partícula da harmonia, entre o sol da alma e a música, deve ser ingerida pelo coração, até que, havendo ou não distorções sonoras, possamos respirar o ar do dia a fim de que a verdade das falas, dos sentimentos, das faces não sejam apenas cópias do dia anterior, mas uma percepção mais apurada do que realmente deve ser ouvido e lido.


Pela manhã, após a chegada dos homens, o maior dos sóis se inclina e se destina a nos iluminar. O menos deles, o nosso interino sol, tenta resgatar a essência humana a partir de nossos comportamentos, falas, palavras, feições... Contudo, em meio a palavrões e ânimos exaltados, ele morre antes do tempo. Se vai.


Todavia, a manhã do outro dia me faz pensar que somos dotados de imperfeições pelas quais devemos aprender a resgatar o sol que há em nós, paulatinamente, nos tornando buscadores de harmonias que, apesar de estarem tão perto, são difícies de vivenciar.

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