sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mãe

Pesquiso, reflito, busco em meus alfarrábios internos, rs, todos os santos dias os mistérios desse ser maravilhoso, que demonstra feição amor, carinho, paz, harmonia e, acima de tudo, vida, ainda que estejamos sem ela. E nessa empreitada, percebi que a mulher, já dotada de belos preceitos, nos traz características naturais do Logus feminino – nas quais o coração, a lágrima, a virtude extrema, como diria Vitor Hugo, são atributos que funcionam como potencialidades.


Mas e a mãe, seria apenas uma mulher com atributos naturais? Seria um ser além- racional do qual ensinamentos e ensinamentos sairiam como fluidos divinos a nós pobres homens, que nunca deixamos de ser filhos?


Não sabemos. Apenas percebe-se que um ser dotado de amor irrestrito, quando se vai para junto dos deuses, nos deixa confusos, tristes e separados da manada – o mesmo não acontece quando um pai se vai, pois não temos essa riqueza interna de experiências, nas quais até mesmo o pior dos homens é visto como... “o meu filho”... Estranho não? As interrogações continuam, e o amor também.


Hoje, com filho de dois anos e meio, e uma esposa que dele cuida como uma fada, fico degustando e me deliciando com as brincadeiras como um expectador, que, de longe, agradece a Deus por saber que meu filho tem uma belíssima mãe, que ama, cuida, limpa, e trabalha etc – eu não saberia lidar com casa, roupas, limpeza, trabalho e uma criança que vale dez, rs.


E a grande mãe, aquela que um dia me teve, hoje me ama mais do que quando eu era de colo, e eu ainda não entendo o porquê. Mas desconfio que as mães não veem os filhos crescerem, mas nascerem todos os dias ao buscar seu colo – ainda que com vinte e trinta anos de idade – e sorriem como sábias, que são; e brincam, e contam histórias, e choram... pra variar rs.


E vejo em minhas irmãs a cópia da genitora, que deixa seu legado de paz, principalmente, ao encontrar todos unidos, em festas de Natal, fins de ano, aniversários, e agora, mais uma vez, nos Dia das Mães.



Realmente, como diria Drumonnd, “As mães não deveriam morrer”.

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