segunda-feira, 18 de junho de 2012

Passeatas: passeios sem direção.


Passeatas na década de sessenta: elas sabiam muito mais o que queriam.

 


Há muito que se reivindica por meio de passeatas nas ruas, nas praças, até mesmo pela própria guerra, o necessário para a realização de um determinado grupo, para uma sociedade, ou mesmo país – e dentro desses quesitos, muitas coisas foram a essência para a modificação do mundo, como na Revolução Francesa, que nos deu princípios básicos de como ir à luta para a consecução de nossos nobres objetivos. Contudo, mais tarde, vimos que tal revolução nada mais era que uma necessidade de alguns, não da maioria – ou seja, não era uma revolução humana, dentro da qual poder-se-ía mudar comportamentos fossem eles éticos, morais ou não. Talvez, nenhuma o fizesse até hoje...

Assim são as passeatas... Não param jamais. São sempre em nome de paz, com porretes nas mãos; em nome de Deus, eliminando os supostos inimigos com palavras, ou mesmo com guerrilhas, todas – repetindo – em nome de Alah, Jeovah, Jesus, Deus, etc...; outras em nome do amor, na qual se configura a maior apologia ao sexo (às claras), pois querem liberdade para “expressar” seus sentimentos...

A mais nova é uma revolução às avessas. A passeata das Vadias, na qual meninas, mulheres, homens com sexo duvidoso, com sexo certeiro, caminham com faixas ao alto pedindo respeito ao corpo, respeito às vestes, de modo que sejam livres para “transar” com quem quiser, a hora que quiser, onde e como quiser. E vestir o que quiser, claro.

Vamos começar pelo inicio... Já faz algum tempo, que uma certa estudante foi pega pelos seus colegas de turma, com uma minissaia, entrando no recinto de uma faculdade conhecida. Houve, segundo ela, assédios além do normal, e mais, desrespeitos a sua pessoa de maneira que fora obrigada a sair correndo ou abrigada pelos seguranças da instituição...

Já percebeu que somos os únicos seres da espécie a pedir respeito? Por que motivo uma gazela, uma tigresa, uma onça não o pedem...? Não é brincadeira. Se colocarmos dessa forma, vamos dizer que não precisam, em razão de suas peles, pêlos, espinhos, enfim, são suas vestes naturais... as quais sincronizam com a maior das instituições... a própria Natureza.

Nós, claro, por razões animalescas que possuímos intuitivamente, não podemos fazer isso: andar nus. Podemos, sim, caminhar com harmonia, sintonia, seja aqui, ali, ou mesmo em qualquer lugar sem que possamos ser achincalhados, humilhados, ou vistos como animais predadores marinhos – piranhas, tubarões, baleias, etc – mesmo porque não o somos, ainda que insistam.  Há, com certeza, roupas que se harmonizam com o local, com tudo, sem que a pessoa seja ridicularizada.

Há, no entanto, algo ainda mais grave a se constatar, a de que estamos em mundos diferentes, dentro dos quais cada um possui uma esfera de evolução – estou me referindo ao mundo de cada um. Muitos querem a honra, a ética, a moralidade; querem o pudor, o respeito real, liberdade real, esses somam-se àqueles que estão em um patamar natural, belo por excelência; ao passo que muitos outros querem a mesma coisa, porém de modo diferente... Ou seja, assemelharem-se àqueles animais no inicio, como se uma revolução Inversa fosse possível.

QUEREM andar de microssaias, em qualquer lugar, e com calças supercoladas ao corpo, seja em igreja, em formaturas, nas quais se comemora a melhor parte da consecução de uma juventude... Sem falar em templos religiosos, nos quais a formação de todos, desde épocas passadas, era a de religar-se com o sagrado, o qual se demonstra sempre vestido de paz e harmonia onde quer que estejamos!

Querem usar o corpo como lhes convêm, pois acreditam que este é delas, assim como um carro que compram, que usam, que trocam. O corpo envelhece, enruga-se, transforma-se num ser que se esvai com o tempo, assim como qualquer planta, animal, e, se fosse para ele, o corpo, pedir respeito, ele o faria. E seu respeito, a depender de quem dele cuida, fica ou se vai antes mesmo de virar pó.

Não querem, contudo, pensar, refletir ou repensar acerca disso. A passeata das Vadias, como são chamadas (ou é a passeata?), é com um intuito de “respeitar ainda que sejam vadias”. Soa contraditório. Se bebo até cair, como grama, sou pisado pelos transeuntes, e peço que me chamem de doutor?...  Soa-me estranho.

A palavra respeito, assim como outras que se vão sem o sensor natural de elevação humana e universal, tem sido muito repetida em várias instituições, principalmente em senados, câmaras, tribunais. Mas sabemos que, ainda que peçam, não mereçam, pois são como lobos que destroem sonhos nossos de cada dia.

Agora, sair às ruas, com seios à amostra, com minissaias que, em meio a crianças e adolescentes, são pedidos ao lado bestial de cada um..., além de frases deploráveis, como “o corpo é meu, eu dou pra quem eu quero”, e mais... “Quero respeito!” – O que seria respeito então?? O que é moral? O que é Ética?

As passeatas sempre trarão revoluções, pois modificam o comportamento humano em décadas. A questão é uma só. Quando é que entraremos em uma passeata coerente na qual pediremos nossos princípios básicos?

Quais são?! Há há há!
É melhor rever seus conceitos em tudo, senão, amanhã você estará a favor do sexo, indiscriminadamente, a céu aberto...

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