quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Filos Menino, Reflexões Terceiras.



...E terminamos o texto anterior, com muita falácia e ao mesmo tempo razões à beira do abismo, pedindo para pular, e sem saber qual o papel nosso de cada dia, nosso objetivo, nosso ideal... (êpa!), o que é isso? Voltemos a falar nele depois...
Mas, voltando ao finito e ao infinito... O que podemos perceber em cada um? O finito, como já disse, é fácil perceber, seja no físico, nas emoções, nos desejos, ou em realidades criadas pelo homem – ou não.
Sim, claro, podemos falar dos grandes mananciais, das grandes constelações, dos conjuntos de luas de diversas galáxias, mas cada coisa tem seu tempo para acabar... E hoje sofremos com esse pensamento, porque a demanda é muito grande para tantos recursos naturais. A água, por exemplo, pode ser o primeiro a se definhar não apenas por que é finito, mas, principalmente,  pelo fato de não a economizarmos.
Assim como a água, a terra, esse ser no qual pisamos, tem seu tempo útil. O sol, essa estrela bela que nos ilumina todos os dias, desde o dia em que resolveu ser o centro de nosso sistema, também pode se ir. As estrelas, essas nem se fala...
Ainda ontem, li um artigo dizendo que cientistas descobriram que o gás necessário para “fabricação” de estrelas está se indo, ou seja, estrelas estão deixando de se formar no universo. Isso quer dizer o que?
Bem... Como eu disse, tudo se vai quando se é finito. E por que a terra seria infinita? Não há nada, nem um livro sagrado que seja, que diga o contrário. Mas... O que realmente fica? Fica o que chamamos de eterno (infinito), sagrado, e cabe a nós entender essa parte, pois, se temos um pouco do eterno em nós, devemos, de coração, por natureza humana, saber o que é.
Quando se fala em eterno, lembra-se de espírito, e quando falamos de espírito, lembra-se de Deus, e quando falamos de Deus, nos vem, a depender de quem escreve ou interpreta, um senhor de barba longa, com um cetro na mão, em algum lugar do universo, esperando o respeito pelas suas obras divinas e o respeito mútuo dos seres humanos, para, no fim, serem escolhidos, levados para o seu paraiso...  Ao contrário, seria uma carta de recomendação ao “anjo mal”, que mora abaixo da terra, para levar o menino desobediente das suas leis...
Em algumas culturas, espírito vem a ser o indizível, aquele do qual não se pode dizer absolutamente nada, mesmo porque o homem tem suas limitações, por mais inteligente que seja. Em outras, o processo mítico ressalvado nas histórias do universo, do homem, ou mesmo de uma sociedade, traduz o espirito da cultura em respeitar, por meio de processos simbólicos, o que chamamos de Deus.
No oriente, em certas civilizações que cultivam a tradição, espírito -- por ser de difícil interpretar -- vem a ser o mais simples ato de cultivar uma árvore, de observar o sol, sentir cheiro da chuva, organizar um jardim, alimentar um necessitado,  fazer reverência a um humano, sorrir a todos, enfim... Falar de algo que precisamos entender primeiro não é bom...

Precisamos entender nossos atos, e os mistérios que estão por detrás deles; precisamos elevar nossas consciências para que possamos compreender o que seria esse processo simbólico que levou nações a entender tão bem a Deus do que a nós, que, milhares de anos depois, olhamos para o passado com vergonha de nossos atos tão involuídos em relação a eles.
Olhamos para as pirâmides... “nossa que lindo!.. Mas para que serve mesmo??”; olhamos para as estátuas gregas, suas histórias de heróis, para os grandes monumentos históricos que um dia foram parte sagrada de várias culturas e dizemos... “que lindo! Mas para que servem mesmo??”...
Estamos distantes do conceito real do que é organização universal.  Essas culturas faziam suas esculturas, suas pirâmides, suas cidades baseadas e sincronizadas com o universo, pois sabiam que “o que há em cima, está embaixo”. E assim, religavam modos, leis, comportamentos, dentro de leis universais.
Hoje, a desconexão, talvez, nos tenha distanciado do sagrado, de Deus, e revelado em nós uma saída estratégica para tudo, e isso levou nações a caírem nesse processo que se tornou maior que o próprio desejo do homem em melhorar seu mundo.
Há poucas, pouquíssimas civilizações que ainda conseguem viver de acordo com esse processo, mas o capitalismo rompe barreiras e faz vazar a água da corrupção até o outro lado do muro.
Bem...
Depois dessa reverberada toda, acredito que já sabemos qual o nosso objetivo no mundo, né?
Se a água corre para o seu destino, assim como a pedra rola ao encontro de outras, e o vento nunca quebra; assim como as estrelas em sintonia tocam a alma dos seres viventes, assim com o sol eleva nossos sentidos vitais, tal qual a lua manipula as ondas do mar... Nosso objetivo é ser um tanto quanto mais humano do que somos hoje.

Voltamos para organizar tudo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....