sexta-feira, 19 de abril de 2013

Processos Iniciáticos: Caminhos para o Sagrado - IV


Pitágoras e sua Escola


“Não castiguemos os homens de hoje, ensinemos as crianças de amanhã”.

“Mais vale ser um touro por um dia, do que ser um boi pelo resto da vida”



Pitágoras. Dele pouco se sabe, mas deixou maravilhas.


... É difícil comentar a respeito de determinados assuntos dos quais temos apenas opiniões, assim como tudo que é relativo, ou seja, podemos cair na insegurança de lidar com elementos que podem nos apresentar interpretações dúbias, além de nossos conceitos incertos.

Contudo, temos que visualizar sempre um meio para tanto, o que sempre me assegura o respeito ao que vou retratar. É o referencial. Este tão certeiro quanto um caminho a vida, deve ser sempre levado, ainda que de modo imaginário, para onde formos, mas que esteja em nosso subconsciente, ou melhor, em nossa pequena grande alma, dentro da qual burlam questionamentos, etc...

Tudo isso para iniciar um dos melhores assuntos dessa jornada em busca da verdade. Templos iniciáticos na Antiga Grécia...

Primeiramente, queria alertá-los a respeito de algo necessário. Aqui, nessas paginas, não será colocado todo conteúdo possível em torno de todos os templos ou mesmo o modo como lidavam com a magia, rituais, os quais, antes do cristianismo e um tanto quanto depois dele, norteou escolas de filosofias Pitagóricas, Platônicas... O que para nós daria um outro Blog...

Pitágoras

Todos sabem que Pitágoras teve esse nome em razão de Pítia, uma deusa grega. Mas foi no Antigo Egito que o filósofo se iniciou. Sua inquebrantável luta pela verdade e mistérios o fez ir ao país dos faraós, no qual foi recebido sem recusas pelo grande faraó Amasis.

Foi submetido, assim, a várias provas iniciáticas por mais de vinte anos. Em tais provas, teve elucidações acerca das essências, da vida e das formas, compreendendo questões espirituais, como a evolução (ascensão), e involução (queda na matéria), rumo à Unidade.

Em razão de algumas circunstâncias, que nunca são casuais, foi obrigado a seguir com escravos até Babilônia, na qual conheceu a sabedoria do mestre Zoroastro.

Os sacerdotes egípcios, segundo contam discípulos do mestre, foram os mais responsáveis pelo seu conhecimento a respeito da Vida, pois eram os maiores conhecedores das ciências sagradas, porém encontrou práticas reais em magos persas, com os quais aprendeu a manipular leis ocultas da Natureza – ou como diziam, fogo Pantomorfo – das quais a eletricidade, a energia até certo grau, além da palavra humana, foi ensinada pelos mestres babilônios.

Penetrando na magia persa, Pitágoras penetrou ainda nas ciências ocultas, e não parou mais. Assim, após sua iniciação com magos babilônicos e sacerdotes egípcios, o filósofo já sabia mais que a maioria dos gênios gregos, e até que seus mestres, o que facilitou entender todos os meandros da humanidade... Sabia sobre religiões, continentes e raças totalmente desaparecidas.”.





Escola Pitagórica

De Volta à Grécia...  

Depois de encontrar seu mestre anterior, na cidade em que lhe havia dado o nascimento, resolveu partir para outra, e iniciar um processo que jamais nos esqueceríamos desse grande homem. Pitágoras queria formar uma escola de iniciação.

Sabedor, agora, da grande matemática abstrata, mestre de Samos – onde nascera – foi responsável por muitos conhecimentos, dos quais, até hoje, a humanidade tem acesso, como a Teoria de Pitágoras.

E formou uma escola em Crotona, Itália Meridional, na qual ensinaria a um grupo de indivíduos por ele selecionados, pela virtude e moral,  a educação esotérica (não exotérica, o que significa “para fora”), aplicando seus princípios de educação à mocidade, e ainda uma instituição na qual modificaria o próprio Estado.

E, com isso, trouxe à tona pensamentos de discórdia em relação ao que pretendera ainda que fosse com ótimas intensões. Mas, mesmo assim, continuou com seus ensinamentos. Dizem que, na sua escola, havia os acusmáticos, aqueles que tinham a vocação instintiva do falar, mas que, em sua escola, teriam que passar por um bom tempo apenas no ouvindo o mestre e suas aulas. Pitágoras dava mais valor ao silêncio...


Pentagrama. Símbolo da Escola


Em sua escola, ainda, desenvolveu-se vários estudos de Matemática, da qual saíram muitas fórmulas que conhecemos atualmente, além de influenciar vários outros filósofos como Platão, Aristóteles, e até mesmo ao Cristianismo. Dalí saíram mestres, e, segundo alguns, Pitágoras havia se casado, possivelmente, com uma mestra em Física, Theano...

Ritos

Pitágoras também era conhecido pela sua inflexibilidade com seus alunos, o que lhe dera o vulgo de autoritário. Porém, quando se faz uma escola na qual se ensina filosofia em todos os aspectos, principalmente humano, há de convir que a tendência é trazer à tona elementos que farão todos possíveis discípulos dentro do meio... Assim é o ditador na política.

Mas Pitágoras tinha uma política diferente, e dentro dela, modificaria as pessoas, o Estado, o mundo, com ensinamentos que, se deixassem à época, tornaria o mundo bem melhor. Por isso tantos filósofos dele lembram quando citam suas doutrinas.

Mais que isso, a “ditadura” do mestre não era a mesma que conhecemos, mas gerada de uma necessidade interior, sutil, espiritual. Infelizmente, para alguns candidatos, tudo isso poderia ser simplificado com uma palavra, dor.

As provas eram muito difíceis. Como sabemos, temos as opiniões, e as pronunciamos a qualquer custo, o que nos trás a depender do que sai de nossas bocas problemas sérios. E o mestre, aos seus pré-discípulos, fazia com que alguns “faladores” ficassem sem falar durante anos, sem direito a qualquer palavra – apenas observando, respeitando, e entendendo os símbolos.

Outra prova era o candidato penetrar em seu âmago, por meio de ensinamentos esotéricos, e descobrir seus monstros interiores. Pitágoras fazia com que o medo de si mesmo levasse o candidato a deixar as aulas. E muitos o fizeram. A alma humana traz à tona elementos de uma personalidade tão impregnada de máscaras, que engana seu portador com ilusões.

Uma das provas mais sérias era a de teor  moral, na qual o discípulo teria que argumentar acerca de um símbolo, ainda que jamais visto por ele, e, sozinho, dissertar da melhor maneira sobre aquilo que o mestre lhe dera para meditar... Se o fizesse, sem opiniões de terceiros, ou semelhantes, seria aceito.

Isso, com certeza, configura que a moral deve vir do próprio espírito humano, mais tarde chamado por Platão de Nows no homem, o que lhe rendera influências de muitos outros filósofos. A moral, enfim, não era uma organização interna baseada em princípios relativos, ou como podemos dizer, de opiniões que geram princípios falhos! A moral tinha que ser a conduta baseada na mais profunda organização que possuímos – Deus.

Pitágoras foi um dos mais sábios filósofos da humanidade, senão o maior. Influenciou muitos com a sua maneira de lidar com a prática de seus ensinamentos, na tentativa de fazer m mundo melhor. Sabia que era difícil, pois a própria humanidade não tinha meios para entende-lo, mesmo porque sua escola não era um palco onde qualquer pessoa entrasse e saísse como sábio.

Era mais que isso, traduzia a necessidade de compreender profundamente, como fora nos lugares em que fora iniciado, o ser humano, seu defeitos, qualidade, sua ascensão e involução, e o porquê. Assim, nas pequenas descobertas, nas mínimas provas para se deter o medo, ou até a falta dele, além de transformar homens humildes em mestres, e muito mais, Pitágoras revelou que temos um caminho imenso a percorrer para nos tornar melhores, e consequentemente um mundo melhor.



Voltamos com escolas mais.

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