Sesóstris III. |
Por volta de 1878 a.C a 1842 a.C, no
Antigo Egito, havia um faraó que reinou esplendidamente aquele país, tentando,
com todas as suas forças, evitar o mal que vinha de um outro iniciado nos
mistérios, só que dessa vez das forças contrárias à de Maat, a deusa da ordem,
da disciplina. Um mal que, ainda que fosse de encontro aos deuses egípcios,
sabia que teria que usar forças quase semelhantes para exterminar a cultura das
pirâmides. O mal foi obrigado a usar as força de Seth, o deus das sombras.
Sesóstris III, reto, alto,
moreno, com um leve aclive no nariz, cultivador dos mistérios sagrados, tinha
como objetivo cultivar o Bem, afim de que o povo egípcio fosse beneficiado
pelas leis divinas as quais defendia com todo o seu espírito. Porém, nos meandros
do deserto, forças escuras nasciam com o objetivo de transformar a sociedade
daquele país em cinzas, usurpando,
corrompendo, exterminando da mesma forma que o próprio faraó o fazia para o
Bem, tal individuo o fazia para o Mal...
Assim, com o passar dos anos, as
forças se colidiriam, e o povo egípcio foi-se dizimando, ainda que nascessem
esperanças e frutos benignos ao longe, o grande país e sua cultura mítica
iniciou seu processo de queda.
Assim o foi entre Sesóstris e o
Anunciador, nome do feiticeiro do mal, que jurava fazer o que fazia em nome de
um deus único. E no meio dos dois... A Árvore da Vida. Uma pequena acácia,
guardada em Ábidos, cidade espiritual do país, dentro de um centro no qual se
chamava templo iniciático dos mistérios sagrados egípcios.
Ali, apenas os reais discípulos
que, de coração, se entregavam aos deuses – Maat, Num, Osiris, Isis... entre
outros – tinham possibilidade de ver a pequena árvore que crescia à medida que
a temperança e luz reinavam no reino das duas terras, e, naturalmente, perdia a
essência que singularizava o espírito de tudo quando as trevas se faziam no
país...
A luta de Sesóstris pelo antigo
Egito não fora em vão, pois singularizava o valor a ser dado ao humano, ainda
que houvesse mentes contrárias a suas atitudes benéficas fossem advindas dos
deuses ou não. Singularizava o valor a
ser dado à humanidade, que, como diria certa professora, “não nasceu para ser
sábia, mas também não nasceu para ser injustiçada”.
As árvores da vida, como a
acácia, assim se vão em nossos dias. Pois a preocupação com a humanidade se
resvala em atos ditatoriais, com presidentes que se dizem democráticos e
acostumam o povo a amá-lo simplesmente para transformá-los em cordeiros em uma
futura ditadura. Assim o foi na Venezuela, e o será até o fim, pois há pessoas
que acreditam na “bondade” de um tirano que, graças a Deus, se foi, mas que,
porém, deixou mais que rastros, sua família...
Assim o foi em Cuba, a qual, no
passado, se transformou em potência idealista com Che Guevara, Fidel Castro e
seus amigos, no entanto, hoje, para não dizer há tempos, com portões fechados a
nações civilizadas economicamente, respinga contradições, pois vive de
mentiras, dentro das quais a Saúde, dita como de primeiro mundo, que não é,
morre em hospitais tais quais qualquer país democraticamente corrupto; outra, a
da medicina, que, até mesmo eu acreditava, transformava a mente dos iconoclastas
da medicina a dizer que era a melhor do mundo...
E quando tentam vociferar a
verdade, tentam encontrar razões para calá-la. Motivo: Cuba foi potência e que
se mostrou forte na principal revolução... Contudo, não adianta revoluções se o
principal foco de mudança não for as pessoas que a promovem.
Aqui, em nossa época, tão falha
ideologicamente, não há nem mesmo as revoluções naturais que fazem o homem se
importar com o ser humano. Razão... Tudo soa com interesse espúrio, do pastor
ao político!
A acácia que resguardava a
essência dos valores com certeza teria sido destruída. A exemplo temos dois
países – Coreia do Norte e do Sul – em pé de guerra. A do Sul infiltrando-se no
capitalismo, tentando manter, apesar de tudo, sua cultura. A do Norte
cultivando a miséria, a falsidade, sangue, em nome de uma economia que os
ditadores do passado deixaram para o atual.
O pior, no entanto, é que estamos
tão estagnados e dormentes com tantas dores, que não sabemos como e por quem
chorar primeiro... E isso, em uma época de grandes edifícios, terminais de
computadores em todos os lugares, sem falar nos tablets, iphones, facebooks,
sempre nos vem o pensamento de que tudo isso vai nos socorrer do mal... o que é
um pensamento mais que falho.
Nenhuma máquina, por mais moderna
que seja, se não tiver o objetivo de auxiliar o ser humano em todos os
sentidos, pode-se dizer que é uma máquina para o Bem, pois haverá a dúvida em sua
utilidade junto aos homens, os quais, com desejos, instintos, e
ideologias, podem literalmente mudar da noite para o dia.
E mais, podemos estar presos a
atmosferas que nos sucumbem diariamente, com o medo de sair de casa, medo de
criar os filhos, medo da solidão, medo do próximo, o que nos prova que a acácia
interna do homem atual está morrendo tão velozmente quanto o foi no passado...
A árvore da vida pode até
existir, mas somente àqueles – homens de bem, sociedade, grupo, instituição,
seja filantrópica ou não, filosófica ou não – que tenham ideais nobres voltados
à humanidade, o que, para nós, atualmente , é apenas uma lembrança de alguém
que defendia em algum lugar um povo, visando todo universo... aos deuses.
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