Escolas de Mistérios Gregas
Platão e a Iniciação.
Platão: o melhor. |
As Escolas de iniciação grega
tinham em si uma influência profunda de outras escolas, nas quais se praticavam
rituais quase homogêneos aos egípcios, os quais foram raízes daquela cultura.
Prova disso, temos no texto anterior, o grande Pitágoras, que iniciou seu
processo de iniciação no país do Nilo, mais tarde partindo para a Babilônia,
onde se realizou mais espiritualmente.
Cogita-se que até mesmo o mestre
Platão, tão influenciado por Pitágoras, tivera seu momento na cidade das
pirâmides – Egito, mais especificadamente em Sais. Alguns autores, em busca de
detalhes a respeito, salientam que o mestre chegara ao templo e tivera que
responder a diversas perguntas, entre elas “O que vieste fazer aqui?”, pergunta o
sacerdote do templo... e que o filósofo lhe responde... “Vim em busca da
sabedoria”.
Platão também teria respondido “Em
busca do conhecimento do bem e do mal, da justiça e da injustiça, pois ela é o amor
de uns e o rancor de outros”. Além do
que, o buscador não teria apenas lhes respondido acerca do abstracionismo
filosófico, mas também da ciência como um todo.
“O que é Ciência?”,
perguntaram-lhe, e de pronto, Platão teria dito “A compreensão da causa e
efeitos, quando o espírito de Deus desce sobre o peito dos homens.”. Assim, em
respeito às leis egípcias, o discípulo que mais tarde viria a ser o ícone do
conhecimento ocidental não só respondia, mas aprendia a respeito das leis universais, segundo a tradição, sempre
considerando a perenidade do corpo, da personalidade e acerca da imortalidade do ser,
somando a desfechos positivos, em respeito ao conhecimento maior.
Platão estava sendo preparado
para a luz, pois, para os sacerdotes osirianos, estava perto de se integrar grande
Lei. Assim, o neófito, candidato à iniciação, aprendera acerca de Anki, um
objeto semelhante a uma cruz cristã, a qual teria o significado infinito aos
olhos egípcios, contudo, para ele, que estava no inicio, entenderia, com seus
olhos e alma, que significaria a imortalidade, o infinito, Deus. Anki, para o
povo mítico, seria a chave da vida...
Aqui, Platão vira o universo em
um microuniverso. O eixo da cruz, para ele, simbolizaria o caminho do discípulo,
e o horizontal, o seu limite. Tudo isso demonstrado pelo círculo, no final dos
eixos, representando a consciência espiritual.
Os dogmas, aprendeu, os preceitos, tudo, de
alguma forma, deveria existir, mas não no sentido relativo, até vulgar, mas no
sentido restrito da palavra, pois o próprio universo necessitaria de um dogma
para se cobrir e para velar seus mistérios... Por isso, Sócrates, mais uma vez,
estava certo, quando disse “só sei que nada sei”... Pois, por mais que soubesse
acerca dos mistérios, haveria uma restrição necessária aos mortais, aos mestres,
indicando que as leis universais são parcamente compreensíveis por intermédio
dos mitos e ritos, contudo necessários ao homem.
Platão e sua Academia: eternos. |
Para Platão, após sua volta
à Grécia, escreveu... “as iniciações são
a conquista progressiva dos estados de consciência”, e mais, para os Neo
Platônicos, é a união da parte com o Todo. E depois, de sua volta, o grande
filósofo fundou uma academia, aproximadamente em 387 aC, em Atenas, consagrado
a deusa.
Nela, Platão, depois de se
iniciado nos mistérios, e já um admirador de Pitágoras, além do que, há época,
teria uma relação estreita com discípulos, continuou, a principio, do mestre
iniciado na Babilônia, aliando, mais tarde seu grande discípulo, Aristóteles, o
qual se tornara seu melhor aluno, durante vinte anos.
Em sua escola, ressaltava a
dialética, a primazia pela busca individual da verdade, pelos questionamentos.
E assim, além do que aprendera em sua iniciação, e principalmente depois da
morte de seu mestre maior, Sócrates, dera ao mundo diversas formas de
compreender seus ensinamentos à humanidade. Ensinamentos estes que foram
desvirtuados com o tempo, porém que não se perderam, graças a certas entidades
que não souberam interpretá-lo ou que preferiram leva-lo ao descaso...
Publicou vários livros:
Apologia
de Sócrates
Críton ou Do Dever Íon ou Da Ilíada Laqués ou Da coragem Lísis ou Da Amizade Cármides ou Da Sabedoria Eutífron ou Da Santidade |
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Eutidemo
ou
Da Erística
Hípias menos ou Da Mentira Crátilo ou Da Etimologia Hípias Maior ou Do Belo Menexeno ou Do Epitáfio Górgias ou Da Rétorica República - livro I Protágoras ou Dos sofistas Ménon ou Da Virtude |
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Fédon ou Da Alma
Banquete ou Do Bem República - livros II a X Fedro ou Da Beleza |
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Parménides
ou
Das Formas
Teeteto ou da Ciência Sofista ou Do Ser Político ou Da Realeza Filebo ou Do Prazer Timeu ou Da Natureza Crítias ou Da Atlântida Leis (inacabado) |
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