quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O Céu de Cada Um, Uma Longa Jornada...


Tao: para muitos, a representar o céu e o inferno.



As sensações, unidas ao bom sentimento, sempre serão, para muitos, o caminho do Céu, ou o próprio. Prova disso, é quando realizamos uma tarefa não muito dentro de nossas capacidades, e nos inclinamos como heróis sagazes, em uma luta árdua, cheia de labirintos como... Varrer uma casa, lavar uma louça, passar o pano numa  janela... 

Não é uma piada. Nosso céu é o nosso retrato. O inferno, talvez, seja o inverso. Ou uma dualidade entre fazer o que não nos é dado pelo grande Deus, como deitar-se frente a uma TV, comer aquele prato de salada maravilhoso, com um arroz soltinho, unido ao um peixe... Sem espinhas, por favor. Mas sempre indo de encontro a Ele.. Isso é  o inferno!

O inferno, também, é a nossa cara. Mas o que mais me atrai é o céu, esse grande mistério universal, dentro do qual questionamos, reverberamos, e dele nos alimentamos quando lemos os clássicos, se reduzindo, de acordo com nossos interesses, a práticas personalisticas, que nós mesmos temos por obrigação, como homens que somos.

Não adianta, queremos o céu de qualquer maneira, como se fosse uma quantia que depositamos no banco, e a merecemos pelo simples fato de ter feito algo "grandioso". E as sensações continuam... Todavia, esquecemos que a rampa é pequena e que somos péssimos em esportes radicais, então nos entregamos... Varremos mal, somos péssimos lavadores de louça, o pano da janela, que tanto se sujou com a poeira, vira o próprio capeta. Daí, vem o cansaço, o desespero, a dor -- qual? -- a dormência, enfim... O infraerno (para não repetir a palavra, ok?)

Mas, contudo, entretanto, quando tudo dá certo, e a vassoura ajuda, a louça é pouca, e o bendito pano não se entrega... Vemos a face do Criador! Choramos, caímos ao chão, nos tornamos crentes, vamos ao ancião (pastor, bispo, sei lá..) e nos entregamos, juntamente com a alma, que não entende bulufas...!

A saga continua...
Viramos experientes em práticas caseiras e  damos aulas, palestras, vendemos livros, e conseguimos, por fim, nos desviar de nossos objetivos...  -- Qual era mesmo?? -- ah, ser Deus, quer dizer, encontrar Deus. Não! Encontrar o céu. 

O que nos sobra dessa empreitada? Não sei, talvez voltar à origem de tudo isso, e como diria o nosso querido Marco Aurélio, imperador-filósofo, "Já pensou se uma orelha pede aplauso só por ouvir?"... Já que estamos a repensar o que é e o que não é céu, vamos com calma em nosso vaidosismo, em nossas obrigações.  Pois de repente somos orelhas querendo não só aplausos, mas muito  mais que isso, sem mesmo cumprir, sequer, a primordial das tarefas, a de ser um pouco mais humano...

Sei que, em muitas tarefas claudicamos, mesmo porque temos vocações escondidas, mas não deixemos de lado qualquer que seja nossos objetivos, nos colocados com outro objetivo -- o de ser mais pacientes, amorosos, menos duros com a vida, mais sensatos, mais experientes... Uuufa..!

Nosso céu, mais uma vez, com certeza, está se fazendo em algum lugar de nossas memórias da grande Vida, mas não somos sacerdotes, sábios, filósofos (ou pretensos) clássicos, para perceber essa religação natural a que obedecemos sem querer, e sim pessoas comuns, sem aquele  crachá de especial do Criador, simplesmente porque tudo que nos acontece, com certeza, é inerente a qualquer ser humano.




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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....