Às vezes é preciso reconhecer o fundo do fosso para se saber que ainda há mais fundo e mais fosso. A adrenalina, hormônio que se salienta em decisões, em aventuras, em circunstâncias além de nossos limites, fica à flor da pele. O coração, coitado, tão quieto, pacífico, torna-se passivo de receber dores, pulsações fortes, e bate mais forte a ponto de sair do peito e cair no chão, saltitando e gritando “me tirem desse corpo!”...
É a alma. Esse ser volúvel que nos faz perceber o quanto a maltratamos com intempéries inconsequentes, ou seja, o que nos fugiu a responsabilidade. Tudo ficou desorganizado... Da matéria ao espírito. E, nesse intervalo, quem sofre é a pobre daquele ser que eleva a Deus nas horas vagas, que nos eleva aos melhores sentimentos, à poesia maior, ao amor... Tudo se desorganiza. Em meio à alma, o físico se contorce, cai ao chão, se debruça na frente do invisível, pede perdão...
Não há perdão. As dores, normais e naturais, vêm como um furacão em busca de resposta àquela falta de disciplina ao universo-corpo, ao universo alma-espírito. Não encontra e se instala até doer mais e mais, até que a resposta seja dada ou que o dois universos se alinhem e se organizem em um.
O próprio Universo tem suas consequências se nele se alterar algo. E nós, o nosso. A própria Natureza, a visível, torna-se um caos, se houver uma borboleta que morre por morrer em meio à violência cotidiana. Imaginem a discriminação de todos os seres, animais, vegetais, humanos nesse universo, corpo maior em que estamos nos achando donos de tudo. E o universo invisível? Platão nos dizia que vivemos nas sombras do que é real – o invisível – por isso, as dores.
O invisível é a parte a qual nos direcionamos sempre, em forma de Deus, de Santos, de Orixás... É a parte que nos interessa nas horas vagas, não naquelas em que devemos buscar, todos os dias, em forma de questionamentos, cujas respostas ser-nos-ão dadas à medida de nossas vivências – por que a árvore dá frutos? Por que somos dotados unicamente de pensamentos? Por que a vida nos dá dons que não compreendemos? Por que nascemos com problemas físicos, psicológicos; por que nascemos pobres, ou ricos demais?... – são questionamentos apenas, nada mais. Todavia nos dão caminhos, trilhas imensas nas quais podemos partilhar e compartilhar com o próximo ou mesmo sozinho os bônus ou ônus da vida, mas, de qualquer maneira, respondendo, dentro de nossas possibilidades, em nossas vidas cheias de experiências doloridas ou não...
“Se entrar pelo cano, saia pelo cano”, disse um filósofo moderno.
Se estamos presos a qualquer problema, seja de cunho financeiro, psicológico, estrutural, familiar, e não sabemos como dele sair, é necessário se recompor, levantar-se, firmar as pernas, caminhar e tentar entender o porquê de tudo. Há algo errado, com certeza, mas e aí? Não podemos congestionar nossas mentes de perguntas, e sim praticar a saída do problema. Não refletir muito, caminhar.
Enfim, se estamos presos, busquemos em nós aquela ferramenta que serra as grades – como naquelas comédias americanas, nas quais o individuo com o rosto preso em sua cela pega um instrumento bem pequeno e começa serrar as grades imensas. Assim temos que ser. Se não tivermos um grande instrumento, serve aquela pequena serra, que por sua vez, aparentemente, não nos parece grande coisa, mas se transforma em uma esperança ao problema presente. Qual é a sua ferramenta?
É a alma. Esse ser volúvel que nos faz perceber o quanto a maltratamos com intempéries inconsequentes, ou seja, o que nos fugiu a responsabilidade. Tudo ficou desorganizado... Da matéria ao espírito. E, nesse intervalo, quem sofre é a pobre daquele ser que eleva a Deus nas horas vagas, que nos eleva aos melhores sentimentos, à poesia maior, ao amor... Tudo se desorganiza. Em meio à alma, o físico se contorce, cai ao chão, se debruça na frente do invisível, pede perdão...
Não há perdão. As dores, normais e naturais, vêm como um furacão em busca de resposta àquela falta de disciplina ao universo-corpo, ao universo alma-espírito. Não encontra e se instala até doer mais e mais, até que a resposta seja dada ou que o dois universos se alinhem e se organizem em um.
O próprio Universo tem suas consequências se nele se alterar algo. E nós, o nosso. A própria Natureza, a visível, torna-se um caos, se houver uma borboleta que morre por morrer em meio à violência cotidiana. Imaginem a discriminação de todos os seres, animais, vegetais, humanos nesse universo, corpo maior em que estamos nos achando donos de tudo. E o universo invisível? Platão nos dizia que vivemos nas sombras do que é real – o invisível – por isso, as dores.
O invisível é a parte a qual nos direcionamos sempre, em forma de Deus, de Santos, de Orixás... É a parte que nos interessa nas horas vagas, não naquelas em que devemos buscar, todos os dias, em forma de questionamentos, cujas respostas ser-nos-ão dadas à medida de nossas vivências – por que a árvore dá frutos? Por que somos dotados unicamente de pensamentos? Por que a vida nos dá dons que não compreendemos? Por que nascemos com problemas físicos, psicológicos; por que nascemos pobres, ou ricos demais?... – são questionamentos apenas, nada mais. Todavia nos dão caminhos, trilhas imensas nas quais podemos partilhar e compartilhar com o próximo ou mesmo sozinho os bônus ou ônus da vida, mas, de qualquer maneira, respondendo, dentro de nossas possibilidades, em nossas vidas cheias de experiências doloridas ou não...
“Se entrar pelo cano, saia pelo cano”, disse um filósofo moderno.
Se estamos presos a qualquer problema, seja de cunho financeiro, psicológico, estrutural, familiar, e não sabemos como dele sair, é necessário se recompor, levantar-se, firmar as pernas, caminhar e tentar entender o porquê de tudo. Há algo errado, com certeza, mas e aí? Não podemos congestionar nossas mentes de perguntas, e sim praticar a saída do problema. Não refletir muito, caminhar.
Enfim, se estamos presos, busquemos em nós aquela ferramenta que serra as grades – como naquelas comédias americanas, nas quais o individuo com o rosto preso em sua cela pega um instrumento bem pequeno e começa serrar as grades imensas. Assim temos que ser. Se não tivermos um grande instrumento, serve aquela pequena serra, que por sua vez, aparentemente, não nos parece grande coisa, mas se transforma em uma esperança ao problema presente. Qual é a sua ferramenta?
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