sexta-feira, 8 de julho de 2011

A Excelência da Vida



... E falar sobre paixões, sentimentos, saudades... é muito bom demais! Tentar traduzir o que um homem sente lá no fundo do seu âmago quente e solitário é, como dizem os grandes, desenvolver a humanidade em si. Mas existem formas concretas que se movem, que vivem em nome dessa expressividade secreta, que faz questão de ser misteriosa.

Os campos floridos e suas diversidades, as montanhas, a lua, a vida, em si, são exemplos disso. Mas não são o bastante para traduzir o “eu te amo” – uma expressão em decadência, contudo ainda fluente em corações humanos e que ainda significa mananciais e mananciais de palavras ainda não ditas, palavras quentes tais quais larvas incandescentes de vulcões humanos, uma metáfora do coração vermelho.

Ah falar de amor!... Quão distantes estamos em representar esse ser que se dilui nas ondas, nos raios da vida, nas junções humanas, no debruçar humilde do homem bruto... Falar, dissertar, gritar, viver em função dele nos faz ser pequenos tanto quanto uma formiga ao escalar um grande pico, tanto quanto o próprio amor a falar dele mesmo.

E prosseguimos em músicas, em atos, em pensamentos, sempre guerreiros loucos a desvendar seus mistérios, seu infinito significado. E em insignificâncias calhamos, em erros, em ódios aos semelhantes, em fossos cruéis, tudo em nome do amor.

E a incoerência continua. Cheio de interesses humanos, em gentilezas frias, em atos sem honra, sem falar na ética e moral que foram desoladas da história que por homens sem amor ao próximo, sem amor a si mesmo, trabalharam em função da (re) união, não da união com seus valores humanos, com os próprios humanos.

Não adianta buscar o amor de forma violenta e cruel, em sociedades que precisam, mais do que uma criança, de atenção, compreensão, carinho... Fora isso, não há como construir governos, nem mesmo um universo humano capaz de superar todas as barreiras do mal. Muito pelo contrário, cria-se o mal a todos os instantes, a cada esquina, becos, ruas... E não se faz absolutamente nada.

O amor, em sua expansão, transforma o mundo, e por sua vez a retidão entre os seres, em todos os seus níveis. Não apenas humanos, mas a todos in natura. Em sua expansão, leva do mais simples ao mais bruto ao ápice da última nuvem que cobria o sol, até mesmo do último sol, porque, assim, estaria ele atingindo o ápice do espírito humano.



E na união de dois corações, dorme o amor secreto, e se mostra, quiçá, em palavras doces, gestos mais doces ainda, seguidos de sorrisos simples, sinceros, belos... Nessa união, o homem é dono de uma paz inconsciente que só o amor revela e traduz em seu mundo particular. Não há paixões, não há turbulências, não há dor... E sim a mera forma de sentir o que há de mais leve dentro de si. Esse é o principio do real amor.

Nessa união ainda, os dois se amam completamente, sem sombras de aparecer o mal. Aparece sim a consciência de que um ao outro se têm, que os dois nasceram um para o outro e que se perpetuará para a eternidade esse amor que pedia apenas um mero gesto: um beijo, um abraço, uma palavra, um sorriso, um telefonema, uma flor... todos seguidos do mais grandioso sentimento humano.



É belo por excelência!

Um comentário:

  1. Não tenho palavras para falar do amor, e um sentimento tentamos decifrar ate o fim dos dias!

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A Parte que nos Falta

"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....