Vou me despedir da vida,
Não, não vou não.
Sair das mazelas malditas,
Fingir que são queridas...
Pensando bem, não vou não...
Ao vir seus olhos benditos,
Na escuridão da minha alma,
Ao abri-los no azul de teu céu
Rondar como abelhas o teu mel...
Não, não me vou não.
Quero me ir da vida,
Não vos vejo em meus sonhos.
Perdi teu rosto, o meu gosto,
E vivo em meu fundo fosso.
Porém, tem minhas andanças,
Teu quadril, tuas ancas!
Delas eu vivo a lembrar
Que no vazio do leito,
Enche-me o peito
E vou-me respirar...
Adeus, vida?
Ainda não sei amor,
Se me enviasses teu desejo,
E dentro dele o teu beijo,
Exterminaria toda a minha dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário