sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Sol de cada Um


O desgaste do dia a dia nos toma, o ressoar dos tambores dos homens, antes do nascer do sol, já nos alcança, no leito, ainda que nossos sonhos estejam pairando entre o paraíso e o diálogo com Deus. Assim, quando nos vem a manhã, ainda que bela, com um sol distante, porém tão belo quanto, que nos alumia a vontade de estar vivo, sentimos um medo... O medo de levantar de nossas camas, graças aos intolerantes homens, e percorrer nossos caminhos, por mais sagrados que seja...

Não podemos nos deixar acanhados, pois somos homens também. Possuímos o dom do bem, da tolerância, da energia em estar vivo, em combater o mal que assola nosso mundo externo e, pior, o interno.

Temos que levantar a bandeira branca, da paz, mas também a da guerra, a vermelha, pela qual muito mártires se foram em seu nome. Não há nada que nos possa dar medo, ou nada que possamos ter medo, a não ser o próprio medo de ter medo. Porque a vida flui em todos os sentidos, como águas em leitos, com rios que deságuam formando os véus de noiva, e somos parte dela e de seus mananciais.

A vida não é de ninguém. Não é nossa, nem mesmo do governante que por sua ignorância acredita que é dono de tudo, das terras, da vida, do mundo... Eles se enganam, e ao mesmo tempo matam em nome dessa filosofia genocida, como os tiranos do passado que criticavam a tirania, apenas para estabelecer a deles – e o faziam. Vamos, em nome dessa energia, impedir que tais homens ganhem campo, ganhem o nosso campo.

Vamos levantar, dar o primeiro passo em nome dos grandes (dos reais!) que um dia tiveram o mesmo pensamento em relação a essas pessoas, contudo, foram tolerantes, humildes e caminharam em nome da liberdade a que nossos corações obedeciam (e obedecem!). Foram eles donos de si mesmos, não de suas vidas. Sabiam, pois, que, no transcorrer delas, havia o viver com honra e disciplina, e que o contrário seria vir ao mundo sem esperanças das quais necessitamos tanto! Para isso, no entanto, teríamos que iniciar um processo interno, latente, no qual nossas forças seriam totalmente voltadas a uma filosofia prática, combatendo o mal, em todos os sentidos...

E o medo, aqui, era um sinal positivo de alerta no qual saberíamos onde e como agir. E dele tirávamos lições incríveis, como entrar em batalhas, como saber perder ou ganhar, como entrar em uma guerra (e) ou se devíamos nela entrar. O medo era o nosso aliado, não rival. Com ele, cortávamos, como machado duplo, o que mais nos fazia ficar estáticos: o pânico, o pavor, o medo ao extremo do próprio ser humano!

Saibamos lidar com a vida, que nos dá um sol todos os dias, cujas representações históricas desconhecemos, contudo, sabemos que ele foi e sempre será símbolo do virtuosismo, ainda que fechamos os olhos, sabemos que seu raios são as chamas queimando o mal do mundo, e mais, sabemos que o temos, em algum nível, lá dentro e no fundo de nossos corações!




A todos!

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