É sempre bom ressaltar textos que
venham a falar um pouco deste tema saudável e ao mesmo tempo polêmico – ou que
polemizam --, porque, como venho sempre
a dizer, estamos a perder a essência do que realmente somos, ante a tantas
disparidades sexuais modernas, a que somos submetidos, e porque não violados
graças a opiniões de homens e mulheres que se especializam em seres humanos, e
ao mesmo tempo se contemporanizam a partir de exemplos estanques do dia
a dia, ou seja, sem que possuam uma natureza explicativa desde a sua raiz...
Mas, segundo nos consta, nós,
seres modernos – expressão temerosa...! – estamos tentando, de algum modo,
criar novos valores a partir de nossos erros do presente, e do passado, contudo
violando regras antigas que nos deram mais que resoluções para dúvidas acerca
do que realmente somos – homens e mulheres – mais que isso, nos deram
respostas. E muito mais.
A antiguidade – ou melhor dizendo..., – o conhecimento
acerca de nós mesmos tem ultrapassado gerações, todavia, ainda que fosse um
trem que parasse em todas as estações, não conseguiríamos entrar nele ou mesmo
entender sua estrutura, pois somos passageiros de um outro trem que, sem
qualquer maquinista no principal vagão, corre em direção ao vazio, quiçá um precipício, no qual muitos já se foram em nome do nada... E assim são os
diversos sistemas humanos.
Porém, no tocante às opiniões
acerca de Homens e Mulheres, ainda sim, somos mais ignorantes ainda. Pois,
depois que nos surgiram elementos que nos confundem sobre o que somos, todos os
dias, o homem ou mesmo a mulher se olham no espelho e tentam se identificar,
apalpando-se, fazendo gestos típicos dos gêneros, e engrossando ou mesmo
afinando suas vozes, na tentativa de impor-se ou simplesmente refugiando-se no
que acreditam ser... homens ou mulheres.
E nesse medo explicito de não ser
um “elemento duvidoso”... tentam educar seus filhos, a ser o que são, homens e
mulheres, ainda que visualmente apenas se pareçam, têm a certeza do que realmente o são.
O Leque Humano
... Na verdade, estamos fugindo
de uma terceira possibilidade e nos esquecendo de que um homem não é
simplesmente um ser físico, que difere da mulher biologicamente – olhando dessa
forma, vários homens se diferem. Assim também no campo feminino, o qual, graças
aos deuses, ficam bem claro com suas curvas, andados, falas, modos... Gestos,
enfim, ao contrário de nós, que somos eretos, fortes, às vezes, magros, gordos
ou não, diferentes em tudo...
Hoje, se abrirmos leques e mais
leques de possibilidades, dentro das quais há homens que se pareçam com
mulheres em andados e falas, e mulheres que se parecem com homens em falas,
andados, comportamentos... Teremos várias modalidades de seres humanos que não
são homens nem mulheres. Não pelo fato de fisicamente serem contraditórios em
seus andados, falas, etc, mas em algo mais interno....
Se fizermos uma análise
estruturada no passado, veremos que até mesmo no inicio dos tempos havia
humanos cujo comportamento também era contraditório ao seu físico, ou seja,
tinham a aparência de homens e mulheres, mas não o eram, graças a quesitos mais
específicos como o gosto, o prazer, o atrativo por outras do mesmo gênero – o
que, a principio, nos faz diferir o homem biológico da mulher biológica, mas,
antes, nada mais que normal, pois eram homossexuais. E pronto.
Isso, no entanto, não os fazia
menos humanos que um homem ou mulher. Pois, na realidade, seus comportamentos,
ainda que soe triste aos preconceituosos de plantão, não faziam tão efeito
quanto à sua humanidade, que nos passavam no passado. Porém, assim como o
comportamento do homem e da mulher, a decadência foi tomando conta do que
realmente interessava a todos, a humildade de ser o que é, no sentido mais
aristotélico da palavra.
Ser Homem
Assim, lembrando, ou mesmo sem
lembranças, o homem prossegue com sua confusão interior tentando levar esse
percalço voluntário em si, que transformou-se em preconceito, a um mundo que
precisa mais que isso, ou melhor, que não precisa disso, e sim buscar, com
unhas e dentes, reverter esse processo patológico dentro qual se vão gerações e
gerações em vozes uníssonas contra outros seres humanos. É o preconceito
coletivo, transformado-se em doença incurável.
Então,
Ser homem, não vamos nos
esquecer, é entender que há várias possibilidades naturais de várias espécies
na natureza que possam amar e ser amadas, pois são seres humanos (qual o
problema?). Ser homem não é reivindicar o amor e achar que é dono dele. Ser
homem é ter atrativo pelo sexo oposto, a mulher, não apenas sexualmente, mas
trazê-la ao seu corpo como uma asa que lhe falta.
Ser homem é disciplinar-se em
relação ao que somos e queremos, e lutar por isso; ser homem é ter o respeito
próprio no quesito ser e não ter. Ser homem é compreender que a natureza não é
apenas um ser à parte, mas um todo no qual ele, o homem, é parte assim como um
microcosmo dentro de vários cosmos, assim estes dentro do maior – ad
infinitum!
Ser homem é compartilhar não com
o outro apenas, mas com o grande universo o que vem do coração. E, além disso,
ser digno, herói, ser pai, ser amante da vida, e companheiro, etc, etc, etc!
Ou seja, ser homem, de verdade,
há de convir, é tão difícil quanto fazer uma nave com as próprias mãos e chegar
à lua! Não é difícil, é só seguir os caminhos dos
grandes homens, os quais com o tempo podem se apagar, mas podem ser seguidos
ainda sim, pois são fortes, verdadeiros, belos e nos protegem do mal que
criamos, até mesmo das patologias.
Mulher
Mulher é, antes de tudo, ser
feminina, ou seja, não feminista, o que poderia uma coisa não anular a outra,
porém o faz. Na maioria das vezes, as feministas querem seus direitos – o que é
notório e belo – mas, hoje, reivindicam sua liberdade em ser o que não são, ou
seja, igualitárias em direitos e obrigações para com os homens. Outras,
confusas, sem saber o que são, são transeuntes nas ruas a amostra como carnes
vivas em nome de uma liberdade, ainda mais confusa.
Ser mulher é ser um ser
determinante, prático, amável, doce e maravilhoso. Ser mulher é saber se vestir
de acordo com a natureza, não com os seus propósitos sexuais; ser mulher é
viver em função dos deuses, de Deus, de algum modo, como uma ponte natural
entre Ele e o homem. A mulher é e sempre será a paz, a coragem, a dedicação –
seja aos filhos, ao marido... Ser mulher é a dação pura ao sagrado.
Hoje, no entanto, em razão das
anomalias dos tempos, desconhecemos o ser mulher, pois se transforma a cada
dia, assim como o homem, em um ser desconhecido, estranho à sua origem, ao seu
propósito.
FIM
Não sei dizer o que é ser mulher,
nem mesmo aquele elemento discriminado pelos anos a fio, pois sou homem, mas
respeito – aristotelicamente – todos os seres, indiscriminadamente, e tento,
todas às vezes em que há o mal advindo deles (até mesmo de nós mesmos), não
generalizar ou rotulá-los, porque são e somos seres que nascemos e morremos, e,
dentro dessa grande viagem, erramos, e muito.
***
O Homem e A Mulher
O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.
(Vitor Hugo)
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