(poemeto)
A única canção que ouvi
Entrou em meu peito
Com vontade.
Salivou desejos fortuitos,
Em meio a um mundo vão,
Destroçando feridas,
Elevando minha vida,
Extirpando minha ilusão.
Não fora mais que além,
Subiu montanhas em mim,
Desceu nas selvas sem dono,
Deu-me crateras imensas,
Alojou-se como meteoros
Vindos do deus Cronos.
Como não te vejo, canção,
Introduziu-me a paz,
E do meu peito, nunca mais,
Retirou tua mão.
Saiu da relva bendita,
Criando flores,
Com pergaminhos de amores,
Fez outra canção.
Minha alma querida
te clamou,
Como menina sozinha,
Amou de ti cada fagulha,
E como linha e agulha,
Costurou-me o coração.
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