terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Instantes no Paraiso








Como um raio de luz que me atravessou- alma,  me atingindo, com toda sua força, o coração. Infiltrou-se em meu corpo, em minhas veias, atingindo seu ápice no cimo de minhas emoções. Veio não sei de onde, e se foi não sei por quê.

Um raio, um trovão, um sopro, uma luz, uma paz. Tão instantâneo que chegou a me carregar por instantes no colo, e deixou-me leve, como pássaros inexistentes, que só existem em nossa imaginação, porém se plasmam e se concretizam quando a rica alma se eleva...

É divino, é doce, é raro. Uma cascata fria em tempos quentes, arrebentando nas rochas de meus ossos. É a água que percorre lenta, cálida, linda e transparente em meu céu imaginário, onde mel, virgens, figuras divinas brincam em parques belos, a espera de meus passos.

E tudo se vai como se foi. Na torrente de nossos pensamentos mais frios, mais chão. Se vão na esfera de uma realidade na qual vivemos, e às vezes sobrevivemos em nome de um céu imediato, como o almoço, o dinheiro, o conforto de cada dia...

Tudo se foi, e ficou, como uma sombra bendita, os rastros de um manancial que se passara em meu coração, transformou minha alma, e fez-me visitar o meu espirito, ou uma ínfima parte de uma paz a que tanto almejo.











Ao meu filho. A paz que me faltava.

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