quarta-feira, 30 de julho de 2014

Evangelho de São Tomé: segredo clássico.

“Eu vos darei o que nenhum olho viu, nenhum ouvido ouviu, nenhuma mão tangeu, e que jamais surgiu no coração do homem”

Continuando com nossa saga na tentativa de interpretar nosso querido mestre ocidental cristão – Cristo, sempre lembrando que tais interpretações advêm de estudos relativos aos grandes ocultistas e filósofos da antiguidade, os quais também cultivaram seus entendimentos acerca do homem a partir do conhecimento mais antigo que eles mesmos. Ou seja, fica difícil dizer de onde vem o Conhecimento, mesmo porque civilizações do passado, com seus reis e rainhas, sacerdotes e sacerdotisas, já o tiveram como legado de suas gerações de sábios...

Ou seja, não acreditamos que haja uma sabedoria que seja atemporal, ou seja, que passa de gerações e gerações e que ao mesmo tempo seja interpretadas por indivíduos quaisquer – leia-se pastores, anciãos, políticos-cristãos, budistas modernos, enfim, muito pelo contrário – acredito que haja uma singularidade clássica perdida em meio às escrituras, sejam elas da Bíblia, Alcorão, etc, nos quais nos sujeitamos, com nossa simplicidade (para não dizer ignorância) a levar rebanhos a terras improdutivas.

Vamos ao texto:

“Eu vos darei (...) coração do homem” – Naturalmente, a sabedoria é algo maior do que nossos sentidos físicos, ou seja, do que nossos cinco sentidos. Nada há que possa dizer o contrário, contudo há quem diga que podemos alcançar, por meio deles, a metafísica alcançada pelos estudiosos das escolas iniciáticas. Não é algo palpável.

Cristo, como já sabemos, passou por escolas – dizem essênias, egípcias, -- das quais retirou as chamadas Coisas da Alma, o que não o fez ser o que era, mesmo porque já havia no mestre a vocação que todo avathar possui.

E assim, como Platão, Pitágoras, Cristo bebeu das águas dos mestres antigos, e, como diria Blavatsky, resguardou  (ocultou) toda a sabedoria em forma  parábolas, entre outras coisas. Apenas os iniciados sabiam o que Ele dissera; apenas os “graduados” em esoterismo poderiam fazê-lo, no entanto, alguns filósofos – baseados no passado compreendem, e respeitam, e se lançam mostrar como um todo o que um dia se fechou com chaves desconhecidas ou perdidas pelos fiéis.

É o caso de Platão, que, até hoje, causa espanto com sua República, com suas Leis, com seu Banquete, e com suas explicações acerca de um continente perdido.  Não podemos nos perder a partir do momento que acreditamos nele (ou neles), pois, se estamos na tentativa de aprender com eles, o respeito às suas teses, ao conhecimento, ao que do universo sabem, saberemos que há mais do que temos a priori, seja em qualquer ciência, religião, atém mesmo que a própria filosofia conhece atualmente.


E o que Cristo disse fundamenta-se no passado, na tradição, no mais interno ensinamento, e quanto às coisas entre o céu e a terra, podemos dizer que, graças ao nosso materialista coração, levaremos um susto.

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