quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Momentos: Termos Difíceis.

Ontem tive que buscar nas entrelinhas do passado, mais uma vez, o significado de um valor humano para esplainar ao meu filho, para que ficasse em sua mente, em seu emocional, um pouco do que defendiam em uma era em que cavalheirismo não era apenas uma palavra a ser discutida, embuída de um sentimento forte, mas principalmente honroso ao ser humano. 

Dizer a ele que a cortesia era nata do ser humano e que não fora criada apenas com intuito de ser um um mero termo educado, com gestos simples em relação aos outros -- ou às outras. Não. O cavalheirismo era honroso, pois fazia-nos mais valorosos a partir do momento em que entendiamos o objetivo do termo em nossa infância, com práticas em nossa adolescência e, na maturidade, a concretização de tudo que aprendíamos com nossos genitores. 

E antes de nossos pais, o mesmo. Assim era também a honra, um dos maiores valores humanos -- em especial ao homem que ia à guerra, ao combate armado, ainda que na dúvida acerca do conflito, pensava na honra de seu filho, esposa, país e à sua existência. Defender a honra equivaleria a defender a sua essência.

Arthur, de novo.

Na volta à leitura sobre Arthur, agora com mais dedicação,  meu filho fora eficaz em sua leitura: foi com tudo. Apressou-se em sua coerência em ler termos difíceis, a questionar os seus significados, passou por vírgulas belamente, e compreendia tudo, quer dizer, quase tudo. Alguns termos tive que fazê-lo entender profundamente, como defender a honra de uma princesa, ainda que sob ameaça de perder a luta.

Arthur era assim. Um cavalheiro puro e belo, sobre o qual uma natureza mágica pairava, e quando chegou a esse contexto, disse ao meu filho que aquele que possui idealismos humanos, com vistas ao sagrado, ao céu, com ele tudo pode acontecer: como magia. Outro termo difícil de explicar. Deixei para outro dia.

Enfim, chegamos à távola redonda, construída por Merlin, com fins de reunir os melhores cavalheiros do rei, que, junto de sua esposa, deixava, conscientemente, mais uma cadeira para para um outro ser que iria chegar: o cavaleiro do rei.



Hasta.

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