Tantas das lutas por que passamos e nos esquecemos de agradecer a vida, ou melhor a grande Vida. Essa fortaleza que nos sustenta no inicio do dia, esse sentimento de viver após cada sol, cada lua... É tão puro e inato, quanto à criança que nasce, chora e mais tarde sorri. Dizer obrigado é pouco a esse sangue invisível que corre em nome do Espírito, que nos vem em nome do mistério, e nos faz chorar em nome da paz interna.
As ofensas um ao outro, as intrigas do dia a dia, a hipocrisia, além da incompreensão humana, tudo se revela espelhos voltados às sombras de nossos caráteres sem rumo; mas o dia – com seu caráter eterno – lubrifica nossas almas, ainda que não sejamos dignos de seu sol, de sua lua. Nada é tão belo quanto a vida, nada, nem mesmo a vinda dos messias que nos promete salvações; salvar de quê? Não preciso ser salvo desse manancial universal do qual sou parte, no qual, em mim, se faz; nem mesmo de minha persona maldita que me ilude com seus problemas tão naturais quanto o respirar do céu.
O inicio da vida começa onde a luz se inicia; a luz se inicia quando minha ignorância desaparece, se torna sabedoria – sem divisões – apenas Uma. Nada além das folhas, do cálice derramado, nada além do pão consumido, das refeições do corpo e da alma; precisamos delas.
Obrigado, ó grande céu, que sobre mim permeia cheio de belezas; obrigado a sua natura perfeita e incompreensível Metafísica... Obrigado a essa comunicação misteriosa que temos com o divino que nos ronda, tão simples e ao mesmo tempo tão complexo.
Enquanto isso, nossa natureza, tão humana, se vai como vento teimoso de verão. Questioná-la seria abrir espaços ao grande oceano da vida, que, de tão belo e místico, revela em nós um pouco dele, de suas águas que em nossas veias corre. Revela a porção salina, ainda que pequena, no entanto esotérica, daquilo que chamamos “Deus em nós”.
Desculpe, ó Dia, por nossas faltas, pelo nosso esquecimento. Lembrar que viemos de vós, seria ainda mais metafísico, todavia tão certo quanto ajoelhar-se ante o antropomorfismo criado. Perdoe-nos. É de nós inventar o que nossos corações precisam, e é de nós cobrir a verdade transformando-a em uma grande mentira, lacrando todas as possibilidades de evolução – ou melhor, do conhecer a si mesmo a partir desse imenso exemplo que és, diante de nossas janelas, ao abri-las e constatar que somos o que vemos, o que temos em nós, lá no fundo de nossas almas.
Não sei se nos perdoará, ó grande sonho real, grande pai belo, cujo manto é tão infinito quanto o da mãe nossa de cada dia.
Mas o dia está chegando ao fim, e Você, impassivo, nasce, cresce e dorme em nome da grande sabedoria que se revela e que se esconde, até o dia em que saibamos teu real segredo – se um dia assim quiser.
As ofensas um ao outro, as intrigas do dia a dia, a hipocrisia, além da incompreensão humana, tudo se revela espelhos voltados às sombras de nossos caráteres sem rumo; mas o dia – com seu caráter eterno – lubrifica nossas almas, ainda que não sejamos dignos de seu sol, de sua lua. Nada é tão belo quanto a vida, nada, nem mesmo a vinda dos messias que nos promete salvações; salvar de quê? Não preciso ser salvo desse manancial universal do qual sou parte, no qual, em mim, se faz; nem mesmo de minha persona maldita que me ilude com seus problemas tão naturais quanto o respirar do céu.
O inicio da vida começa onde a luz se inicia; a luz se inicia quando minha ignorância desaparece, se torna sabedoria – sem divisões – apenas Uma. Nada além das folhas, do cálice derramado, nada além do pão consumido, das refeições do corpo e da alma; precisamos delas.
Obrigado, ó grande céu, que sobre mim permeia cheio de belezas; obrigado a sua natura perfeita e incompreensível Metafísica... Obrigado a essa comunicação misteriosa que temos com o divino que nos ronda, tão simples e ao mesmo tempo tão complexo.
Enquanto isso, nossa natureza, tão humana, se vai como vento teimoso de verão. Questioná-la seria abrir espaços ao grande oceano da vida, que, de tão belo e místico, revela em nós um pouco dele, de suas águas que em nossas veias corre. Revela a porção salina, ainda que pequena, no entanto esotérica, daquilo que chamamos “Deus em nós”.
Desculpe, ó Dia, por nossas faltas, pelo nosso esquecimento. Lembrar que viemos de vós, seria ainda mais metafísico, todavia tão certo quanto ajoelhar-se ante o antropomorfismo criado. Perdoe-nos. É de nós inventar o que nossos corações precisam, e é de nós cobrir a verdade transformando-a em uma grande mentira, lacrando todas as possibilidades de evolução – ou melhor, do conhecer a si mesmo a partir desse imenso exemplo que és, diante de nossas janelas, ao abri-las e constatar que somos o que vemos, o que temos em nós, lá no fundo de nossas almas.
Não sei se nos perdoará, ó grande sonho real, grande pai belo, cujo manto é tão infinito quanto o da mãe nossa de cada dia.
Mas o dia está chegando ao fim, e Você, impassivo, nasce, cresce e dorme em nome da grande sabedoria que se revela e que se esconde, até o dia em que saibamos teu real segredo – se um dia assim quiser.
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