Os gregos clássicos sempre tiveram como filosofia o Universo como um Ser infinito, misterioso, no qual o descobrimos dentro de nossas possibilidades, em nosso nível, sendo de qualquer classe – pobre ou rico; de qualquer raça – negro, branco, pardo, mestiço, hibrido... ; de qualquer nacionalidade, e etc. Cada ser humano estaria dentro desse uno como seres heterogêneos e harmônicos – ou seja, somos seres humanos, diferentes um do outro, regados de espiritualidade, religiosidades inatas, sacralidades, e em busca do Divino em cada um.
Havia gregos-poetas, mas naquilo em que acreditavam eram tão cientistas quanto qualquer um de nossa época. As Escolas gregas, a exemplo, ensinavam os mistérios dessa realidade da qual regavam suas vidas. Ensinavam que os eram deuses, potencialidades tão fortes, simples, e ao passo profundamente naturais, eram divindades naturais – entidades do universo. Eram elementais – seres invisíveis superiores – sobre os quais se falavam em todas as culturas. Na bíblia cristã, em uma visão alegórica, seriam anjos enviados por Deus.
As figuras alegóricas surgiram com nomes representativos com essa finalidade, nos fazer entender, por intermédio de chaves psicológicas, o próprio universo e o próprio homem. Tais figuras seriam os deuses – Hércules, Pandora, Zeus... etc, os quais ilustram um contexto mítico – copiado por Roma – a descrever o papel de cada Força como elemento construtor.
Na realidade, culturas houve com essa filosofia – entre elas, a egípcia, a celta, hindu, maia, indiana, entre outras – com a finalidade de nos fazer visualizar o universo infinito, contudo como um ser no qual o próprio homem seria uma das partículas naturais, divinas, sagradas e misteriosas, assim como o próprio universo o é.
Com o tempo, houve o homocentrismo – o homem como centro do universo; e até então, temos o antropocentrismo, a forma do homem, como centro de tudo. Aqui começa a era das sombras e das sobras. A Idade Média no Ocidente. Um período de obscuridade pelo qual passamos no século dezessete e que nos transformou em homens das cavernas sem cavernas. Hoje, ainda com resquícios de uma era em que morríamos por questionar e dar opiniões – de alguma forma semelhante situações passamos --, e que, segundo oráculos passados, teríamos que passar por isso, como uma forma de apocalipse simbólico.
Atualmente, somos desenfreados em nossas convicções advindas da Idade do Terror, e nos esquecemos de nossas filosofias acerca de Deus e do Universo, de nós mesmos; e do sagrado ao capitalismo, o homem saltou como um grande corcel para o abismo de sua alma; as pedras, com sua filosofia, vencem a dos homens idealistas que ainda se perdem em suas lutas; as plantas, os animais, deixaram de ser seres vivos para serem alvo de interesses fisiológicos... Estranho, não?
Foi um grande passo. Para trás.
Ultrapassamos todos os sinais de desumanidade: de violência, de terror ao próximo – o equivalente a todos os atos praticados nos passado. Isso porque a religiosidade, a política, a filosofia, a família, a ciência... Não são mais as mesmas.
O mundo ficou separado do homem. Deus, A Vida, a Morte também. O homem do próprio homem. Os mitos ficaram desacreditados, mesmo porque o desgaste sobrepujou os “iniciados” que, nos degraus da iniciação, traíram seus ideais, delataram segredos, desmontaram escolas e o seu significado. E, assim como qualquer má influência que nos leva ao fundo do posso, o caos se fez na medida de nossas personas. Claro que há razões o bastante e explicações deveras em todos os aspectos para a decadência humana, mas a maior em todos os sentidos, talvez, tenha sido a religiosidade voltada ao interesse de cada pessoa, e não dos deuses – do Universo, tal qual o era.
Tudo hoje, não soa mais como um mistério, mas com duas respostas... Pelo existencialismo satreriano, pela falta de base na crendice cristã, pelo modernismo acelerado, além dos valores, que há muito eram como sóis ao homem, hoje são tão relativos como opiniões e por todos os ismos... Em Deus ou o Diabo. Não há mais a compreensão filos-simbólica – no sentido clássico da palavra – na qual os elementais (potencialidades) naturais a que tanto se referiam os pré-socráticos eram sinônimos de uma realidade interior no próprio homem. Por quê? Porque ele sempre foi uma partícula assim como é uma gotícula nesse imenso oceano desconhecido.
Por isso, talvez, sejamos obrigados a encurtar o mistério, ou decidir de uma vez por todas que ele não existe. E que a única realidade é Deus, o grande.
Em todas as culturas, houve a dualidade representada por três forças – uma delas sempre o bem, outra do mal. A terceira no cristianismo não existe. Somente nele. A terceira, na realidade, vem representar, sempre, o aspecto feminino, não necessariamente mulher, mas que, dentro do contexto, pode se referir a ela, como Isis, no Egito, que, ante o mito, representa todos os aspectos voltados à intuição, à união, à sabedoria... Assim como Wira Kotsha, na cultura ameríndia; Manas, nas escrituras mais clássicas, e assim por diante. Muitos egiptólogos afirmam que a Virgem Maria poderia ter nascido da necessidade do aspecto feminino em falta na tríade, todavia não faz parte dela – não sabemos o porquê. Ou seja, a raiz é clássica, no sentido mais mitológico possível. Deus, confirmado pelo papa João Paulo II, uma cópia de Zeus, em sentimento, poder... O que nos faz nos remeter a outra realidade... Por que não se aprofundaram nessa afirmação?
O Mal, uma cópia de outro deus grego Pã, que assustava a todos – mito – com sua presença terrível na terra, tinha os cornos em forma de meia lua, a representar o aspecto lunar-feminino; corpo de homem – a personalidade humana; e pés de touro.
Criados a fim de manipular a todos, o Bem e o Mal cristão nada mais são que simbolismos obedecidos literalmente por uma cultura que, a cada dia, se perde em seus conceitos. Do Bem criado, se espera o perdão pelos pecados e o céu tão almejado pela maioria; do Mal, espera-se a sua extinção; o que seria impossível, pois não se pode viver sem os dois, assim como a luz e a escuridão. Da luz se aprende o caminho. Da escuridão, o mistério.
Desde Filae – ilha egípcia na qual viviam os últimos remanescentes clássicos de uma cultura sagrada e bela, nunca o cristianismo esteve tão errado, tão confuso e triste. E nós a sustentar a rocha do pecado....
Havia gregos-poetas, mas naquilo em que acreditavam eram tão cientistas quanto qualquer um de nossa época. As Escolas gregas, a exemplo, ensinavam os mistérios dessa realidade da qual regavam suas vidas. Ensinavam que os eram deuses, potencialidades tão fortes, simples, e ao passo profundamente naturais, eram divindades naturais – entidades do universo. Eram elementais – seres invisíveis superiores – sobre os quais se falavam em todas as culturas. Na bíblia cristã, em uma visão alegórica, seriam anjos enviados por Deus.
As figuras alegóricas surgiram com nomes representativos com essa finalidade, nos fazer entender, por intermédio de chaves psicológicas, o próprio universo e o próprio homem. Tais figuras seriam os deuses – Hércules, Pandora, Zeus... etc, os quais ilustram um contexto mítico – copiado por Roma – a descrever o papel de cada Força como elemento construtor.
Na realidade, culturas houve com essa filosofia – entre elas, a egípcia, a celta, hindu, maia, indiana, entre outras – com a finalidade de nos fazer visualizar o universo infinito, contudo como um ser no qual o próprio homem seria uma das partículas naturais, divinas, sagradas e misteriosas, assim como o próprio universo o é.
Com o tempo, houve o homocentrismo – o homem como centro do universo; e até então, temos o antropocentrismo, a forma do homem, como centro de tudo. Aqui começa a era das sombras e das sobras. A Idade Média no Ocidente. Um período de obscuridade pelo qual passamos no século dezessete e que nos transformou em homens das cavernas sem cavernas. Hoje, ainda com resquícios de uma era em que morríamos por questionar e dar opiniões – de alguma forma semelhante situações passamos --, e que, segundo oráculos passados, teríamos que passar por isso, como uma forma de apocalipse simbólico.
Atualmente, somos desenfreados em nossas convicções advindas da Idade do Terror, e nos esquecemos de nossas filosofias acerca de Deus e do Universo, de nós mesmos; e do sagrado ao capitalismo, o homem saltou como um grande corcel para o abismo de sua alma; as pedras, com sua filosofia, vencem a dos homens idealistas que ainda se perdem em suas lutas; as plantas, os animais, deixaram de ser seres vivos para serem alvo de interesses fisiológicos... Estranho, não?
Foi um grande passo. Para trás.
Ultrapassamos todos os sinais de desumanidade: de violência, de terror ao próximo – o equivalente a todos os atos praticados nos passado. Isso porque a religiosidade, a política, a filosofia, a família, a ciência... Não são mais as mesmas.
O mundo ficou separado do homem. Deus, A Vida, a Morte também. O homem do próprio homem. Os mitos ficaram desacreditados, mesmo porque o desgaste sobrepujou os “iniciados” que, nos degraus da iniciação, traíram seus ideais, delataram segredos, desmontaram escolas e o seu significado. E, assim como qualquer má influência que nos leva ao fundo do posso, o caos se fez na medida de nossas personas. Claro que há razões o bastante e explicações deveras em todos os aspectos para a decadência humana, mas a maior em todos os sentidos, talvez, tenha sido a religiosidade voltada ao interesse de cada pessoa, e não dos deuses – do Universo, tal qual o era.
Tudo hoje, não soa mais como um mistério, mas com duas respostas... Pelo existencialismo satreriano, pela falta de base na crendice cristã, pelo modernismo acelerado, além dos valores, que há muito eram como sóis ao homem, hoje são tão relativos como opiniões e por todos os ismos... Em Deus ou o Diabo. Não há mais a compreensão filos-simbólica – no sentido clássico da palavra – na qual os elementais (potencialidades) naturais a que tanto se referiam os pré-socráticos eram sinônimos de uma realidade interior no próprio homem. Por quê? Porque ele sempre foi uma partícula assim como é uma gotícula nesse imenso oceano desconhecido.
Por isso, talvez, sejamos obrigados a encurtar o mistério, ou decidir de uma vez por todas que ele não existe. E que a única realidade é Deus, o grande.
Em todas as culturas, houve a dualidade representada por três forças – uma delas sempre o bem, outra do mal. A terceira no cristianismo não existe. Somente nele. A terceira, na realidade, vem representar, sempre, o aspecto feminino, não necessariamente mulher, mas que, dentro do contexto, pode se referir a ela, como Isis, no Egito, que, ante o mito, representa todos os aspectos voltados à intuição, à união, à sabedoria... Assim como Wira Kotsha, na cultura ameríndia; Manas, nas escrituras mais clássicas, e assim por diante. Muitos egiptólogos afirmam que a Virgem Maria poderia ter nascido da necessidade do aspecto feminino em falta na tríade, todavia não faz parte dela – não sabemos o porquê. Ou seja, a raiz é clássica, no sentido mais mitológico possível. Deus, confirmado pelo papa João Paulo II, uma cópia de Zeus, em sentimento, poder... O que nos faz nos remeter a outra realidade... Por que não se aprofundaram nessa afirmação?
O Mal, uma cópia de outro deus grego Pã, que assustava a todos – mito – com sua presença terrível na terra, tinha os cornos em forma de meia lua, a representar o aspecto lunar-feminino; corpo de homem – a personalidade humana; e pés de touro.
Criados a fim de manipular a todos, o Bem e o Mal cristão nada mais são que simbolismos obedecidos literalmente por uma cultura que, a cada dia, se perde em seus conceitos. Do Bem criado, se espera o perdão pelos pecados e o céu tão almejado pela maioria; do Mal, espera-se a sua extinção; o que seria impossível, pois não se pode viver sem os dois, assim como a luz e a escuridão. Da luz se aprende o caminho. Da escuridão, o mistério.
Desde Filae – ilha egípcia na qual viviam os últimos remanescentes clássicos de uma cultura sagrada e bela, nunca o cristianismo esteve tão errado, tão confuso e triste. E nós a sustentar a rocha do pecado....
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