"O Homem é um deus e já se esqueceu" - Platão.
Há algo que podemos fazer, como se fôssemos perseguir uma pessoa em meio à multidão. Observar sempre nosso comportamento, nossas palavras, assim como um vigilante-observador que foi pago para ficar em cima de um prédio, atento aos transeuntes que nele entram.
Nosso maior medo é que nesse prédio – nós – entrem pessoas (sentimentos) que não são compatíveis com as leis do edifício, contudo, não há como barrá-los, pois somos “ecléticos” no sentido mais amplo da palavra...
Não há como deixar de sê-lo. A humanidade, para ser mais humana, atualmente, aceita qualquer tipo de valor ainda que não tenha base, linha, norte, lastro... Apenas com a finalidade se ser mais humana.
Ali, naquele prédio, sentimentos de todos os níveis -- bom, mal, frio, racional, passional – se adentram e fazem uma grande reunião com objetivos mais loucos possíveis. Enfim, é o ser humano volúvel, sem a disciplina que tanto deseja, produzindo “castelos” com seus tijolos frágeis, arcando com o ônus de sua natureza volúvel e eclética.
Por isso, na maioria das vezes, por abarcar qualquer morador (leia-se conceito), e dele a prática, desenvolvemos atitudes que se resguardam no mais intimo de nossas almas, e que saem com toda sua força quando está em jogo algo que amamos, ou apenas gostamos. Assim, o mal vai se enclausurando em nossos corações de maneira que não suportamos ver ninguém com aparência humana... Daí as explosões sem sentido.
O mal que se enraíza em nós sem necessidade é o mesmo de sempre. É aquele que se acumula e vira uma ira em forma de palavras, gestos, pensamentos, ofensas, brigas... Com toda sua força.
Não adianta a gentileza bamba, sem aquela seriedade, ou mesmo palavras de conforto, sem o real carinho. O mal espera que sejamos (des) humanos, quando criticamos, quando partimos para discussões bobas, etc, pois ele, que já está ali na plateia dos sentimentos, se levantará e tomará conta de qualquer um... E vai rir de nós quando estivermos chorando por termos ofendido um ao outro.
Passos para uma solução breve.
O primeiro passo é encontrar um ponto firme e forte para as nossas convicções. Esse ponto vai nos nortear e nos levar ao ponto maior – talvez ao Bem a que tanto buscamos. Não queremos nos machucar, muito menos a alguém que amamos tanto, não é mesmo? Assim, façamos uma linha imaginária em nossas mentes – uma linha reta, imensa – e façamos de conta que nela todos nossos valores, sejam eles familiares, religiosos, políticos, são a nossa razão de viver (e são!). Ou seja, tudo que acreditamos ser do bem.
Nela, nessa grande linha (mais reta possível), somos fortes, somos íntegros e temos que seguir em frente, com todas as nossas ferramentas de que dispomos. Porém, teremos que imaginar outra linha, uma linha curva, que passa por cima dessa linha, a primeira; e volta, e vem, e vai, como se fosse uma linha costurando um tecido. Esta seria o mal.
A linha reta seria o bem maior; a linha curva, que passa por cima, que vai e vem, – o mal. Esqueçamos nossas convicções agora, por favor!
Como se pode observar, temos um ideal, temos uma linha natural em nossas vidas, como a educação aos nossos filhos, a natureza humana em defender seus princípios, sejam eles quais forem, como o casamento, família... E por cima de tudo isso, paira o mal.
Mas o que seria o mal, aqui? Nossos próprios conceitos acerca daquilo que acreditamos estar correto. Ou seja, o mal nada mais é que nossa ignorância acerca do bem. Pois, enquanto defendermos premissas relativas, o mal passará por nós e nos fará entender que estamos errados.
Mas a linha reta permanece, pois ela, em algum nível, vai existir, por mais que defendamos nossos valores relativos, não universais. O universo é uma grande linha, e o homem está dentro dele, porém, suas definições e práticas, que vão de encontro às leis universais, o farão sentir a linha do mal.
E, observando de forma micro, a partir desse critério, podemos entender por que sentimos a dor, o medo, a raiva, quando nossos calos são pisados. Defendemos sempre a linha de nossos interesses! E ao defendê-los, sem conceitos universais, trabalhamos para que a segunda linha nos traspasse. Na realidade, não tem como fazê-la parar...
Darma e Carma
Os antigos diziam que temos leis universais de Ação e Reação. Nelas vivemos constantemente como crianças em parquinhos. Sem medo, com medo, com raiva, ódio, desprezo, dor, certinhos, errados... Fabricando, destruindo, desrespeitando, amando, enfim, como em grande parque de diversões brincando além do imaginável.
Tais leis, por serem universais, não excluem o homem e seus atos, pensamentos, muito pelo contrário, o faz mais partícipe graças a sua consciência que o faz mais evoluído em relação aos demais seres – pelo menos deveria...!
O Darma, a ordem universal em todos os sentidos, hoje é desconhecido dos homens, porém pode ser vista de maneira micro em nossas sociedades, comunidades, grupos, em forma de leis escritas, feitas a partir de nossos erros, às quais obedecemos para nossa boa convivência, enfim, sempre haverá a necessidade de uma lei a reger nossas vidas, então... Por que não queremos uma que exerça o mesmo papel em nós mesmos? A questão é que a temos. Todavia, sempre naqueles moldes... sempre baseada em nossos interesses.
E se nossos interesses colidem com a grande lei, por que não façamos minileis que comunguem com a lei maior? É claro que em teremos sociais, é difícil, no entanto, uma sociedade é feita de homens, mulheres, filhos, os quais são regidos por aqueles e assim por diante! Então, se amamos nossos filhos, a humanidade, e queremos uma sociedade justa, por que não aceitamos uma lei que engloba todos os valores culturais, ou simplesmente universais?
Se somos a própria sociedade, o próprio mundo, a própria humanidade, por que não começarmos daqui pra frente enlarguecer o caminho do bem e do mal em nossas ações? É dificil, é. Mas podemos olhar nossos antepassados e entender que a maioria tinha uma linha a seguir ainda que os males daquela sociedade fossem mais fortes que suas próprias ideologias, mas, mesmo assim, continuaram e seguiram seus caminhos, sorrindo, amando, perdoando...
Platão disse um dia “Um dia fomos deuses e nos esquecemos”. Então sejamos um pouco da divindade, perdoando, amando, subtraindo o mal, aos poucos, em nossas vidas. Ou nas pequenas eloquencias que nos levam ao grande mal.
E quando olharmos outro ser humano, ainda que não conhecemos, lembremos que ele está dentro nosso contexto de vida, e partindo para uma nova experiência de vida, seja ela boa ou ruim; e mesmo que seja de uma classe social dita inferior, que seja culturalmente vazio, comunguemos os mesmos sentimentos – não ideias, pois somos diferentes, com caminhos diferentes, mas, com certeza, nos encontramos no final de uma reta, aquela reta, a universal. Alguns apenas mais vagarosos que os outros, a defender seus “princípios”, o que retarda um pouco a realização de alguns ideais, e isso nos faz iguais, pois em relação à divindade, estamos todos muito atrasados.
E a única certeza que nos paira, agora, é que nossos corpos, sem a “frialdade inorgânicas e nossas razões” será corroído pelo vermes racionais da terra, estes asquerosos seres da vida, porém tão justos no que fazem. Lembre-se disso em uma discussão...
Ali, naquele prédio, sentimentos de todos os níveis -- bom, mal, frio, racional, passional – se adentram e fazem uma grande reunião com objetivos mais loucos possíveis. Enfim, é o ser humano volúvel, sem a disciplina que tanto deseja, produzindo “castelos” com seus tijolos frágeis, arcando com o ônus de sua natureza volúvel e eclética.
Por isso, na maioria das vezes, por abarcar qualquer morador (leia-se conceito), e dele a prática, desenvolvemos atitudes que se resguardam no mais intimo de nossas almas, e que saem com toda sua força quando está em jogo algo que amamos, ou apenas gostamos. Assim, o mal vai se enclausurando em nossos corações de maneira que não suportamos ver ninguém com aparência humana... Daí as explosões sem sentido.
O mal que se enraíza em nós sem necessidade é o mesmo de sempre. É aquele que se acumula e vira uma ira em forma de palavras, gestos, pensamentos, ofensas, brigas... Com toda sua força.
Não adianta a gentileza bamba, sem aquela seriedade, ou mesmo palavras de conforto, sem o real carinho. O mal espera que sejamos (des) humanos, quando criticamos, quando partimos para discussões bobas, etc, pois ele, que já está ali na plateia dos sentimentos, se levantará e tomará conta de qualquer um... E vai rir de nós quando estivermos chorando por termos ofendido um ao outro.
Passos para uma solução breve.
O primeiro passo é encontrar um ponto firme e forte para as nossas convicções. Esse ponto vai nos nortear e nos levar ao ponto maior – talvez ao Bem a que tanto buscamos. Não queremos nos machucar, muito menos a alguém que amamos tanto, não é mesmo? Assim, façamos uma linha imaginária em nossas mentes – uma linha reta, imensa – e façamos de conta que nela todos nossos valores, sejam eles familiares, religiosos, políticos, são a nossa razão de viver (e são!). Ou seja, tudo que acreditamos ser do bem.
Nela, nessa grande linha (mais reta possível), somos fortes, somos íntegros e temos que seguir em frente, com todas as nossas ferramentas de que dispomos. Porém, teremos que imaginar outra linha, uma linha curva, que passa por cima dessa linha, a primeira; e volta, e vem, e vai, como se fosse uma linha costurando um tecido. Esta seria o mal.
A linha reta seria o bem maior; a linha curva, que passa por cima, que vai e vem, – o mal. Esqueçamos nossas convicções agora, por favor!
Como se pode observar, temos um ideal, temos uma linha natural em nossas vidas, como a educação aos nossos filhos, a natureza humana em defender seus princípios, sejam eles quais forem, como o casamento, família... E por cima de tudo isso, paira o mal.
Mas o que seria o mal, aqui? Nossos próprios conceitos acerca daquilo que acreditamos estar correto. Ou seja, o mal nada mais é que nossa ignorância acerca do bem. Pois, enquanto defendermos premissas relativas, o mal passará por nós e nos fará entender que estamos errados.
Mas a linha reta permanece, pois ela, em algum nível, vai existir, por mais que defendamos nossos valores relativos, não universais. O universo é uma grande linha, e o homem está dentro dele, porém, suas definições e práticas, que vão de encontro às leis universais, o farão sentir a linha do mal.
E, observando de forma micro, a partir desse critério, podemos entender por que sentimos a dor, o medo, a raiva, quando nossos calos são pisados. Defendemos sempre a linha de nossos interesses! E ao defendê-los, sem conceitos universais, trabalhamos para que a segunda linha nos traspasse. Na realidade, não tem como fazê-la parar...
Darma e Carma
Os antigos diziam que temos leis universais de Ação e Reação. Nelas vivemos constantemente como crianças em parquinhos. Sem medo, com medo, com raiva, ódio, desprezo, dor, certinhos, errados... Fabricando, destruindo, desrespeitando, amando, enfim, como em grande parque de diversões brincando além do imaginável.
Tais leis, por serem universais, não excluem o homem e seus atos, pensamentos, muito pelo contrário, o faz mais partícipe graças a sua consciência que o faz mais evoluído em relação aos demais seres – pelo menos deveria...!
O Darma, a ordem universal em todos os sentidos, hoje é desconhecido dos homens, porém pode ser vista de maneira micro em nossas sociedades, comunidades, grupos, em forma de leis escritas, feitas a partir de nossos erros, às quais obedecemos para nossa boa convivência, enfim, sempre haverá a necessidade de uma lei a reger nossas vidas, então... Por que não queremos uma que exerça o mesmo papel em nós mesmos? A questão é que a temos. Todavia, sempre naqueles moldes... sempre baseada em nossos interesses.
E se nossos interesses colidem com a grande lei, por que não façamos minileis que comunguem com a lei maior? É claro que em teremos sociais, é difícil, no entanto, uma sociedade é feita de homens, mulheres, filhos, os quais são regidos por aqueles e assim por diante! Então, se amamos nossos filhos, a humanidade, e queremos uma sociedade justa, por que não aceitamos uma lei que engloba todos os valores culturais, ou simplesmente universais?
Se somos a própria sociedade, o próprio mundo, a própria humanidade, por que não começarmos daqui pra frente enlarguecer o caminho do bem e do mal em nossas ações? É dificil, é. Mas podemos olhar nossos antepassados e entender que a maioria tinha uma linha a seguir ainda que os males daquela sociedade fossem mais fortes que suas próprias ideologias, mas, mesmo assim, continuaram e seguiram seus caminhos, sorrindo, amando, perdoando...
Platão disse um dia “Um dia fomos deuses e nos esquecemos”. Então sejamos um pouco da divindade, perdoando, amando, subtraindo o mal, aos poucos, em nossas vidas. Ou nas pequenas eloquencias que nos levam ao grande mal.
E quando olharmos outro ser humano, ainda que não conhecemos, lembremos que ele está dentro nosso contexto de vida, e partindo para uma nova experiência de vida, seja ela boa ou ruim; e mesmo que seja de uma classe social dita inferior, que seja culturalmente vazio, comunguemos os mesmos sentimentos – não ideias, pois somos diferentes, com caminhos diferentes, mas, com certeza, nos encontramos no final de uma reta, aquela reta, a universal. Alguns apenas mais vagarosos que os outros, a defender seus “princípios”, o que retarda um pouco a realização de alguns ideais, e isso nos faz iguais, pois em relação à divindade, estamos todos muito atrasados.
E a única certeza que nos paira, agora, é que nossos corpos, sem a “frialdade inorgânicas e nossas razões” será corroído pelo vermes racionais da terra, estes asquerosos seres da vida, porém tão justos no que fazem. Lembre-se disso em uma discussão...
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