sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sol Frio


*

Dedos ruídos por lábios tremidos,
Em tempo de corroer as mãos,
Coração vencido, subtraído,
Por um frio místico sem razão...



*

Corpo encolhido com medo
Dos ventos fortes na alma,
A que obedece a vida em segredo,
Que tece seu ninho com calma.


*


Braços tolhidos no manto
Que não sabem se esconder,
Brigam ferozes num bolso,
Num segredo quente por viver...



*

Meus pés cansados de nada,
Gélidos qual picos dos montes,
Esperam lacrados na terra,
O sol despertar no horizonte.


*


... E os olhos sorriem teimosos,
com lágrimas frias no rosto,
A pedir a Deus os leve embora,
Pois vira o sol do homem nascer com
Desgosto.]






À frialdade dos homens

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