sexta-feira, 13 de março de 2015

A Filosofia de "Para Sempre Amigos"

“Não nos renderemos a ninguém, nem mesmo a qualquer homem”


"Tudo Vale a Pena quando a Alma não é Pequena"




Devaneios à parte, partimos para o filme que tanto prometemos dele falar. O filme “Para sempre Amigos”, de Peter Chelsom, com Kieram Culkin e Elden Henson, além de Sharon Stone, nos faz emocionados, porque fala um pouco dessa saga humana em relação a tudo aquilo que é belo, justo e verdadeiro.

Fala de um menino com problemas de atenção (Maxx, por Elden Henson) que, com todas as suas dificuldades, além desta, também pede socorro em vários quesitos, principalmente o de atenção e carinho, os quais não lhe foram dados em pequeno, quando seu pai o deixou, indo para a cadeia, ainda jovem pelo assassinato na mãe.

Assim, depois de ter mudado de vizinhança, não sabe quem estaria por ali, ao seu lado, morando, e mais tarde lhe atazanando sua vida: Kevin (Kieram Cultin), um garoto que possui uma doença rara que não deixa seus membros externos crescerem e em contrapartida os de dentro, coração, pulmão, acelerarem o tamanho.

Kevin é aquele que vive num mundo diferente. Intelectual e leitor assíduo de clássicos cavalheirescos, vive como um pequeno Dom Quixote em busca de seu nobre escudeiro Sancho Pança. E, quando percebe a presença daquele menino grande, calado, medroso, tenta ensinar-lhe um pouco da vida – do seu modo, tornando-se professor e aluno, espada e bainha, parceiros, ou simplesmente dois cavalheiros arturianos, na prática constante da Justiça daquele rei.

No início, para selar a amizade, era preciso que algo acontecesse aos dois, como se iniciasse uma procura constante da luva por sua mão, do sangue pelo coração... E aconteceu: por sua dificuldade em andar, pelo seu tamanho, Kevin chamou o grandão Maxx para assistir aos fogos no parque de diversão, os quais eram uma das coisas mais belas aos olhos do pequeno Quixote.

E percebendo aquele quasímodo no meio de todos, observando parcialmente as estrelas de fogo, Maxx refletira, olhara para ele, e de repente, num ato de bondade extrema (ou amizade) curvou-se, pegou Kevin e o levou até os ombros. Lá estava o menino que amava fogos no ombro daquele que, seguramente, estava por ser seu escudeiro.

Por fim, selada amizade, os dois, semelhante a duas aberrações, felizes estavam até serem provocados por uma gangue que já o provocava em salas de aula. Só que, naquele instante, ela (a gangue) teria mais possibilidades de ser cruel, tanto física, quanto em provocar os dois...

Contudo, não sabiam com quem estavam lidando! Kevin, apesar do tamanho, e da impossibilidade física, revidava em palavras que, com certeza, seriam causa de perseguições durante suas ações na película. O grande Maxx, ao contrário, com medo do que poderia haver, pedia e implorava para que o “boca grande” se calasse, pois estavam em minoria, porém Kevin não resguardava seu sentido de Justiça... “Um cavalheiro não teme a morte!”, dizia em direção à gangue...

O tempero disso tudo foi uma correria pelo parque inteiro, “usando” seu amigo como um pequeno cavalo, pois estava em seus ombros (lembram-se?), e agora, dando toques para correr dos marginais.
Depois de terem passado por linhas de trem em movimento, passado por pontes, os dois agora estavam frente a um pequeno lago, de profundidade relativa, que daria para, pelo menos, um metro e meio de gente que se arriscasse a por ele passar...

Kevin, mais um vez, em seu espírito louco, fez o grande Maxx entrar no pequeno lago. Ao vir a gangue, percebeu Maxx que o amigo estava certo, e não pensou duas vezes, e pôs os pés, depois o joelho e quando menos percebeu, estava completamente dentro dágua com sua cabeça de ogro toda coberta, e o pior, com o pequeno sábio a gritar em seus ombros... “vamos, você consegue atravessar, vamos!”..

Percebendo a coragem dos dois, o líder da gangue acreditava que poderia fazer o mesmo, e foi. Menor que Maxx, logo se afundou e pediu ajuda a sua horda. Ao vir toda cena, depois que subira à tona, Maxx e Kevin vibraram, e deram sinal de vitória.

Depois do episódio, os policiais que viram tudo o levaram para casa. Com os olhos arregalados de medo, com o coração em adrenalina, os dois se despediram para, no outro dia, mais uma aventura cavalheiresca passarem.




Mais agora tenho que trabalhar; até mais, leitores.
Até a próxima aventura dos nossos heróis.


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