domingo, 1 de março de 2015

O Sol de Domingo

Meus dias têm cores, todos eles. Segunda, tão branca quanto o pico de uma montanha no Himalaia, tem essa tonalidade em razão de ainda não sabermos o que nos espera, e para muitos, por isso, a certeza de ser negra... Mas para mim, branca, pura, alva... 

A Terça, um branco meio opaco, quase cinza, talvez em razão de já descobrirmos (eu) uma forma de lidar com o resto dos dias, era um dia estranho, sem a certeza do que podemos encontrar daqui pra frente... (coisa minha).

A Quarta, não tão negra como poderia se esperar, tinha um pouco de verde, sim, um verde se formando em meio ao caráter da semana, que se mostrava favorável, sempre, quando eu a observava de modo proveitoso.

A Quinta, um amarelo frágil, cor de limão que quer amadurecer, de uma laranja-lima, de uma paz que quer permear, mas o coração não deixa, simplesmente porque ainda temos a sexta...

A Sexta, hoje, para mim tão forte, tão bela e cintilante, da qual tiro proveito mais que prazeroso, antes, a via como um dia de cor de água, inodora, na qual não fazia nada, apenas viver em função do sábado que iria chegar sob a vestimenta de filmes, novelas, amigos... Enfim, nada mais que isso.

Meu sábado era verde, uma cor que retratava o que deveras ser desde que sábado sempre o fora. O dia em que descansava, amava, corria, andava, e respirava por fim. Mesmo assim, não era nada parecido com o domingo, um dia mais que especial...

Domingo, hoje e sempre, para mim, é um dia de Sol (sunday), ainda que caiam todas as chuvas, desabam todas as árvores, desatam todos os choros, esse dia, enfim, é o dia da grande reflexão humana, no qual me sinto um egípcio em essência a amar os deuses, a tornar a vida mais combativa e ao mesmo tempo mais divina. 

Esse dia, tão enigmático, em que crianças saem com os pais pela manhã, pelos parques verdes, amarelos, suam em nome de um calor hibrido de paz e amor. Dia em que nossos corações se voltam ao mais simples, por mais complexos que sejamos. 

Não há, a meu ver, dia melhor para o perdão, para recompor as energias físicas e emocionais, pois outras cores, por mais belas que sejam, vão resguardar mistérios que só o Domingo pode decifrar; um dia para amar a Natureza, embelezá-la com nossos pensamentos, com nossas ideias, alma...

Um dia em que a sua manhã não passa, desde a primeira hora até a última.



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