quinta-feira, 19 de março de 2015

A Filosofia em "Para Sempre Amigos" (iv)

... Não gostaria que fosse o fim da saga desses cavalheiros, que inundam nossas almas de emoção e esperança. Mas não tenhamos o vazio que nos faz recapitular o que somos lá dentro do mais profundo ser; ao contrário. Tenhamos nossas almas cheias de guerras maravilhosas nas quais adentramos como cavalheiros que não morrem, mesmo porque...


Kevin e Maxx, para sempre.

"Ninguém pode nos deter, nem qualquer homem!"


Depois de cessarem as almas em pensamentos turbulentos, em razão da possibilidade do aparecimento do pai de Maxx, Kevin e seu escudeiro foram para casa descansar. Mas naquele dia, em uma noite friorenta, cheia de tempestades de ventos que batiam violentamente naquelas janelas de vidro, um pesadelo começou a virar realidade... O pai de Maxx apareceu no meio da noite. E jurando machucá-lo se falasse algo, e o levou para um lugar ora conhecido dos nossos heróis.

Ao vir que Maxx iria se comportar, pegou-o, com uma leve força, e o colocou dentro de um carro. Este teve seu vidro quebrado antes de ser usado, pois era roubado. Não por isso, deixou de sair para o esconderijo. 

Kevin, ao saber do desaparecimento do amigo por meio dos avós, os quais viram policiais chegarem e procurando um detento que havia violado a condicional, na mesma hora, foi ao quarto do amigo, e percebera várias pistas que o indicavam para o fim das aventuras. Kevin, claudicante, foi até à rua e viu pegadas grandes colidindo com outras menores, além de vidros caídos na neve, os quais deram ideia de força e violação.

Não falando nada à mãe, nosso Quixote, depois de ter deixado um bilhete em cima da cama, pegou o carro, e com sua muleta, acelerou até o local que, intuitivamente, sabia: no mesmo apartamento em que foram devolver a bolsa da rainha da Patagônia...

Chegando com o carro meio descontrolado, o cavalheiro Kevin estava disposto, com poucas armas que tinha, a resolver a demanda que soava como a última de sua breve vida. Mesmo assim, saiu do automóvel, e com sua muletas, iniciou a peregrinação rumo ao amigo, que, naquela hora, estava preso a uma cadeira, pelo pai, que tentava explicar, muito mal, a morte da mãe de Maxx.

Quando o ar estava insuportável, e Maxx já não entendia mais as palavras do pai marginal, na porta batia uma pessoa que não seria esquecida jamais pelos grandes da Patagônia, a prostituta que havia identificado Maxx como o suposto filho de um homem que estava preso por homicídio, e naquele instante tão bravo quanto deveras ser um homem sem amor ao filho e que assassinara a própria esposa.

A rainha entrou e sentiu que o clima não estava para conversas... Mas, enfim, queria saber o que estava havendo naquele local, em que uma criança de quatorze anos estava presa a uma cadeira, e com um pai louco para esbofeteá-la. A prostituta, com autorização do verme adulto, se aproximou da cadeira, e com um ar de pena, inventou um diálogo com Maxx se ajoelhando frente ao rapaz, que ainda não entendia a mulher de lábios grossos e vermelhos.

Com um pequeno canivete nas mãos, escondido, entregou a Maxx sua suposta liberdade. Pegando-o, o menino levou-o para trás da cadeira e com ele iniciou o que já era claro à cena: cortar a pequena e forte corda.

Todavia, em meio aos cochichos, o pai de Maxx desconfiava do que a prostituta estava fazendo, e a pegou de forma violenta, de forma a fazer falar o que sabia sobre o grandão. Assim, tentando desviá-lo de eu ato, confessou que  o menino, antes, a havia entregue uma bolsa, que tinha sido roubada por marginais, mas que havia sido recuperada por dois meninos, um deficiente, e o outro, Maxx.

O homem que, nesse momento, a segurava pelo braço, a jogou no chão questionando quem era aquele que poderia reconhecê-lo e denunciá-lo quando fosse a hora -- estava falando de Kevin, o qual teria sido citado com desdém pelo mal em pessoa.

E sorridente, viu  o pior acontecer. O canivete, que teria sido dado pela bela, caiu no chão, na traseira da cadeira em que Maxx estava amarrado. Foi o fim. O bruto olhou para a triste mulher, bateu-lhe no rosto, a fazendo cair, ficou no meio de seu corpo, e escondido entre prateleiras surrava a rainha da Patagônia!

Maxx, com a mesma fúria que o fez levantar a tampa do esgoto (pesadíssima!), quebrou a corda e pediu ao pai que parasse de bater na dona dos lábios que, agora, eram vermelhos de sangue. Isso tudo de forma feroz, como se houvesse em sua frente um ser humano do mesmo porte, nível e fisicamente igual. Nada parecido. Sem falar que era seu pai, mesmo que não quisesse...





Voltamos daqui a pouco.




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"É ótimo ter dúvidas, mas é muito melhor respondê-las"  A sensação é de que todos te deixaram. Não há mais ninguém ao seu lado....