domingo, 8 de março de 2015

Mulher. Mundo desconhecido.

Mulher... Que ser é esse?




Não vamos falar em direitos, em deveres, em nada que comprometa a mulher... Não. Vamos tentar falar de algo que se passa nas entrelinhas de sua alma, de seu mais profundo ser. Desse mundo desconhecido até então por nós, homens.

Vamos buscar um pouco a tradição, aquela em que sempre devemos nos referenciar quando queremos fugir um pouco do conceito que nos são obrigados a decorar... E quando a tradição fala em Mulher, Mãe, Mar, não se refere apenas a aspectos isolados da natureza, mas também de universos nos quais estamos e subestimamos pelo fato de acreditarmos saber tudo sobre estes.

Não sabemos nada, pelo menos eu, essa criança grande que tenta reverter a polaridade humana em prol de sociedade e quem sabe um mundo melhor. Sabemos que somos limitados, mas também sabemos que tal característica não nos faz pouco em relação ao Todo, mesmo porque vivemos de indagações e através delas descobrimos mistérios, e dentro deles, pelo  que sei, o que mais nos incomoda é o da Mulher...

Belas, maravilhosas, deusas, fêmeas... Mulher.  O que as faz tão simples e ao mesmo tempo complexas? Capazes de se igualarem a uma rosa de pétalas frágeis e no mesmo passo uma leoa a proteger o filho, até mesmo do homem-parceiro. Não sei...

Tão dedicada, eloquente, ilimitada em seus afazeres, em suas lamúrias eternas, sem perder a fúria da vida... E quando sorri, nem mesmo o mais quântico dos físicos, o mais livre dos poetas, o mais bravo cavalheiro compreende. Assim, deixam suas fórmulas, suas poesias, suas batalhas para, enfim, enamorar-se para viver frente a esse mistério chamado... Mulher.


Mulher

Num passado clássico eram amadas como deusas, e até hoje em muitas culturas o são, pois sabiam, naquele passado, que havia um logus entre dois masculinos – Pai e Filho – que completaria a tríade, mais que isso, descobriram que a Natureza, sem esse aspecto, ficaria sem o elo com a parte intuitiva, sensível e bela dessa grande vitrine universal.

Descobriu-se que tal Logus – o feminino – estava em todas as coisas, no homem principalmente, quando este se revela pacificador, belo ou mesmo buscador da beleza nas coisas e por que não dizer da beleza interna, quando clama poesia, quando enxerga, apesar dos pesares, uma lua mais brilhante, uma noite estrelada... Uma cascata em meio a uma floresta de cobras.

Tais aspectos são como potencialidades, as quais, num passado mais clássico ainda, foram chamados de deuses, e, cada um deles, trazido à tona em forma de Gatas, Leoas, Luas, Estrelas, Rosas, Montanhas as quais não se conseguia ou se poderia subir. Deusas, na verdade, que, ao homem, eram tão concretas quanto àquela mulher que o edificava quando levantava na manhã...

Deusa

E quando enxergamos a mulher, esse ser que se levanta na manhã cheia de dores, cheia da garra, a respirar fundo em nome de seu gado, temos que vê-la como parte dessas potencialidades naturais, pois todas elas guardam em si esse sentimento que nos religa a Deus, esse Amor quase que transcendente, incompreensível, ao nossos olhos e coração. Quando tomamos isso como uma realidade, a tríade se faz, o triângulo            se faz, a harmonia se faz, a integração família, social e mundial se faz...



Meu Deus, como é difícil falar da Mulher!!

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