segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Artur. O Mito que Chama




Acredito que todos já tenham assistido ao filme, ou lido um livro, visto um desenho, ou até mesmo ouvido alguma coisa sobre o mitológico rei Artur. Então não vou me deter em falar muito, apenas desmembrar psicologicamente a parte dele – desse mito – com vistas a fazê-los entender o que significa, ou pelo menos chegar perto a isso.

O Rei Artur se transformou em um símbolo maravilhoso, do qual tiramos nossas visões semânticas para uma vivência relativa ou para a compreensão universal do homem– assim o é quase todos os mitos, ao segredar a parte mítica, e revelando a psicológica, ou seja, dando margem aos homens de se infiltrarem em suas margens, pois não conseguimos adentrar em seu meio pela pouca ferramenta que possuímos.

O Peixe

Muitas histórias em torno dele, do Rei, e uma delas conta o inicio de sua adolescência, aquela fase na qual a maioria dos jovens mergulha em mundos misteriosos para sua ascendência interior. E Artur, um dia, ao sair do castelo, se perdeu em uma floresta (ou em um bosque, como sempre!), e viu um acampamento abandonado, com uma lavareda de fogo que supostamente esquentava seus possíveis hóspedes, os quais não se encontravam nela.

O Rei, que ainda balbuciava questionamentos, não teve medo de se aproximar, e viu, em uma vasilha, um peixe (símbolo da sabedoria em diversas culturas, entre elas a cristã) que ainda borbulhava pelo calor da fogueira que o tinha esquentado. Com fome, o adolescente pegou-o, levou-o até a boca e... Queimou-se. Tal atitude o fez largar o peixe e deixa-lo cair no chão.

Segundo algumas civilizações, o peixe representa a sabedoria, ou o início dela. E quando Artur, na fase em que se encontrava, se queima com ele (o peixe), temos que entender que há uma manifestação por parte da natureza em fazer com que passemos por situações extremas, nas quais o ensinamento nada mais é que entendê-la.

Artur, naquele momento, passava, como rei, pela psicologia natural dos homens, a de conhecer a vida, sua intenção, sua profundidade... Mas não conseguira de início. Por ser ainda frívolo em seu comportamento, que não seguia por completo a ordem natural do uno, queimou-se e percebeu o quanto queima quando não segue a grande disciplina da Vida.

É o conhecimento. Nele Artur vai mergulhar, vai ser um sábio, vai se imortalizar, mas naquele instante, se queimou, pois estava além de suas possibilidades entender a vida. No entanto, nada melhor do que da maneira mais impiedosa para entender que tudo tem seu tempo, e ele, assim todo o jovem, terá.

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