Não se pode mudar o Cosmos –
mudando, acrescentando ou dando-lhe algo; nenhum mestre o fará pensar ao
contrário, mesmo porque nada se acrescenta a Deus, pois não se tira ou se dá ao
ouro, pois sempre será ouro.
Nas estrelas que brilham
solitárias, nos planetas que respiram pela gravidade eterna, pelo silêncio das
explosões dos universos, pelo amor que sonda o início e o meio e o fim das
eras, acrescenta-se apenas o que se nasce todos os dias, os átomos – tão invioláveis
quando sua semântica que o faz aparecer por meio de outro átomo, e assim por
diante.
O Cosmos é Deus, e Deus é o
Cosmos. Não há como saber sua extensão, seu Amor, sua Justiça, sua Verdade,
pois estaríamos como frívolos grãos de areia a compreender o mar bravio, que
não cessa, que transforma, que move a vida.
Mas dentro de nós correm tantos
átomos, tantos mares quanto se pode contar em uma vida, e dentro dessa vida,
agora tão microscópica, singular e protegida, mais mundos há. Por isso,
busquemos em nós a paz tão almejada pelo maior dos humanos, ou pelos mestres
que moram em nós, que reivindicam o conhecimento interno, que nos fazem
melhores a partir de nossa religiosidade
– a única que nos pode fazer humanos.
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