Há várias galáxias, vários sistemas, sejam eles solares ou não, mas uma coisa é certa: o universo não tem fim. Nele somos apenas meras formigas, ou menores a depender da distância a que iremos nos referir, buscando entender mistérios que, a nosso ver, estão além de nós, a quilômetros de nossos desejos, de nossa mente. Esse último é um pensamento cientificista.
Porém, a cada dia que passa, tais
profissionais da ciência sabem o quanto somos parecidos com esse universo que
se expande, ora se recolhe – Manvantara e Pralaya* – como se um grande órgão estivesse
respirando com todas as suas células, e nós, um pouco delas.
E ao olhar esse escuro universal,
ficamos presos ao lado físico da coisa, mesmo porque não podemos ir mais
adiante. Então passamos a supor, a estudar as partículas, entender os átomos e
seus componentes, ir mais sempre. E imaginamos mais seres além-cosmo,
imaginamos mais planetas terras, e nos esquecemos de pisar o chão, entender um
pouco de nós mesmos, de nossa existência – não da maneira científica, mas
filosófica.
Os antigos sabiam que um universo
era infinito, que sua manifestação nada mais era que uma Grande Respiração, que
os milhões de anos em manifestação nada mais foram que grandes braços de uma
pequena célula, a qual, por uma grande Inteligência, se fez...
Sabiam os antigos que tal
Inteligência não poderia ser revelada ao nosso ponto de vista ou com nossos
desejos, mas respeitar ao ponto de fazê-la ser vista dentro do próprio universo,
que, como se mostra, nada nele é por acaso, a exemplo do alinhamento dos
planetas, da posição do sol, da lua, enfim, das estrelas que morrem, mas ainda,
após vários anos, nos fascinam com seu brilho como sóis que foram, mas deixam
seus rastros ante nossos olhos. Isso, todos os dias.
Todavia... Os grandes sábios
preferiram se infiltrar na condição humana. Tentar entender o porquê da voluveidade da grande personalidade, na
qual nosso físico se impõe, nossos astrais se fazem, nossa intuição nos
sintetiza e a vontade que nos direciona, para baixo ou para o alto.
Tais homens descobriram que temos
que elevar tais condições, assim como o próprio universo que evolui, nós,
internamente, também, temos essa obrigação. Por que obrigação? Porque se fosse um
direito, teríamos desde nosso berço uma ponta de elevação consciencial , assim como o direito de respirar, andar etc. Mas a
obrigação revela que há em alguns sentimentos de querer ou não. E o nome disso
é Livre Arbítrio. Por tê-lo, caminhamos por caminhos sem fim os quais não nos
leva a lugar algum durante anos, por outro lado nos faz ver que o céu, a que
tantos sonhamos ver (não literalmente), está a apenas a um passo de nós.
Esse céu, esse paraíso em vida,
esse sentimento puro e real, não é utópico, mas nos surge como tal quando não
acreditamos em nós, ou perdemos o amor à humanidade, ao homem. Um céu, no qual
os cientistas não creem, e não estão disposto a buscar, mas sabem que ao passo
de suas descobertas além-espaço o próprio homem o tem em de si, e isso já é o
bastante para repensar para qual infinito é mais útil prosseguir.
_______
*movimento de inspiração e respiração do universo, de acordo com a filosofia hindu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário