quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Dois Infinitos





Há várias galáxias, vários sistemas, sejam eles solares ou não, mas uma coisa é certa: o universo não tem fim. Nele somos apenas meras formigas, ou menores a depender da distância a que iremos nos referir, buscando entender mistérios que, a nosso ver, estão além de nós, a quilômetros de nossos desejos, de nossa mente. Esse último é um pensamento cientificista.

Porém, a cada dia que passa, tais profissionais da ciência sabem o quanto somos parecidos com esse universo que se expande, ora se recolhe – Manvantara e Pralaya* – como se um grande órgão estivesse respirando com todas as suas células, e nós, um pouco delas.

E ao olhar esse escuro universal, ficamos presos ao lado físico da coisa, mesmo porque não podemos ir mais adiante. Então passamos a supor, a estudar as partículas, entender os átomos e seus componentes, ir mais sempre. E imaginamos mais seres além-cosmo, imaginamos mais planetas terras, e nos esquecemos de pisar o chão, entender um pouco de nós mesmos, de nossa existência – não da maneira científica, mas filosófica.

Os antigos sabiam que um universo era infinito, que sua manifestação nada mais era que uma Grande Respiração, que os milhões de anos em manifestação nada mais foram que grandes braços de uma pequena célula, a qual, por uma grande Inteligência, se fez...

Sabiam os antigos que tal Inteligência não poderia ser revelada ao nosso ponto de vista ou com nossos desejos, mas respeitar ao ponto de fazê-la ser vista dentro do próprio universo, que, como se mostra, nada nele é por acaso, a exemplo do alinhamento dos planetas, da posição do sol, da lua, enfim, das estrelas que morrem, mas ainda, após vários anos, nos fascinam com seu brilho como sóis que foram, mas deixam seus rastros ante nossos olhos. Isso, todos os dias.

Todavia... Os grandes sábios preferiram se infiltrar na condição humana. Tentar entender o porquê da voluveidade da grande personalidade, na qual nosso físico se impõe, nossos astrais se fazem, nossa intuição nos sintetiza e a vontade que nos direciona, para baixo ou para o alto.

Tais homens descobriram que temos que elevar tais condições, assim como o próprio universo que evolui, nós, internamente, também, temos essa obrigação. Por que obrigação? Porque se fosse um direito, teríamos desde nosso berço uma ponta de elevação consciencial , assim como o direito de respirar, andar etc. Mas a obrigação revela que há em alguns sentimentos de querer ou não. E o nome disso é Livre Arbítrio. Por tê-lo, caminhamos por caminhos sem fim os quais não nos leva a lugar algum durante anos, por outro lado nos faz ver que o céu, a que tantos sonhamos ver (não literalmente), está a apenas a um passo de nós.

Esse céu, esse paraíso em vida, esse sentimento puro e real, não é utópico, mas nos surge como tal quando não acreditamos em nós, ou perdemos o amor à humanidade, ao homem. Um céu, no qual os cientistas não creem, e não estão disposto a buscar, mas sabem que ao passo de suas descobertas além-espaço o próprio homem o tem em de si, e isso já é o bastante para repensar para qual infinito é mais útil prosseguir.



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*movimento de inspiração e respiração do universo, de acordo com a filosofia hindu.


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