quarta-feira, 28 de março de 2012

Inquieto


Eu: inquieto de nascença


E nas esquinas duais de minha alma
Nas nuvens de meu ódio,
Nas lembranças de meu sol cigano,
Nas calhas de minha chuva de verão...

Nos galhos de minha primavera,
Nos cantos de meus pássaros,
Nas luas de minha noite clara,
Nos sonhos reais de meu Deus...

Procuro, e volto a te procurar...

Nas dores de meu mar,
Cujos barcos singram em nome da vida,
Em nome dos mananciais feridos pelo homem,,,

Em florestas negras de meus conflitos,
No grasnar do meu corvo aflito,
Que viaja na noite fria,
Apenas para dizer

“Estou aqui”!

E procuro em belezas que se vão,
Em corpos meigos e pardos,
Em formas sem formas,
Em deuses e demônios...

Além do bem e do mal.

E transpiro suor de lágrimas,
Grito como trovão em tempestades,
Clamo teu nome na terra,
Colho brasas em fogos brandos...

Corro o mundo descalço,
Dou meu sangue negro à morte.
E dela retiro vida,
Retiro saudades,
E volto a dormir.





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