Há mais mistérios entre pais e filhos do que... |
Da terra que nasce em meio ao verso,
E de tuas liras tocadas ao céu,
Respondem os deuses da vida,
Em meio a guarida,
Nos deixando mistérios,
Sem nos revelar o que há
Por trás de seu divino véu...
E desses lírios que nascem
Vestidos da essência sagrada,
Correm em nossas veias
A pureza da vida,
Resvalam tristezas,
Escorrem feridas,
Todavia, em meia a vidas,
Nascem os humanos,
Tais grãos de milho,
Nascem num mundo tangente,
Com forças prudentes,
Biologicamente,
Espiritualmente,
Pai e filho.
E deságuam no oceano como gotas,
Que de infinitas se tornam elas,
Escorrem em riachos,
Como estrelas vadias,
Expurgando o desamor do espaço,
Transformando o universo em vida.
Lá se vão nossos mistérios,
Tão belos quanto o próprio Deus,
Que sorri pelo sol que desce,
E chora pelo sol que se vai...
Não, não vai.
Vá, sol, arrebatar a chuva
ser o expoente de tudo,
Exclamar a beleza,
em volta à tristeza que quer nascer.
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