Pirâmides: Templos misteriosos. |
Depois de muito refletir acerca dessa grande nação, que foi o Egito, eu iniciei um processo de autoconhecimento, um tanto quanto possível aos olhos de minha natureza – não da deles, ainda que eu quisesse rs. Não pelos deuses, porque, graças aos mitos mais que herméticos, diferentes dos mitos romanos e gregos, são difíceis de criar alguma forma de pensamento, dentro do que temos hoje, ou melhor, com as ferramentas que temos. Então, comecei pelos faraós. Esses homens-deuses, cujos atos eram mais que atos, eram uma modificação numa sociedade na qual nem mesmo o mais egiptólogo dos homens conseguiu entender. Contudo, com um olhar filosófico, consegue-se infiltrar em áreas nas quais nem mesmo o melhor dos cientistas compreende.
Vocação
E uma dessas maravilhas incompreensíveis são as pirâmides e para qual fim elas serviam, pois muitos se questionam a respeito delas, das grandes construções, dos “rabiscos”, os quais se mostram em revelo há mais de quatro mil anos! Ali, naquele lugar, onde faraós, sacerdotes dos deuses, onde construtores se iniciavam, havia uma mágica – a real – da qual muitos filósofos ocidentais beberam e se consagraram bases da civilização atual.
Daquelas paredes, nas quais o sagrado, o mais perfeito deles, por ser miticamente hermético, se fez, muitos até hoje se digladiam pela perfeição, pela beleza que, ao ver dos grandes cientistas, é uma realidade que jamais alcançaremos o significado – e estavam certos. Nada é tão perfeito, achamos, porque nos dá a impressão da chegada ao transcendente, ao místico, de forma incompreensível.
Contudo, podem-se responder algumas perguntas, dentro das quais sombreia nossa maior dúvida a respeito de uma nação que sempre nos causou espanto, tanto na maneira de governar, como na forma de respeitar as vocações. Explico: ao contrário do que temos na atualidade, o Egito, por volta de 2000 a C., zelava pelo individuo no tocante à sua vocação para a escrita, para o sacerdócio, para o governo, e em todas as funções necessárias ao Estado.
Daqui surgiam grandes escultores, desenhistas, artesãos, e governos que duravam décadas – como fora o caso de vários faraós os quais tinham obrigações natas para com o seu país e com seu povo; e, por mais que se coloque essa questão para um ser que nasce, hoje, em nações de culturas distantes, fica difícil explicar, pois o que nos passa pela cabeça é que há um governo que satisfaça, provisoriamente, os desejos alheios – isso materialmente – e pronto.
A Alma nas Construções
No tocante às construções, o que devemos salientar, a principio, é que nada foi feito para o bel prazer dos homens-deuses, mas para os deuses, numa sintonia em que o sagrado e o profano se uniam de forma que houvesse uma harmonia entre os dois – por consequência entre povo, universo, faraó, deuses...
Quando se fala em pirâmides, vêm-nos logo questionamentos acerca de suas construções, do modo a que foram feitas, enfim, pairam dúvidas seculares (e normais) a respeito delas. Nelas, no entanto, pairam mais mistérios que seus próprios blocos pesados, pois singularizavam a perfeição, a ponte e o processo de iniciação para o conhecimentos da Vida.
Muitos, todavia, graças à cultura de se reconhecer algo, alguém, ou mesmo uma nação pelos seus últimos momentos – como aconteceu com Roma, que é reconhecida apenas pelos leões e gladiadores nas grandes arenas – o Egito é conhecido pelo país mais louco do planeta por ter construído grandes sarcófagos (pirâmides) ao longo do tempo. Outra falácia.
Pirâmides eram centros iniciáticos nos quais todos aqueles que aceitavam suas vocações, fosse de pintor, desenhista, arquiteto, até mesmo um faraó, teriam que conhecer os mistérios sagrados, legados pelos antigos. Dali, entravam seres pensantes, filósofos, e saiam outro seres, voltados ao que os deuses lhe deram de acordo com sua natureza e capacidade: prova disso, foram vários filósofos que beberam dessa água e expandiram a todo o Ocidente, tais como Platão, Pitágoras, Anaxágoras, Anaxímenes...
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