Riacho: vida que se vai. |
E corre solto nos mares que se vão
E nas luas brilhantes da noite,
Dando mote em terras frias,
Em larvas de vulcão.
Corre como ovelhas no dia,
Na fúria de seus pastores,
Nas mães e seus louvores
A um deus de antemão,
Vai nas várzeas distantes,
Feitos estrelas amantes,
Brandindo com bandeiras
O símbolo da compaixão...
Vem voando em seu manto alado,
No sol do poeta atado,
Com mãos ceifadas pelas serras,
Em que nos vimos em vão....
Se arrasta como bêbados ao chão,
Pisados e humilhados,
Nas encostas da vida,
Com o sal da morte nas mãos.
E descansa em teu beijo,
Ao som de uma natura perfeita,
Que suga tua alma tão branda
Ao passo imperfeita,
Pedindo perdão..
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