quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mudança: a estrela para qual aponto.

Filosofia: a porta para a mudança


Nesses dias tão difíceis nos quais precisamos de toda a ajuda possível de cada um, seja de um amigo, seja de um irmão, de uma irmã... Ainda há pessoas que se julgam passiveis de serem autossuficientes, e mais, que não precisam  nos auxiliar em nada, nem mesmo quando dele se precisa aqui e agora.

Analisando do ponto de vista frio, torna-se mórbido transpor com palavras ainda mais frias o que há nesse confuso cenário. Primeiro, temos aqueles que querem ajudar; por outro lado, aqueles que não querem, e pronto...

Do ponto de vista analítico, psicológico, temos aquele que fica no canto, a espera de um auxilio da parte daquele que não ajuda em razão de se achar melhor do que o primeiro. Essa talvez  seja a pior de todas, mas há uma outra, a daquele que só auxilia se houver um empurrão, ou necessariamente alguém que o empurre para a vida ou mesmo para um trabalho qualquer, ainda que a situação seja de extrema necessidade.

Mas há milhares de outras situações as quais nos transpomos justamente porque precisamos de desculpas para não ajudar ou mesmo para dar opiniões acerca do que presenciamos. Eu, como sempre, do ponto de vista que há muito não se observa, vejo tudo do lado filosófico, ou seja, aquele que diz “se não participamos de um trabalho que está ao nosso alcance, perdemos a chance de evoluir um pouco”.

Sim, mesmo porque a  evolução não se dá apenas em terreno físico e material  -- como tenho pretendido expor nesses textos – muito pelo contrário. Nossa real evolução é aquela que nos direciona para cima, não para o lado ou para baixo. E não estou falando de edifícios, os quais nos passado singularizaram o crescimento interior do homem, assim como as pirâmides, as quais, em sua cúspide, demonstram onde se deve chegar – não no alto, mas dentro de si.

Já que somos tão ignorantes, há quem reflete assim, como se a parte mais alta da Grécia, ou mesmo Machupitchu, no Peru, fossem altos porque não haveria outro lugar no qual construir tamanhas edificações e por isso são altas... Tudo teve um sentido sagrado.

Os Grandes

Os grandes homens do passado sabiam que a mudança de cada um não seria algo gratuito, assim havia, em cada civilização, a chamada iniciação àquele que demonstrava voluntariamente a vocação para a mudança interna – em algumas delas, até mesmo o nome do discípulo poderia ser mudado.

Há noticias de que, no inicio o cristianismo, quando não havia pressão da Igreja, muito padres se iniciavam nos mistérios divinos, isso em escolas gregas! – mas, muito mais tarde, até os mesmos padres colocariam seu aprendizado em xeque, pois não conseguiam ficar calados. E tudo que aprendiam caia no vulgarismo.

E hoje, um aprendizado em relação à mudança, a si mesmo, ou em relação às coisas que realmente são válidas para o crescimento interno com certeza não tem a mesma natureza de um voluntário  à iniciação do passado – nem passa perto --, e, graças a pais e mais, com educações arcaicas, machistas, e deturpadas, o pensamento relativo em ajudar alguém ou mesmo a uma entidade vai prevalecer.

E quando vejo alguns grandes e fortes rapazes sentados à espera de um convite para trabalhar como se fosse um presente de natal, sem mesmo sentir remorso, ou fazer cara de choro... Sinto-me mal, mesmo porque, apesar de todos os meus problemas físicos, psicológicos, até hoje, não conseguiria entender mãos e braços apenas como artefatos naturais para andar e comer, beber e dormir.

A Filosofia


E mais tarde, houve uma estrela ainda mais tradicional que me tocara a alma: a tradição dos grandes homens, que, ainda sem qualquer tecnologia, sem qualquer meio de transporte viário, nos deixam rastros históricos os quais até hoje, nós, com toda pompa civilizatória, pelos menos a nosso ver, não conseguimos chegar nem nas suas sombras.

Quando penso em seus feitos, dos quais saíram liberdades de países, de heróis, de raças, lanço-me a qualquer feito simples para mudar o mundo, ainda que seja um pouco. Não importando onde estou ou com quem estou, apenas remeto-me ao grande ideal, observando para o alto, e com meu simples gesto, o qual tenta retirar das grandes nuvens dos grandes homens a semelhança de seus grandes feitos, organizar, libertar, alegrar, redimir, trabalhando aos poucos o que chamo de caráter.

Um dia um grande homem nos disse “Não olhe para mim, mas para a estrela para qual aponto”. Isto é, todos temos defeitos e dificuldades, até mesmo um Julio Cesar, um Marco Aurelio, um Cristo talvez, mas apesar de tudo foram atrás de seus objetivos, dentro de sociedades nas quais nasceram e cujos lugares foram tão rudes para com eles, e conseguiram mais do que pretendiam, entrar para história para sempre...

Vamos à luta!

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