Aos pedaços que nos faltam.
Olho ao
horizonte,
Não me vejo.
Ao céu que
se desfaz
Em nuvem,
Ao mundo que
se
Destrói em
guerras,
Nas terras
fugidias,
Onde mora a
canção.
Na antemão
das
Esquinas,
Dos carros
que
Voam,
Das crianças
que
Passam,
Das donas
que
Lamuriam...
Do homem que
Pede.
Não me vejo.
Não me vejo
Ao som do
sol,
A cair nas
águas
Das belas
sereias,
Das areias,
Das ruas,
Suas luas
trêmulas,
Em suas
vestes tão
Pequenas...
Tuas vozes
amenas,
Que cintilam
Nas brisas
Que se vão.
Ao meu
coração,
Cheio de
bíblias,
De alcorões,
Tábuas e
leis,
Sem
mandamentos,
Apenas
momentos,
Alentos...
E sinto o
teclar
De minhas
notas,
O sino de
minha alma,
O pedir de
minha
Calma,
A paz, nunca
mais,
Se vai,
E fica a
atribular,
À semelhança
De uma
criança
E pedir, a
sorrir,
Por esperanças,
Em crédulas
Andanças,
Danças,
Ancas,
Só.
Dó em meu
peito,
Sem dor,
Na clausura
De te ver,
Amar,
Como mãos
Em violão...
A afinar as
cordas
De teu
mundo,
Ante o meu,
Imundo,
Submundo
de meus
sonhos.
Não me vejo,
E me vejo
Em tudo que
não
Sou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário