Viver, uma arte.
Somos e temos um universo. |
Não somos uma entidade isolada,
assim como autores famosos pensam. Somos parte única e insubstituível do cosmo.
Assim como uma célula de um corpo que vive, somos um microelemento perfeito desse
conjunto chamado humanidade. E cabe a nós nos perguntar, “onde é que nos
encaixamos? A quem estamos ligados”?
A célula do coração, a mais
perfeita, que nasceu entre milhões, já lavada a fazer seu papel, de se ligar a
outras milhões, e por sua vez a mais outras, que conjugarão mais ligações e
assim perfazendo todo o corpo, em um só ritmo, em um equilíbrio mais perfeito
ainda, estará em perfeita harmonia com o seu universo.
Na parte humana, devemos nos
questionar a respeito de nosso papel dentro desse grande corpo que nos
sustenta, do qual fazemos parte como aquele elemento do coração, que, ligado ao
seu último vizinho, sustenta uma rede harmônica e natural.
Trajeto
Em nosso trajeto, devemos
observar as pessoas com que nos relacionamos: pai, mãe, filho ou filha; amigos,
vizinhos; amigos do trabalho. Se identificamos a realidade de nosso trajeto,
das pessoas com as quais lidamos, com o nosso mundo, percebemos a ordem natural
de nosso universo.
Dai por diante, a parte que nos
cabe é de desenvolver nossa potencialidade em relação a essas pessoas,
verificar e tentar entender nosso papel e nosso dever perante a elas. Se soubermos
quem somos e a quem estamos ligados, saberemos o que fazer.
Podemos colocar em prática isso,
ao tentar observar o papel daquele que pode ser nosso pai ou mãe. Verificaremos
que há uma relação emocional, mas ao mesmo tempo não podemos acreditar que
todos os pais possuem relações afetivas com seus filhos – enfim, torna-se uma
questão relativa. E pensamos, “todos nascem com caráter diferentes e não
podemos mudar isso”, então, para nós torna-se secundário.
O mais importante é o que
sentimos, o nosso caráter, pois estamos a buscar a felicidade, dentro de
valores os quais nos diz que devemos seguir nosso papel, seja de filho, de pai,
de mãe. Ou seja, não importa se há irmãos que nos trate com reverência ou
respeito, se há pais que nos reconhecem ou não, temos que manter sempre, em
nós, a cordialidade e o carinho, e o mais profundo respeito a eles. Não
importa, nossa meta é nos harmonizarmos com a natureza.
E sabemos que esse caminho nos dará
uma visão de um outro caminho, o da liberdade, no qual há a integridade para
com o próximo, a dedicação às leis naturais e sagradas, e o que pensam acerca
dessa palavra não importa, pois nos parece uma série de comportamentos
instintivos sem controle. Não somos assim. Os estoicos, como já citado,
assinalaram com seus passos na areia, dizendo, “liberdade é como Deus”, ou
perfazer caminhos naturais baseando-nos em premissas divinas.
E se estamos fortes em nosso
caminho, tudo ao nosso redor se torna uma cortina de papel, exceto quando temos
que confrontar fisicamente com alguém, ou psicologicamente, se permitirmos. Por
isso, não devemos levar em consideração provocações, pois elas não nos levam a
lugar algum, a não ser para caminhos insensatos, dos quais não conseguimos sair
tão facilmente.
A mostarda e a montanha
No simbólico Sermão da Montanha,
Cristo disse, “se eu tenho um grão de mostarda em minhas mãos e vejo a montanha.
Se minha fé for maior que esse grão, posso mover a montanha”... (Belíssimo!).
Se eu acredito, realmente, em
meus princípios; se ele me faz maior e melhor, e por meio dele posso me
harmonizar com a natureza, e alcançar o espirito, então, sim, posso caminhar e
viver em comunhão com o universo, como uma célula que sou.
Se eu sou homem, possuo Deus em
mim, e acredito que todas as forças em mim são latentes, e que nada para mim é impossível;
se sei que o amor é tudo que une, e o mal é o que separa; se a justiça é o
termo vocação tingido mais forte em seu tom; se eu sei que há potencialidades
divinas e que elas estão em mim, assim como estão meus sentimentos, minha emoções,
meus desejos, e que minha alma se eleva no mais alto dos montes quando atinjo
essa fé, então estou perto de entender meu papel no mundo.
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