segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Eu, Célula do Universo

Viver, uma arte.

Somos e temos um universo.




Não somos uma entidade isolada, assim como autores famosos pensam. Somos parte única e insubstituível do cosmo. Assim como uma célula de um corpo que vive, somos um microelemento perfeito desse conjunto chamado humanidade. E cabe a nós nos perguntar, “onde é que nos encaixamos? A quem estamos ligados”?

A célula do coração, a mais perfeita, que nasceu entre milhões, já lavada a fazer seu papel, de se ligar a outras milhões, e por sua vez a mais outras, que conjugarão mais ligações e assim perfazendo todo o corpo, em um só ritmo, em um equilíbrio mais perfeito ainda, estará em perfeita harmonia com o seu universo.

Na parte humana, devemos nos questionar a respeito de nosso papel dentro desse grande corpo que nos sustenta, do qual fazemos parte como aquele elemento do coração, que, ligado ao seu último vizinho, sustenta uma rede harmônica e natural.

Trajeto

Em nosso trajeto, devemos observar as pessoas com que nos relacionamos: pai, mãe, filho ou filha; amigos, vizinhos; amigos do trabalho. Se identificamos a realidade de nosso trajeto, das pessoas com as quais lidamos, com o nosso mundo, percebemos a ordem natural de nosso universo.

Dai por diante, a parte que nos cabe é de desenvolver nossa potencialidade em relação a essas pessoas, verificar e tentar entender nosso papel e nosso dever perante a elas. Se soubermos quem somos e a quem estamos ligados, saberemos o que fazer.

Podemos colocar em prática isso, ao tentar observar o papel daquele que pode ser nosso pai ou mãe. Verificaremos que há uma relação emocional, mas ao mesmo tempo não podemos acreditar que todos os pais possuem relações afetivas com seus filhos – enfim, torna-se uma questão relativa. E pensamos, “todos nascem com caráter diferentes e não podemos mudar isso”, então, para nós torna-se secundário.

O mais importante é o que sentimos, o nosso caráter, pois estamos a buscar a felicidade, dentro de valores os quais nos diz que devemos seguir nosso papel, seja de filho, de pai, de mãe. Ou seja, não importa se há irmãos que nos trate com reverência ou respeito, se há pais que nos reconhecem ou não, temos que manter sempre, em nós, a cordialidade e o carinho, e o mais profundo respeito a eles. Não importa, nossa meta é nos harmonizarmos com a natureza.

E sabemos que esse caminho nos dará uma visão de um outro caminho, o da liberdade, no qual há a integridade para com o próximo, a dedicação às leis naturais e sagradas, e o que pensam acerca dessa palavra não importa, pois nos parece uma série de comportamentos instintivos sem controle. Não somos assim. Os estoicos, como já citado, assinalaram com seus passos na areia, dizendo, “liberdade é como Deus”, ou perfazer caminhos naturais baseando-nos em premissas divinas.

E se estamos fortes em nosso caminho, tudo ao nosso redor se torna uma cortina de papel, exceto quando temos que confrontar fisicamente com alguém, ou psicologicamente, se permitirmos. Por isso, não devemos levar em consideração provocações, pois elas não nos levam a lugar algum, a não ser para caminhos insensatos, dos quais não conseguimos sair tão facilmente.

A mostarda e a montanha

No simbólico Sermão da Montanha, Cristo disse, “se eu tenho um grão de mostarda em minhas mãos e vejo a montanha. Se minha fé for maior que esse grão, posso mover a montanha”... (Belíssimo!).

Se eu acredito, realmente, em meus princípios; se ele me faz maior e melhor, e por meio dele posso me harmonizar com a natureza, e alcançar o espirito, então, sim, posso caminhar e viver em comunhão com o universo, como uma célula que sou.


Se eu sou homem, possuo Deus em mim, e acredito que todas as forças em mim são latentes, e que nada para mim é impossível; se sei que o amor é tudo que une, e o mal é o que separa; se a justiça é o termo vocação tingido mais forte em seu tom; se eu sei que há potencialidades divinas e que elas estão em mim, assim como estão meus sentimentos, minha emoções, meus desejos, e que minha alma se eleva no mais alto dos montes quando atinjo essa fé, então estou perto de entender meu papel no mundo.

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