Eu sempre digo que, se mudarmos de hábito de uma vez, seremos como um navio tentando se esquivar de um iceberg, assim, sem mais nem menos. Como um homem que bebe inveteradamente, que deixa seu vício simplesmente porque achou melhor. Aqui, a certeza de sofrer pelos maus hábitos antigos vai lhe forçar muita força de vontade para não voltar ao que fazia antes... Beber.
Assim o é ao viciado em drogas, ou mesmo ao viciado em jogos, em mulher, em filmes, ao se deparar com situações nas quais ele tem que refletir e dizer a si mesmo que algo o está atrapalhando em sua busca pela felicidade... Não é mesmo?
Antes desse raciocínio, porém, muitas dores, muitos constrangimentos, e elucubrações capazes de parar o trânsito, como um paranormal às avessas. Aí vem o "pé no chão". Olha-se ao redor, pessoas sorrindo, famílias se divertindo, até mesmo aquela senhora de simples moradia lava sua roupa como se fosse a da rainha da Inglaterra, de modo belo e simples, e feliz.
As dores, que eram grandes, se afastam por um período, e iniciamos um processo chamado de reflexão acerca do que somos e podemos fazer em prol de nós mesmos, como se fôssemos apenas o único ser do universo, na pretensão de sentir-se bem, lá dentro da alma, a qual pelo coração se sabe que não vai nada bem...
A primeira coisa que nos vem é entender que nascemos com o dom de sermos felizes, e buscarmos esse dom, onde quer que ele esteja -- dentro ou fora de nós -- sem alucinações, loucuras, apenas com passos pequenos em direção àquele pequeno objetivo, que, enfim, dele tomamos consciência...
Menos dores daqui pra frente.
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