quarta-feira, 20 de maio de 2015

Mutar, Mudar, Mudanças...







Estou mudando de setor. Depois de mais de dez anos conhecendo colegas, fazendo alguns amigos, aprendendo com as chefias, ensinando meu serviço, me aperfeiçoando em práticas setoriais, hoje, percebo o quanto é difícil qualquer tipo de mudança, seja ela em qualquer nível...

Claro que estou me referindo a um tipo de mudança que, teoricamente, é mais fácil, pois nos faz refletir somente sobre para onde vamos, e se vamos encontrar algo melhor, ou pessoas melhores, ou melhor, pensamos em tudo que não tínhamos no anterior.

Mais que isso, fazemos comparações intuitivas, subjugamos a nós mesmos, declinamos de uma forma de pensar não natural no dia a dia. Enfim, o coração acelera, pernas ficam pesadas, cabeça confusa, paisagens ocultas! Nada fica de fora de nossos pensamentos, os quais, agora, são uma constante elucubração do presente, que não passa.

Imaginem mudanças reais, nas quais temos que mudar de comportamento, de falas, de visão acerca do mundo. É certo que a palavra mudar, aqui, não é mais a mesma, mesmo porque está nos imprimindo redefinir o que somos, por meio de ferramentas que não usamos, e se usamos um dia, não foi com seu único objetivo... Mudar.

Mudar com relação às pessoas, com relação à natureza, às instituições, ao mundo e a Deus... Com certeza não é um exercício fácil, gratuito, como se atravessássemos uma esquina sem carros, ou uma ponte vazia de meio metro de cumprimento. Mudar, nesse sentido, exige, antes de mais nada, um histórico pessoal, do qual se baseia-se para saber se estamos certos ou errados daqui para frente...

Se certos, continuamos e traçamos nossas metas, como peregrinos do amanhã que querem chegar aos céus; mas se não estivemos, temos que olhar o passado, a tradição, e nela trazer à tona alguns conceitos nos quais nos basearemos, de modo a segui-los, vivenciá-los, antes, amando-os como a nós mesmos...

Sim, não há como mudar se não há ânimo, amor, alma, vontade, dedicação, dação. Sem tais quesitos internos, a palavra mudar, mais uma vez, será vã, e ficará em seu sentido natural, material, palpável... Ou como queiram definir.

Para mudar, há de ter, além de esforços internos, referenciais,  dos quais vamos, como pequenos pardais, retirar o farelo precioso dos grandes homens e mulheres, os quais, de uma tradição, nos deram conhecimento acerca de nós mesmos, do próximo, de tudo. Eles sabiam o que diziam, sabiam o que deixavam, e sabiam qual o motivo.


Por enquanto, nesse meu limiar material de mudanças, tento lidar com o conceito antigo dessa palavra tão curta e bela (mudança), e propagar em mim alguns conceitos que podem ser válidos para o meu caminhar literal e metafórico. O mais importante é aprender com a mudança.

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