quinta-feira, 21 de maio de 2015

Mutatis Mutantes






...Na realidade, sempre há uma transformação. A experiência. Esse conjunto de fatores internos que se alojam na alma (quase) física nos faz pensar e repensar mais de duas vezes antes de falar, andar, praticar algo que nos instiga a mudar a situação. 

Na prática, a mudança nos vale como algo (hiper) necessário, pois somos, a querer o não, mutantes, tanto internamente, quanto externamente, o que nos faz seres que lidam com algum tido de evolução, pois como diria o grande sábio... "até mesmo o próprio universo muda, ainda que nos pareça constante", além daquela máxima de Heráclito, "Não se banha em um rio dias vezes", o que sintetiza nossa afirmação acerca dessa grandeza divina.

Então, não tenhamos medo de caminhar, de levantar ou simplesmente passar o andarilho que está a nossa frente, quer dizer, imprimir um ritmo mais forte, com uma visão de mudança em relação ao que somos ou que podemos ser. Colocar um pé na frente do outro, levantar a cabeça, tentar sorrir em meio a escuridão de caráter, passar em meio a rios de hipócritas, tentar algum objetivo, como se fosse um pequeno abrigo após a ponte, e até ele chegar.

Não fazer de sentimentos monstros que nos atrapalhe ou que nos envolva em pensamentos confusos ou obscuros, como se fôssemos criança perdida no próprio quarto. Sim. E é isso que somos. Se conhecemos o mundo, o nosso mundo, por que temos medo de nele andar, sorrir, cantar, mudar algum móvel, esticar as pernas, deitar no sofá, ou falar em voz alta quando nos vem a razão?... 

Então, por que o medo de mudar de setor, de vida, de namorada, de esposa, de casa, com vistas ao crescimento real? Temos que ter a certeza de que o queremos é algo maior que nós mesmos, caso contrário o que pretendemos com nossa "mudança" nada mais é que um descanso, uma paz relativa, ou uma fuga para o nada.

Gregos

A mudança é um necessidade. As peças teatrais gregas já diziam isso. Em cada ser que se apresentava, a condição de mudança estava em seu cerne. As máscaras em seu rosto, as roupas, o palco...Enfim, tudo era singular, mas até certa hora, pois tudo rodava, caia, desaparecia como por encanto.. Não dava tempo nem de se apaixonar! 

O teatro da vida é mais cíclico, mais real; não por isso o (teatro) grego não nos deixa de esquecer dos pontos nos quais nos aferramos quando crescemos e nos tornamos homens. Tais pontos são fortes, firmes, concretos, e com uma pitada de medo nos impede de mudar. 


Tenhamos consciência disso.





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