quarta-feira, 9 de abril de 2014

A Eternidade. Agora.

Soldados romanos: perfeitos em tudo.




Muitas coisas nos diferem dos grandes homens do passado, mas uma em essência nos corrói a alma, como uma coceira incansável dentro de um gesso que há muito nos pede para colocar as mãos, ir em frente e sanar aquela agonia. É o acreditar em nossos ideais, em nossos princípios, colocá-los em prática, tornar-se melhor... Se humano.

Não há porque ter medo, pois erramos; porém, voltar atrás consertá-lo, e novamente seguir em frente, como numa meta incansável, podemos fazê-lo. O que fazemos de bom ao próximo, a nós mesmos; nossas melhores formas de lidar com nossos conflitos interiores, usar os artifícios tradicionais, no sentido de fazê-los de ferramentas, como aquele soldado romano que, mesmo soldado, tinha a obrigação de levar pás, picaretas, martelos em sua mochila, para a construção de uma ponte, ou o conserto de estradas, nas quais passariam o grande César.

Se nos portamos como um grande soldado, que não pede, não chora, não se apaixona facilmente pelo vulgar, com nossas ferramentas construiremos mais que pontes, levantaremos, sim, edifícios internos, e venceremos batalhas ao nosso grande César – nosso objetivo maior.

Para isso, no entanto, é preciso crescer – e já crescemos, somos adultos, filhos de um universo que pulsa, que não para respirar, de trabalhar em função do seu centro, do seu grande espirito. E por que estamos a falar, se também – segundo a Filosofia Maior – somos um microuniverso cheio de células, de micro-organismos, que não se cansam e são determinados por uma energia misteriosa, chamada vida, a alcançar seus objetivos – que é ser o que são, na consecução de seus ideais.




Discurso de Sócrates antes de morrer: tinha tudo para fugir.



Assim, como Sócrates que tivera uma chance de sair de sua cadeia, desaparecer e não mais voltar; assim como Cristo que, com o seu poder, tivera a chance de corromper os homens contra uma cidade, e não o fez; assim, como muitos que poderiam ter negado a existência de um sol como centro e preferiram morrer numa Idade das Trevas, podemos sê-lo, em nosso nível, de acordo com nossa capacidade, enfrentar o mal que nos corrompe, mesmo que esse mal seja deixar de mão nosso vaidosismo, nosso conforto... E levantar, sair, viver.

O que importa? Temos caráter, uma linha que muitos, em nosso tempo, levam anos para obter; mas nós o temos, e podemos prosseguir, alavancar-nos de nossas poltronas internas, deixar de lado pequenos seres que nos afligem, como pensamentos frios, desvairados, sensuais, e andar de acordo com nossos princípios, pois agora, mais do que nunca o temos.

Convicções alheias

Mais do que nunca nossas convicções não são do tipo que atrapalham as outras. Pelo contrário. Complementam. Contudo, em nome de nossos ideais, podemos sofrer reveses pelo que acreditamos e sermos conotados como seres de outro mundo, mesmo porque, como disse, poucos são aqueles que seguem uma conduta, uma linha imaginária, porém tão visível aos olhos do espírito, que chega a nos cegar.

Seremos desatualizados, inconvenientes, não participativos, não religiosos, não familiares, aos olhos de uma juventude que só cresce para baixo, como raiz que se afunda e fica difícil de mostrar o céu. Podem, contudo, apesar da raiz, crescerem, desenvolverem, serem homens de bem, mesmo porque, quanto mais largas são as raízes – se perceberem – mais alta é a árvore.

Não somos desinformados, somos clássicos, e quando o digo, entende-se por eternos em qualquer que seja o diálogo, o assunto, pois a Tradição, custe o que custar, nos faz ver a essência das coisas, em todas as épocas, e nos torna mais que atualizados... Caso contrário, teremos pessoas de bem com que nos harmonizar...

Não somos inconvenientes, pois somos um pouco psicólogos, e trabalhamos a consciência humana com passos à frente da relativa, dado pelos mais modernos especialistas na área. No entanto, não descartamos qualquer psicologia, ou seja, qualquer opinião necessária a uma sociedade que precisa compreender seu papel, seu objetivos. Para tanto, é preciso de tais profissionais que levem a sério suas profissões, e mais, transformem tudo isso em algo prático. Como nós.

No quesito participativo há de convir que temos uma deficiência aos olhos do outro, porque não vamos às ruas, não fazemos passeatas, não quebramos monumentos, enraivecidos, cheios de cólera, mas pensamos em uma sociedade que precisa sanar seus serviços básicos, os quais, a depender do país, como o nosso, ainda claudica nessa questão; e muito.

Por isso, antes de nos revelar manifestantes, é preciso pensar, refletir acerca do é política, do que é religião, quem são esses homens, esses que se assemelham a amos de cavernas que nos fazem acreditar que o que vemos é a verdade, é o bem. Há uma distancia lunar entre o que nos ensinam e o que é realmente o que é, na visão de um homem que viu o sol, não as paredes da caverna...

Quanto à religião, precisamos finalizar deixando bem claro aos ouvidos “dos que querem ouvir”, que há muito não se pratica a religião, pelo menos pelo sacerdotes que se dizem tal. É mais fácil vir uma criança chegar ao céu, como diria a Cristo, do que um homem compenetrado há séculos, vestido de branco, a pedir, implorar, com seus atos por mais ortodoxos que sejam a benção dos céus.

Enfim, o filósofo, nós, homens de bem, de caráter, não precisamos ir em busca de templos modernos, arcaicos, para encontrar nossos ideais, pois se resguardam, todos eles, em nós, de modo que, em nossas orações, nos religamos com o Todo, com o Deus em Mim, assim como os grandes o fizeram no passado. E sempre o faremos, pois é um ato eterno e necessário ao homem de hoje e sempre.



Acrópole. Cidade alta. Uma cidade dentro de nós.



Nosso Projeto Maior

Não podemos adiar nossos projetos de crescimentos. Vamos dar uma pausa nas leituras, vamos praticá-las, sem desculpas. A felicidade, assim como a maior das estrelas, está em nosso céu, podemos vê-la. Agora, façamos com que seja a nossa rosa, em que podemos pegar, sentir seu perfume, levar conosco!

Nosso projeto não pode mais esperar. Podemos ser felizes, sem medo, e que este, como fora muitas vezes demonstrado, em muitas linhas, seja apenas um ser estratégico que nos faça andar para frente, com medo, não pavor.


Desde agora, desse minuto em diante, que nossas leituras maiores seja a natureza, e nossa oração, nosso trabalho.

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