Não podem nos retirar o legado humano. Qualquer que seja, |
Qual
a principal tarefa da Filosofia? Alguns dizem que é responder a todas as
questões da vida, em qualquer âmbito, de modo que não sejam aquelas respostas
baseadas em premissas fúteis e básicas do dia a dia, além de tangenciar o
óbvio... Outros pensam que a principal tarefa dela é questionar a respeito de
Deus, o que, normalmente, não se faz em um grupo cuja verdade já é a placa de
sua porta da frente. Por isso, torna-se ateu ou Filósofo... Sendo os dois sinônimos,
ao ver de alguns.
Como já sabemos, dissertar acerca
da grande Filosofia, palavra que “surgira” em uma época meio decadente, cheia
de conturbações, é pisar em ovos da granja de coronel, pois o que nos dita as
regras, mais do que na Idade da Trevas, é a Igreja, tão sutil quanto uma pata
de uma formiga, e tão forte quanto uma manada de elefantes, quando seus
paradigmas são postos em xeque.
Palavra esta que veio à tona após
um grande filósofo ser chamado de sábio, e este, depois de ter negado tal
predicativo, disse, “não sou um sábio, sou um filósofo; aquele que tem amor à
verdade, à sabedoria; eu não tenho a verdade, eu a busco”.
A partir daí, nossos olhos,
remetidos ao passado, se inclinam ao sol, às estrelas, ao universo, como homens
que buscavam e que sustentavam esse princípio, de ir atrás da verdade, onde
quer que ela esteja, mesmo sabendo que nunca a terá em sua plenitude...
Contudo, nesse universo, o homem,
em seu âmbito humano, se questiona a respeito de seu próprio mundo, de sua
existência, de seus poderes, mistérios, de sua história... E de sua Alma. Por que
sofremos tanto? Por que temos que passar pelas lhanuras do tempo e aprender de
modo tão injusto a nosso ver a respeito da vida? Por que contemplamos um futuro
às vezes sem querer olhar um passado que nos ensina o que somos, para onde
vamos, e de onde viemos?...
...para onde vamos, de onde viemos? |
A Filosofia exerce essa atração.
Por isso em Idades nas quais não se podia questionar, muitos filósofos se
foram, mas muitos, com sua especialidade em velar o saber, sobreviveram e nos deixaram
legados, os quais até hoje são alvo de críticas e ao mesmo tempo de nortes ao
nossos caminhos tão íngremes.
Atualmente, depois das flâmulas
das fogueiras preconceituosas, passamos por outras, nas quais homens que se
julgam de bem tentam desmontar o que séculos montaram em torno da palavra;
querem fechar as portas, ridicularizar, deixar em ultimo plano o que é
realmente necessário ao homem atual... Questionar a respeito de si mesmo,
adentrar em planos diferentes dos quais estamos hoje em forma de religião,
política, família, sociedade etc.
Não podem. Não se pode reter o
que subjaz ao individuo, ao que mais latente se esconde nele. Não se pode reter
um tsunami, uma marola sequer, nem mesmo o porquê de uma criança, muito menos a
vontade de mudar do ser humano. “Ontem eu vi, hoje eu sei”, dizia Tutan Kamon,
o menino faraó, sua vida ainda é um mistério por ter sido, ao ver de muitos,
base para muitas filosofias pós-cristãs.
Mas o que mais atém o homem à
filosofia é a indignação ao presente em que se encontra. Não só socialmente,
mas muito mais o que perturba a sua alma. E, aqui, nesse instante, a busca pelo
equilíbrio de força se inicia...
Voltamos Mais Tarde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário