Alexandre, o grande, e o filósofo Diógenes: a prática da humildade. |
"Nada é impossível para aquele que persiste" Alexandre, o Grande.
Hoje, assim como ontem, podemos notar que no mundo há muitos
sábios de plástico, ou seja, aqueles que batem no peito e dizem... “sim, eu sei
tudo, podem me questionar”, e refletem em seus rostos tamanha discrepância,
pois ninguém, até mesmo o maior dos sábios sabia realmente tudo.
A questão, no entanto, não é essa, pelo menos por enquanto.
A questão é colocar o que somos em jogo, em determinados momentos de nossas
vidas, ao dizer que somos inteligentes, e lemos muito, por isso somos os melhores,
enfim, isso é que nos revela deficientes éticos em relação ao que aprendemos ou
que poderíamos ter aprendido.
Isso nos voltar a história e nos igualar a homens que se
diziam sábios, pois liam muito, davam palestras ao ar livre, e eram seguidos
por possuírem o talento de oradores. Eram os...
Sofistas
Na Grécia antiga, Sócrates não lutara apenas com os
ignorantes políticos que nele não acreditavam, mas em sofistas, que diziam
saber tudo, simplesmente por terem uma vantagem racional em relação ao próximo.
Isso harmoniza, tristemente, com o que temos hoje, em palestras, com
pseudo-filósofos, psicólogos, políticos, com formandos que se encontram em
formação acadêmica, e passam a discursar aos poucos que nele tem fé.
E por falar de fé, não menos sofistas, vejo, são os grandes pastores,
anciãos, bispos, os quais sintetizam suas vidas em idas e vindas em seus
templos, deixando de viver a vida, em nome de algo que ele acha (não acredita), dedicando-se a leituras em sua bíblia
clássica, na qual mitos, lendas, jamais interpretadas pelos grandes que um dia
puderam fazer, ele, o pastorzinho; o dedicado ancião; o bispo de gaveta, cuja
autoridade fora dada por um ocioso, revela-se melhores que os primeiros (!).
Talvez, se em nome do ser humano, praticassem suas
filosofias, seus dons, resguardados pela simples vontade de ser Bom, não
enviado pelo próprio homem para enganar massas. Digo porque é preciso viver,
trazer experiências consigo, entender que, na vida, não se nasce – ou pelo
menos na maioria das vezes – com sua vocação, com a praticidade, e defende
valores que nem mesmo sabemos quais.
Em minha opinião...
É preciso ir ao inferno (não literal, se é que existe!), não dissertar sobre ele, para
se ter a ideia de um céu, e sentir o cheiro do mal, lutar em nome de pequenos
ideais em que acreditamos, vencer qualquer sombra que nos assombra. E não
somente tais sombras, mas aquelas que nos faz menos humanos, todos os dias, a
semelhança de patriotas que se subjugam como tal e traem seu país às escusas.
Precisamos evocar a sabedoria, sim, dos clássicos, mas,
sempre, em nossas possibilidades, praticá-los, vivê-los, ainda que com pequenas
dores, mas com sorrisos sinceros; com um coração preparado para as pequenas
provas, realizá-las com proveito de um sábio, olhando sempre para o céu
interno.
O mal maior, no entanto, mais uma vez, é a incoerência que
nos persegue. Ela nos diz que somos bons, santos, sagrados seres se lermos
muitas vezes, de modo que fiquemos com nossas caras preparadas para as
perguntas do mundo, da natureza. Não sabem que, mesmo ontem, hoje e sempre,
livros há depois das grandes experiências – até mesmo o mais sagrado deles.
Portanto, a priori, é preciso prática, é preciso batalha, é preciso vida antes
de iniciar qualquer caminho. Eu conheci uma pessoa que leu a Bíblia sete vezes,
mas seu caráter ainda era o mesmo, difícil de lidar.
Nossos Caminhos
É claro que podemos nos desvirtuar, sair deles, e não voltar
mais; podemos ainda interpretar de qualquer modo nossas provas, e não
crescermos ante uma natureza que pede, implora, nossa participação junto a ela,
desde que nascemos.
Contudo, assim como um péssimo aluno que claudica ante as
dificuldades, cresce rebelde, tem ódio de uma vida fria e sem ânimo, e mais
tarde, ao encontrar seu professor, ou mais tarde ainda seu mentor, e, antes que
faleçam seus ideais, seu mestre, podemos ser, e somos. Vamos encontrar nosso
mestre!
Para isso é preciso que nos destinemos a ler os clássicos,
aprender com eles; saber que em suas entrelinhas trazem lições de espirito, de
batalha, de guerra, de vitória interior; mas é preciso por em prática, senão
seremos aquele professor que precisava dar aulas sobre racismo, e nada sabia.
Após duas semanas, leu, aprendeu, deu sua aula, mas nunca deixou de ser
racista.
Leia sempre os clássicos!
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